pequenos passos
Muitas vezes o mau se esconde nas coisas aparentemente mais inocentes.
Num corredor escuro de uma casa, pequenas pernas andam, no pequeno rosto disforme um sorriso diabólico se esboça e aquela voz esganiçada ecoa ameaçadora “Paulinho vamos brincar”.
Num corredor escuro de uma casa, pequenas pernas andam, no pequeno rosto disforme um sorriso diabólico se esboça e aquela voz esganiçada ecoa ameaçadora “Paulinho vamos brincar”.
Paulinho era um garoto de nove anos de idade, no meio da noite ele acorda, a cabeça, esta doendo num lugar perto da orelha esquerda do menino, um inchaço produto de um golpe, com um objeto contundente , o garoto chora e chama pelos pais - pai , mãe está doendo minha cabeça - mais nenhuma resposta se houve, tateando no escuro Paulinho procura o interruptor a o ligar a luz percebe que seu quarto esta em perfeita ordem, mais falta um objeto, Paulinho abre a porta o corredor de sua casa esta escuro mais ele percebe a luz acesa no quarto dos pais, e o som da televisão ligada, se sentindo um pouco tonto, ainda como resultado da pancada, o garoto caminha pelo corredor de sua casa, chorando e pedindo ajuda – pai , mãe me ajudem estou com dor na cabeça - pensamentos confusos surgem em sua mente, lembranças do dia anterior, foi ai que seus raciocínios ficam mais claros, ele lembra das ocorrências , recorda que na manhã do dia anterior seu pai chegou com presente, e o chamou – Paulinho venha aqui veja que lindo presente eu trouxe pra você – quando o garoto abriu a caixa de presente, era um boneco, mais de alguma forma o menino não gostou , achou feio, desagradável -pai que boneco feio não gostei – o que Paulinho eu trouxe ele com tanto carinho pra você – não gostei boneco feio – hora meu filho o boneco não e tão feio assim vai ficar bonito no seu quarto – diz a mãe do menino, que mesmo assim continua rejeitando – eu não quero, joga fora, boneco feio – não eu trouxe para você , e tu vai ficar com ele – diz o pai zangado – Paulinho seu pai trouxe com tanto carinho mesmo que não brinque com ele mais o deixe em seu quarto – o menino tomou o boneco e subiu as escadas que davam para seu quarto que ficava no primeiro andar da residência atravessou o pequeno corredor, chegando no quarto ainda aborrecido com “presente “ segurou o boneco e disse – boneco feio não gosto de você – depois pegou uma tesoura cortou um dos braços do boneco, arrancou um olho dele e o jogou na parede do quarto irritado com o boneco que causa nele uma estranha aversão , o boneco ficou jogado no chão, sem um olho e sem um braço, o garoto se arrumou para ir para a escola e desceu as escadas. Mais tarde ao retornar da aula o menino subiu as escadas encontrou o boneco no mesmo lugar ele pensou – boneco idiota e feio – trocou de roupa e desceu , o dia transcorreu normalmente ao anoitecer após assistir TV e jogar vídeo game o garoto com sono, sobe as escadas a o abrir a porta de seu quarto tudo apaga ele não lembra de mais nada, agora ele estava ali diante da porta do quarto de seus pais a TV ligada a luz a acesa mais a porta fechada o pequeno indaga – mãe , pai abram a porta estou com dor na cabeça – no entanto nenhuma resposta ele repete mais alto – Pai , mãe abre a porta – mais nada de resposta ai Paulinho gira a maçaneta percebe que não esta trancada, ele abre a porta e se depara com a cena mais horrível de sua vida deitados sobre a cama os pais de Paulinho estão mortos, ensanguentados, foram assassinados enquanto dormiam, o pobre garoto dá um grito – haaaaaaaaaaaaaaaaaaa – de horror e medo num canto do quarto o televisor estava ligado e sentado diante dele lá estava o boneco assistindo TV com uma faca na mão esquerda toda banhada em saguem o fantoche olha para paulino com seu único olho e fala – Paulinho porque demorou tanto vamos brincar – diz isso e mostra a lamina assassina a o ouvir isso o pobre garoto aterrorizado sai correndo e gritando de pavor atravessa o corredor vai para seu quarto fecha a porta e encolhido sobre sua cama chora de medo e tristeza pela morte de seus pais, as luzes do corredor acendem para desespero do menino ele ouve o riso diabólico do boneco assassino - há,há,há,há, Paulinho hiuuuu, lembra o que você fez comigo ontem? Você arrancou meu olho, você cortou meu braço, me jogou na parede agora eu vou fazer a mesma coisa com você, Paulinhooooo vamos brincarrrrrrr - no quarto o menino chorava e tremia de medo – vá embora , vá embora – gritava ele , ele ouvia claramente os passos no corredor , as pequenas pernas caminhavam ate o quarto onde Paulinho estava, foi então que apesar do medo e do desespero o instinto de sobrevivência falou mais alto o garoto foi tomado por uma vontade de viver e por uma raiva cega do pequeno monstro ele viu num recanto de seu quarto um taco de beisebol, ele tomou o taco foi até a porta , então quando o monstrinho abriu a porta Paulinho o atacou, com o taco ele acertou a cabeça do boneco, uma violenta pancada que arrancou a cabeça dele, a faca que estava na mão esquerda caiu no chão e o corpo sem vida do monstrinho desabou se debateu por alguns segundo então se paralisou ficando inere no chão do quarto, quanto a cabeça ficou jogada sem vida no meio do corredor mais com um sorriso diabólico esboçado. Após baixar a adrenalina , o menina caiu no choro, desceu as escadas pedindo socorro – socorro, socorro – gritava ele os vizinhos ouviram os gritos as luzes das casas se acenderam alguém chamou a polícia, logo um carro de patrulha chegou após arrombar a porta os policiais encontraram Paulinho atrás de um sofá em estado de choque, chorando depois subiram as escadas e encontraram os corpos dos pais do menino e no quarto dele o boneco de cabeça arrancada estavam confusos não entendiam nada quem tinham matado aquelas pessoas ? o único que podia responder era Paulinho, mais o menino nem conseguia falar apenas chorava, a polícia chamou uma ambulância para levar a criança em estado de choque, uma enfermeira abraçou o pequeno que chorava copiosamente,- calma menino calma esta tudo bem agora – a enfermeira levou Paulinho para o hospital chegando ele foi colocado num quarto, deram um tranquilizante , a ele no dia seguinte quando a criança estivesse mais calma a policia o interrogaria sobre o acontecido . A enfermeira que cuidava do menino , o abraçava e o consolava, depois de um tempo o tranquilizante fez efeito o pequeno começou a dormir a enfermeira saiu do quarto e apagou a luz, assim que ela saiu Paulino já estava quase dormindo quando de repente ele ouviu uma voz esganiçada – Paulinho vamos brincar? -