A FRONTEIRA


Havíamos acoplado a nave principal, o capital nos agudava na ponte taciturno e impaciente, não conseguimos encontrar vida naquele planeta. Larissa, minha colega tinha uma mancha vermelha-roxa no braço, quando a questionei sobre isso, ela não respondeu, apenas cobriu a marca com a mão e saiu da sala. O governo continua nos pressionando, afinal eram oito bilhões investido naquela expedição a junos-12.
Não acho que deva mencionar, mas o capitão estava tendo relações sexuais constantes com Larissa e desde uma briga na ponte na semana passado, vejo ele a tratando mal, puxando-a com força e machucando, sei que a marca no braço de Larissa foi feita por ele, mas o que posso fazer, se tentar algo sou expulso da missão.
Já fazia cerca de sete meses que estávamos no espaço e junos-12 sempre parecia cada vez mais estranha. Os satélites que havíamos posto na sua orbita começaram a dar defeito e cinco horas depois de perdemos contato com a base no planeta, ouvimos uma transmissão estranho, um pedido de socorro, mas com a interferência, não era possível ouvir o que diziam. Uma hora depois a nave de Manuel, o responsável pela base terrestre acoplou-se a nave principal, tentamos comunicação pelos transmissores, mas ninguém respondia, então algo entrou na nave, vimos pelas câmeras que era uma coisa pequena e gosmenta que se movia rápido, uma gosma verde que deixava um liquido ácido por onde passava.
Com menos de uma hora, perdemos contato com todas as áreas da nave, o capitão também havia desaparecido, logo depois de ir procurar por Larissa. Tinha que tomar controle da situação, mas não sabia como. Enquanto pensávamos numa estratégia para capturarmos aquela coisa, toda a luz da nave foi cortada, Natan disse que aquilo provavelmente havia chegado aos geradores.
Em menos de meia hora, algo chocou-se contra a porta da ponte, eram golpes violentos e incisivos, sem saber o que fazer não percebemos que o barulho havia parado e um gás surgiu das tubulações de ar, um gás esverdeado. Natan tocou a nevoa verde e então metade do seu corpo começou a dissolver. Tentei abrir a porta, ouvia o resto da tripulação morrendo, aquilo se aproximava, podia senti-lo, estava cada vez maior, uma bolha verde cheia de dentes, não tive tempo de abrir a porta. Esperei que nunca viessem aqui, antes que aquilo me alcançasse tomei medidas de garantir que aquela coisa nunca chegasse a terra, então programei a nave para auto destruição e enviei uma mensagem para a terra.
Infelizmente a coisa conseguiu desabilitar o modo de autodestruição e esperou pacientemente uma nova nave chegar em junos-12.
Vinícius N Neto
Enviado por Vinícius N Neto em 24/01/2018
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