SUSSURROS 21 TERROR DE PAULO FOG E IONE AZ

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Edileuza ali sem vida no caixão, flores, velas, alguns participes da socialyte paulistana, fora alugada uma sala vip de um teatro para velar a filha de Pedro e Cida.

Aos choros a mãe vez por outra trazia á tona lembranças da única filha que agora jaz naquele espaço de madeira, pano e riquissimo ornamento.

- Boa noite.

- Boa noite. Os presentes ali responderam a Mauro e José.

- Vocês vieram? Pedro abre os braços para recebe-los, abraços em gratidão a um tempo em que Mauro tomara a incumbência de ser o protetor de Edileuza, ser o esposo do mimo dos olhos daqueles pais zelosos.

- Que bom, estão aqui, Mauro quer ve-la?

- Sim dona Aparecida.

- Cida por favor, não sou mais tua sogra mais...

- Tudo bem Cida.

Mauro é levado a beira do caixão onde vê sua ex ali jazindo.

- Você como sempre um fiel cavalheiro.

- Sou muito grato a esta família, ao sr Pedro.

- Nada, fiz o que fiz por que vi em você um futuro brilhante.

- Obrigado.

- Eu é que tenho de lhe agradecer e muito.

- Meus sentimentos.

Pedro abaixa a cabeça, Cida ali chora copiosamente.

Os irmãos ficam até o enterro que ocorrera por volta das 9 manhã, dali seguiram de volta a Maringá, ao chegarem na fábrica foram recebidos com uma peixada completa encomendada por Laura, todos fizeram a refeição, José e Mauro foram para a casa da mãe descansar um pouco e depois seguirem cada qual para destino de vida.

Celso ali na mesa da calçada frente a uma sorveteria, uma taça sabor morango cobertura de chocolate, refri e alguns waffles de acompanhamento.

- Deve estar muito bom?

- O que faz aqui?

- Achei que ficaria feliz.

- Por que fez tudo aquilo?

- Aquilo o quê, enviar os perdidos?

- Você não é boa.

- Ah e você é?

- Vamos para outro lugar.

- Quero sorvete.

- Tudo bem.

Em uma praça afastada próxima a um prédio abandonado onde fora há muitos anos uma tecelagem, sentados em um banco de concreto Celso e a garota infernal.

- Vai diz ai tudo que esta preso neste teu ser débil.

- Débil, você que és louca.

- Será, eu faço aquilo que você tem vontade.

- Mentira.

- Acha mesmo que consegue lidar com tudo sem se sujar.

- O que diz?

- Celso, no fundo, sabe que temos de sujar nossas mãos.

- Não sei de nada.

- Como foi no hospital?

- Sua louca.

- Olha aqui, me cansei de seus acessos de bondades, você sabe bem por que estou aqui, sou tudo que você odeia e aprecia, sou um anjo ou demônio, como queria.

- Vai embora.

- Posso ir, mais será que é realmente isto o que você quer?

- Vai.

- Adeus.

- Não. Celso grita.

- Viu só, temos um laço maior que tudo dessa vida, do universo, planeta, somos o cosmo.

- Você enlouqueceu.

- Junto de você, somos loucos unilateralmente.

- Por que faz isso, por que mexe com meu coração?

- Por que você me ama, odeia, venera e quer ter a mim, ser eu.

- Não quero.

- Será, não vejo deste jeito, vejo você ai morrendo de tédio ao ver a vida normal e monótoma circular por você, mais quando uma certa ação fatal acontece, vejo teu despertar, sinto teu coração, corpo, cabelos, não vê eu sou você Celso.

- Louca.

- Posso ser.

- Por que a Pietra, por que a gaqrota que eu...

- Amava, pare com isso, você nunca a amou, ficou com ela por piedade, você nem sabe o que é amor, não existe estes sentimentos toscos em seu coração.

- Eu gostava dela.

- Ai eu acredito, muito pouco, mais acredito.

- Você também me abandonou.

A garota passou a mão nos cabelos dele, trouxe a cabeça dele para seu peito ele sente um forte odor de flores, uma paz preenche o lugar.

- Fique comigo.

- Eu estou com você.

- Você entende o que digo.

- Não posso, não quero.

Ela sai dali e ele sente um ódio lhe percorrer as entranhas.

- Vagabunda.

- Esta vendo, eu faço você ser você.

- Cretina.

- Diga mais.

- Te odeio.

- Ás vezes sim, mais na maioria o que quer realmente é coexistir.

- Louca.

- Acho que já ouvi.

Num lanca rápido, Celso se atira nela e cai ao chão, bate a testa em uma pedra o sangue escorre ela ali perto dele deixa cair um lenço vermelho com cruzes brancas.

- Me ajude.

- Odeio o fracasso e seus fracassados.

- Por favor.

Ela desaparece na frente dele, ali caído chora tendo em mente as lembranças com Pietra e a garota infernal, um rapaz passa por perto e vem até ele.

- Senhor, aconteceu algo? Ele vê o sangue no rosto de Celso e o ajuda a levantar-se logo ele liga para a fábrica e vem Laura com Áurea e Francisco.

- Meu filho o que houve, tá tudo sujo, sangrando?

- Passei mal, cai e bati a cabeça.

- Meu Deus.

06122017 .............

paulo fogaça e IONE AZ
Enviado por paulo fogaça em 14/12/2017
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