SUSSURROS 23 TERROR DE PAULO FOG E IONE AZ
27
Aparecida apresenta melhoras consideráveis com o acompanhamento psiquiátrico e apoio da família de Mauro, Celso certo dia entre fotos para o site de vendas das peças de Cida, atende a um telefonema, a principio não acredita mais logo recebe a confirmação por e-mail uma exposição das peças que Cida criara no Museu de Curitiba.
- Minha nossa, meus filhinhos.
- Sim D. Cida, será um grande espaço e terá cobertura da tv.
- Mais eu não sei o que fazer.
- É só ser você.
- Você vai comigo?
- Se a senhora quiser...
- Lógico que quero.
- Então eu irei. Cida abraça Celso, nisso toca a campainha, Amanda vai á porta e logo vem com Mauro, detalhe, de mãos dadas com ele.
- Oi D. Cida.
- Oi moço bonito, te conheço?
- Claro que sim D. Cida, sou o irmão de Celso.
- Prazer Cida.
- Mauro.
- Você é bonito.
Celso observa aquilo, de fato a memória dela continua um tanto falha, os dois ali na sala travam uma prosa e Celso aproveita que Amanda fora na cozinha buscar café e bolo.
- Então esta ficando com Mauro?
- Oi.
- Não precisa disfarçar, você é solteira ele também.
- Estamos nos conhecendo.
- Que bom.
- Fiquei com medo que não gostasse.
- Jamais, prezo pela felicidade de meu mano e sua também.
- Obrigado.
- Oras, quando vão oficializar este namoro?
Ja na sala, Mauro degusta o café junto deles.
- Na próxima semana farei uma revelação a família.
- Sobre seu namoro com Amanda?
- O quê?
- Ele ja sabe. Amanda diz.
- Como soube?
- Fácil, já desconfiava, há pouco vi os dois de mãos dadas.
- Nossa.
Cida entra no assunto.
- Quem é Amanda?
- Sua enfermeira.
- Ela?
- Sim.
- Faço gosto por vocês. Risos.
Mauro após o café e mais alguns minutos de conversa sai dali com mais uma obra que comprara de Cida, além de ter dado mais um cheque para as despesas a Celso.
- Se cuide.
- Você também.
Celso leva Cida para o ateliê onde a deixa com suas esculturas e agora ela esta a iniciar pintura em quadros.
- Estão ficando lindos.
- Estão mesmo.
- Maravilhosos.
- Você é um bom rapaz.
Ali ela se sente em seu mundo mágico entre gesso e tintas.
Celso vai a janela para puxar a cortina á pedido dela, vê no portão Amanda se despedir de Mauro com um beijo, este vai e ela segue de volta a casa quando Celso é chamado a atenção pelo fato dela tirar do bolso o celular e atender logo demonstra estar com raiva e ameaça jogar o aparelho, ele sai do ateliê pedindo licença a Cida.
- Claro pode ir.
Na cozinha, Amanda coloca a louça do café na pia, o celular na mesa vibra e ela o atende.
- O que foi desta vez, vá para o inferno, não sou tua escrava, fiz tudo que me pediu, ainda não encontrei, estou pouco me lixando para isso, pare de me ameaçar, cretino, tá bom, eu te ligo.
Ela desliga e confere com olhar se alguém esta por perto, termina de lavar a louça, vai ao banheiro e retorna com outra roupa indo para o ateliê.
- D. Cida.
- Sim moça.
- Preciso ir ao mercado, comprar algumas coisas.
- Por mim.
Celso olha, ela pede o dinheiro, ele lhe dá.
- Não demorarei.
- Tudo bem.
Amanda passa frente ao mercado mais não entra, para num orelhão faz uma ligação e segue, numa mesa da sorveteria ela senta, logo a atendente vem, ela pede uma água com gáz e ali fica, logo vem o seu pedido, sempre de olho no relógio até que para ali próximo um carro novo deste desce um casal, uma mulher já de seus 50 anos e um rapaz de seus 25 anos.
- Olá.
- Demoraram.
