Sete Palmos
Madrugada. Chega bêbado. Dorme no sofá e acorda num lugar escuro, frio, apertado e muito desconfortável. Sente-se dentro de uma caixa para animais, mas sem as aberturas para a entrada do ar. Berra ajuda e força sua saída como pode. Mas quanto mais empurra a tampa lacrada com os braços, maior se torna o peso que vem de cima.
Sente-se mais e mais cansado até uma névoa espessa lhe assaltar os olhos e a respiração limitar-se a poucos fios. Lembra-se do despacho que ofendeu numa encruzilhada próxima ao bar onde comemorou a passagem de seu aniversário e da fala de um velho que, como do nada, surgiu e desapareceu numa questão de segundos:
"Você não devia brincar com coisa séria, filho."
Madrugada. Chega bêbado. Dorme no sofá e acorda num lugar escuro, frio, apertado e muito desconfortável. Sente-se dentro de uma caixa para animais, mas sem as aberturas para a entrada do ar. Berra ajuda e força sua saída como pode. Mas quanto mais empurra a tampa lacrada com os braços, maior se torna o peso que vem de cima.
Sente-se mais e mais cansado até uma névoa espessa lhe assaltar os olhos e a respiração limitar-se a poucos fios. Lembra-se do despacho que ofendeu numa encruzilhada próxima ao bar onde comemorou a passagem de seu aniversário e da fala de um velho que, como do nada, surgiu e desapareceu numa questão de segundos:
"Você não devia brincar com coisa séria, filho."