Escondido, esgueirando entre as vielas, arrastava lentamente a perna atrofiada em um acidente. A noite já bastante profunda favorecia os locais ermos com o seu silêncio.
Depois de algum tempo conseguiu alcançar seu espaço predileto, uma depressão no muro que lhe cabia confortavelmente. Seu rosto pálido e suas vestes negras compunham um tipo estranho, bastante aterrorizante.
Uma vez mais apalpou o objeto pontiagudo, semelhante a uma faca, que estava em seu bolso. Um riso de ironia apareceu em sua face. O rosto dela lhe veio à lembrança com aquela expressão meiga que era parte de sua personalidade. Lembrou das suas últimas palavras quando ele a procurara, declarando-se apaixonado.
“Sai daqui seu verme, torto, quem você pensa que é?”
Esse pensamento o transtornou completamente. Contorcia-se, banhado em lágrimas. “Seja forte”, disse baixinho. “Hoje é o seu dia de vingança”. Sem saber o que fazer para conter as emoções, começou a recordar como matou a última mulher com quem se envolvera. Com que prazer a asfixiou com suas mãos pesadas, vendo seus últimos estertores.
Sem querer soltou uma gargalhada que ecoou nas paredes das casas. Escondeu apressadamente, pois várias luzes acenderam e pessoas sonolentas apareceram nas janelas.
Continuou esperando, como já fizera nas noites anteriores.
Subitamente, o bater dos saltos de uma mulher nas pedras penetrou em seus ouvidos como se fosse uma canção.
Coração acelerado esperou de prontidão. Já tinha planejado; saltaria em sua frente não lhe dando chance de fugir, e penetraria a faca na sua garganta em um único golpe.
Aguardou até o último minuto com a faca na mão. Arremeteu, velozmente, e sentiu o objeto enterrar na carne macia de uma só vez. Golpeou, uma, duas, várias vezes e finalmente exaurido fugiu ofegante.
Ao chegar a casa, exausto, adormeceu profundamente. Acordou na manhã seguinte aliviado e satisfeito. Ao virar na cama para levantar, encontrou-a, deitada ao seu lado com o mesmo sorriso enigmático de escárnio e desprezo que tanto odiava.
Depois de algum tempo conseguiu alcançar seu espaço predileto, uma depressão no muro que lhe cabia confortavelmente. Seu rosto pálido e suas vestes negras compunham um tipo estranho, bastante aterrorizante.
Uma vez mais apalpou o objeto pontiagudo, semelhante a uma faca, que estava em seu bolso. Um riso de ironia apareceu em sua face. O rosto dela lhe veio à lembrança com aquela expressão meiga que era parte de sua personalidade. Lembrou das suas últimas palavras quando ele a procurara, declarando-se apaixonado.
“Sai daqui seu verme, torto, quem você pensa que é?”
Esse pensamento o transtornou completamente. Contorcia-se, banhado em lágrimas. “Seja forte”, disse baixinho. “Hoje é o seu dia de vingança”. Sem saber o que fazer para conter as emoções, começou a recordar como matou a última mulher com quem se envolvera. Com que prazer a asfixiou com suas mãos pesadas, vendo seus últimos estertores.
Sem querer soltou uma gargalhada que ecoou nas paredes das casas. Escondeu apressadamente, pois várias luzes acenderam e pessoas sonolentas apareceram nas janelas.
Continuou esperando, como já fizera nas noites anteriores.
Subitamente, o bater dos saltos de uma mulher nas pedras penetrou em seus ouvidos como se fosse uma canção.
Coração acelerado esperou de prontidão. Já tinha planejado; saltaria em sua frente não lhe dando chance de fugir, e penetraria a faca na sua garganta em um único golpe.
Aguardou até o último minuto com a faca na mão. Arremeteu, velozmente, e sentiu o objeto enterrar na carne macia de uma só vez. Golpeou, uma, duas, várias vezes e finalmente exaurido fugiu ofegante.
Ao chegar a casa, exausto, adormeceu profundamente. Acordou na manhã seguinte aliviado e satisfeito. Ao virar na cama para levantar, encontrou-a, deitada ao seu lado com o mesmo sorriso enigmático de escárnio e desprezo que tanto odiava.