- E aí o que descobriu?
- Nada, o tal empresário não dá chance.
- Não existe chance, a gente cria.
- Para você é fácil é homem e as suas vitimas são sempre bobas.
- Você que diz.
- Parem com isso, precisamos arquitetar um plano.
Diz a senhora.
- Como?
- Prestem atenção. A mulher diz a eles o que tem em mente, Amanda presta total atenção a tudo que esta diz.
- Um tanto dificil.
- Tem que ser assim.
- E se ela acordar?
- Ai não resta jeito.
- Matar?
- Conhece outro modo?
- Não.
- Quando?
- Ainda nesta semana.
- Tão rápido.
- Não temos mais tempo e você já esta ficando conhecida ali.
- Tem razão.
- Além de quê, o chefe já decidiu ou ele vai pessoalmente resolver.
- Não, isso não.
- Perderemos nosso ganho. Diz o rapaz.
- Pior do que isso, seremos expulsos da organização.
- Faremos.
- Sim.
24122017 .............................
28
Já é madrugada, Amanda levanta cuidadosamente, confere se Aparecida dorme e sim, desce para a sala onde desliga o alarme vai para a cozinha e prepara um leite, bolachas, bebe água e sobe com o lanche, acorda Aparecida.
- O que foi?
- Estava roncando muito.
- O que quer?
- Beba isso.
- Não quero nada.
- Vai te ajudar a relaxar.
- Eu quero dormir.
- Por favor D. Aparecida.
- Esta bem. A patroa bebe um tanto desconfiada, come duas bolachas e fica a olhar para Amanda.
- Você não é enfermeira.
- Como assim D. Cida, de onde tirou isso?
- Quem te mandou.
- Não sei o que diz.
- Vai fale logo.
- Por favor. Aparecida avança em Amanda que desvia, a mulher vem a Amanda novamente mais perde as forças e cai sonolenta.
- O que pôs no meu leite?
- Oras, a senhora deveria saber, Olga.
Aparecida franzi o cenho e tenta levantar-se sem sucesso.
- Agora me diga, a senha do cofre.
- Ladra.
- Vai me diz.
Amanda prepara uma injeção.
- O que vai fazer?
- Melhor dizer Olga, a ordem não quer problemas.
- Cretina.
- Como você foi há tempos atrás.
- Ladra.
- A senha. Toca o celular de Amanda, ela atende liberando para que entrem.
Ali no quarto, Aparecida se vê diante aos olhos da senhora e do rapaz além de Amanda.
- Vocês não morreram?
- Era o que queria, não, Olga.
- Me deixem em paz.
- Ela já disse a senha?
- Ainda não.
- mE DEIXE A SÓS COM ELA.
- Mais.
- Sem mais.
Amanda e o rapaz saem, minutos depois a senhora os chama.
- A senha, anotem.
- Como conseguiu?
- Vão conferir se esta mesma.
- Sim.
Amanda vai para o outro quarto e abre o armário, digita a senha no cofre e retira deste um livro antigo e bem grosso e um embrulho.
- É isso?
- Sim.
A senhora guarda os objetos em uma sacola e diz a Amanda que termine o serviço.
- Fique tranquila, eu o farei.
- Assim espero.
- Adeus.
- Adeus.
Eles saem, Amanda aciona o alarme e retorna ao quarto, ali Aparecida esta caída no chão, com marcas no pescoço e um hematoma a criar-se no olho direito.
- É não tiveram dó da senhora.
- O que vai fazer?
- Sabe o procedimento.
- Por favor não.
- Acredite, eu odeio isso, mais.
Amanda vem com a seringa até Aparecida, nisso a luz é apagada, um grito abafado, quando acesa, ali no chão, Amanda com um corte profundo no pescoço, sangue esguinchando.
- Sua pilantra.
Ao lado de Aparecida, a garota infernal sorri com uma espécie de fio preso a uma pulseira e seguro com a outra mão.
Amanda morre ali em segundos, ainda no quintal da casa, jaz a velha e o rapaz do mesmo modo.