Jogos Perigosos (Parte VI)
Mateus, Sabrina e Beth iam entrando na tal entrada ainda meio assustados até se depararem novamente com algo perigoso, onde possivelmente iriam parar em alguma parte do jogo. Caíram nos fundos de uma barraca de comida. Não sabiam como os outros estavam e o que aconteceu com eles, por estarem do outro lado da floresta na hora do incêndio. O principal objetivo ali que tanto queriam além de sobreviver, era de sair logo desse jogo e seguir suas vidas em paz. Os robôs pareciam ser inimigos menos perigosos do que os próprios líderes da vida real, que semeavam discórdia onde uns queriam matar os outros, enquanto outra parte da população era manipulada como marionetes.
Enquanto isso, no outro lado o grupo maior de participantes conseguiram derrotar os inimigos depois de muito esforço. Ana, Ricardo e Pedro acabaram feridos, com algumas queimaduras e machucados, enquanto os demais, Renata, Maurício Tatiana e Júlia estavam cansados e com alguns arranhões no corpo. Saíram da floresta e seguiam para uma pequena loja de roupas para pegarem novas botas, e roupas pretas. Era o que havia lá. Agora seguiam para uma mais nova guerra: de derrotar todos os inimigos e quem sabe conseguir conversar com o arquiteto do jogo, que seria o grande líder, mas claro que até lá isso iria envolver alguns sacrifícios.
Enquanto andava, Ana foi atingida novamente na perna por um laser vermelho que ficava a uns quatro centímetros do chão como uma armadilha, deixando-a ainda mais machucada e fraca. Mal conseguia andar e estava praticamente no leito da morte.
-Acho que não vou mais agüentar. Tudo o que tentei fazer, eu fiz. Tentem derrotar os inimigos e tentar viver em paz aqui... - falava Ana, com um tom fraco e distante, enquanto ficava deitada e acolhida por Júlia. Em seguida, faleceu. Todos ali ficaram sérios e pensativos e sabiam que se continuarem lutando, mais pessoas iria morrer ali. E talvez se saírem do jogo, possivelmente iriam morrer mais tarde de qualquer forma. Não sabiam o que fazer com o corpo de Ana, merecia ser enterrada em um lugar tranqüilo e seguro, não naquele jogo. Pensavam em cavar um buraco na região da floresta para deixá-la ali.
-Não sei se enterrá-la é o melhor que podemos fazer, ela precisa passar por uma perícia criminal antes de qualquer coisa. –disse Ricardo triste com a situação.
-Cadê então os responsáveis do jogo? Cadê os robôs? Vamos deixá-la ao menos em um lugar seguro, para que seu corpo seja recolhido espero que devidamente. – afirmou Júlia.
Colocaram o corpo de Ana numa pequena sala não muito exposta, se despediram e precisavam falar do ocorrido para um robô.
Ricardo, Pedro e Maurício estavam com três explosivos dentro de latas de refrigerante. Já estavam com a chave da quarta dimensão em mãos, queriam entrar junto dos outros participantes e resolveram ia à busca deles. Vestiam roupas de couro pretas e se sentiam preparados para enfrentar os inimigos que eram mais fortes em comparação às dimensões anteriores. A neve estava ficando intensa, e no meio do caminho, se deparam com uma mensagem do robô:
''Continuem derrotando os inimigos. Alguns de vocês possivelmente serão também derrotados, ao saírem dessa dimensão e irem para a quarta, irão escolher um líder que fará bem pro futuro. Terá que ser alguém que lute e tente salvar a vida dos demais e esse será o que conversará com o arquiteto do jogo. Seus outros amigos também estão a caminho. Os líderes possuem um plano para vocês. Iremos recolher o corpo da colega Ana. ''
-Precisamos nos unir como nunca para conseguirmos sobreviver aqui e vencer o jogo. - disse Sabrina
-Enterrem o corpo de Ana em um lugar seguro e depois nos diga onde foi enterrado. – falou Júlia.
- Precisamos agir, mas sinto como estivesse no fim do mundo... - disse Ricardo, desanimado.
-Estamos aqui agora não só para sobreviver e sim para dominarmos esse jogo. Se conseguirmos, poderemos ter um lugar em paz para viver. - falou Maurício.
-E quem disse que terá paz aqui? Só se morrerem. Hahahaha. - Disse um robô pegando eles de surpresa e com uma grande lança na mão. Tatiana deu alguns tiros, enfraquecendo-o, mas não sendo o suficiente para que ele morresse. Pedro dava uns socos no lado esquerdo do tronco robótico e puxando a pilha que ficava dentro dele, matando-o em seguida.
-Que susto! Parabéns Pedro! – exclamou Maurício.
-Precisamos tomar cuidado, vamos procurar alguma coisa para comermos. - disse Ricardo cansado. Seguiam para uma árvore ali perto com umas maçãs carregadas e comeram. Ouviam alguns barulhos estranhos, como se alguma coisa estivesse se aproximando. Temiam que fosse um zumbi e eram cinco. Tatiana se preparava para atirar, mas eles não morriam tão facilmente. Até que Pedro lançou seus últimos explosivos caseiros, enquanto Maurício cortou a cabeça de um, se machucando, assim como Tatiana, que foi até mordida. Possivelmente ela estaria infectada deixando todos ali pensativos.
-Eu fui mordida, será que me tornarei um zumbi também? - perguntou Tatiana triste.
-Acho que sim... - falou Pedro
-Por favor, caso eu comece a me transformar em algum deles me matem, por favor... Não quero me tornar um zumbi. - disse Tatiana, entregando sua arma a Pedro.
-Não sei se muitos de nós conseguirão sobreviver muito tempo aqui, mas sinceramente, eu não ligo mais. Sei que de qualquer forma irei morrer. - falou Maurício, sem esperanças.
O grupo ia andando, até notarem Tatiana diferente, salivando e quieta. Sabiam o que tinha de ser feito. Pedro atirou em sua cabeça, matando-a.
-Precisamos descansar um pouco, agora somos apenas quatro. - falou Maurício, que iam para um pequeno abrigo com Pedro, Júlia e Renata.
-Como será que estão os outros que ficaram do outro lado? - perguntava Júlia pensativa
-Não sei, acredito que haverá sérias conseqüências pelo ocorrido. Aquela explosão não foi brincadeira. -disse Renata
-Precisamos tentar sair daqui. Se por acaso sairmos desse jogo, ficaremos num lugar subterrâneo, bem longe daquela realidade, seria mais seguro. - disse Pedro.
-Ou quem sabe se os nossos inimigos aqui se juntassem a nós para lutarmos contra os soldados e pararmos a guerra? - falou Renata.
-Boa também, boa idéia. Se morrermos, será com honra. - disse Maurício. Todos deram um descanso ali e quando acordaram, já fazia um sol forte. O céu não estava mais escuro e nublado, o clima local parecia mais quente.
-Parece que dormimos por muito tempo. Alguém sabe que horas são? - perguntou Júlia.
-11h25min. Precisava mesmo de um descanso daquele. – disse Pedro.
Matheus e Beth iam seguindo pela terceira dimensão novamente com idéia de pegar madeira pra criar uma tocha de fogo para cada, com intuito de iluminar o caminho para dar maior segurança e caso aparecesse algum inimigo era só tacar fogo. Dois ursos robotizados surgiram. Deixou chegarem mais perto e as lançou, queimando-os, enquanto isso aproveitava a situação pra fugir e focar em subir logo para a quarta dimensão. Porém, o fogo se espalhou, criando um alarme barulhento.
-O que foi isso? Alguma coisa deve ter pegado fogo. - falou Pedro
-Acho que são eles! - exclamou Sabrina, indo em direção ao som do alarme. Até que encontraram novamente Beth e Matheus.
-Precisamos tentar sair daqui. Vamos todos seguir juntos para a quarta dimensão, voltar uma dimensão é perda de tempo. – Pedro dizia pensativo.
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