SUSSURROS 18 TERROR DE IONE AZ E PAULO FOG
22
Legistas, peritos, IML, policiais, todos ali, entre fotos, busca de pistas, digitais.
O celular de Pedro toca, ele atende logo fica em choque cai no sofá dali da fazenda.
- O que houve?
- Foram mortos.
- Quem foi?
- Luan, Kaique e outros funcionários da clinica.
- Como assim Pedro?
- Ainda não sei, me deixe, vou fazer umas ligações.
- Tudo bem.
Pedro deixa Aparecida ali atordoada com o acontecido, no quarto Edileuza ainda dorme, logo toca o telefone da casa.
- Sim, sou a mãe dela, ela esta aqui sim, no momento incomunicável, ela esta sob efeitos de alguma droga, sim, quando quiserem tudo bem.
Aparecida desliga, segue para o escritório, onde Pedro ainda em ligações.
- Pedro.
- O que foi?
- A policia quer falar com nossa filha.
- Ja imaginava.
- Mais...
- Oras Cida, todos sabemos que não foi ela.
- O que faremos?
- Deixe que venham.
- Eles preferem nos ver na delegacia.
- Iremos.
- Quando?
- Assim que nossa estiver melhor para responder.
- Pedro.
- Fique tranquila estou com nosso advogado aqui.
- Não quero ve-la sofrer.
- Ela não sofrerá Cida, ela é inocente.
- Tomara.
- Não esta desconfiando de nossa filha, esta Cida?
- Não sei direito.
- Como diz isto é de nossa filha que estamos falando.
- Eu sei, eu sei querido.
Aparecida sai dali deixando Pedro pensativo.
- E se esta maluca realmente tiver participação nisso.
Edileuza acorda ainda variando do efeito das aplicações.
- Minha filha, que bom que acordou, se sente melhor?
- Sim mãe.
- Quer comer algo, vou buscar para ti.
- Estou com sede.
- Ja lhe trago água. Aparecida sai e logo retorna com uma empregada que traz uma bandeija com água, suco, bolachas caseiras, bolos.
- Nossa para que tanta coisa?
- Como minha filha, esta fraca tem de comer.
Edileuza come um pouco e bebe o suco, goles lentos e logo diz a mãe que esta a sentir-se cansada.
- Tudo bem filha, estou mais aliviada afinal comeu um pouco, agora vai descanse querida.
- Mãe.
- Sim minha filha.
- O que houve com os rapazes?
- Quais?
- Os da clinica?
- Ainda não sabemos, não se preocupe durma, seu pai vai resolver tudo.
- Esta bem. Logo Edileuza pega no sono, Aparecida ali a velar o sono dela, lágrimas vem aos olhos da mãe.
- Será meu Deus, será que esta criatura teve coragem de ir tão longe assim.
Sai do quarto e Pedro a aguarda na sala.
- E ela?
- Adormeceu.
- Esta bem sonolenta.
- O dr disse que fora uma droga bem potente.
- Por que ela não morreu?
- Credo Pedro, falando isso de nossa filha.
- Cida, seremos práticos e lógicos, nossa filha não foi e nem será um exemplo de comportamento.
- Sabemos disso, mais eu sei ela não se drogaria.
- Ja estava no vicio das bebidas, drogas seria o próximo passo.
- Por favor Pedro.
- Tudo bem, vamos acreditar que ela não se drogou por si, porém alguma ligação com aqueles rapazes mortos ela tinha, isso sim.
- Também penso o mesmo.
- Vamos esperar até ela acordar e daí teremos uma boa conversa com ela.
- Sim.
- Enquanto isso vou agir de outro lado, amanhã mesmo colocarei alguém infiltrado na delegacia e clinica, quero saber de tudo que ocorrera naquele lugar antes do acontecido.
- Melhor coisa querido, logo teremos respostas.
- Assim espero.
- Acredite.
Celso termina de revisar mais uns documentos e logo Pietra bate á porta entrando.
- Atrapalho?
- Jamais.
- Vim para pegar os documentos.
- Estão aqui.
Ele entrega a ela os documentos e suas mãos se tocam.
- Pietra.
- Sim.
- Será que podemos reatar nosso namoro?
- Melhor não, Celso agora meu foco é mais estudos.
- Entendo.
- Olhe mais por favor quero continuar sua amiga.
- Será que vai dar certo isso?
- Ai só o tempo dirá.
Ela sai da sala deixando ele pensativo, logo ele diz.
- E você garota diabinha, desapareceu de vez, quando vou ve-la de novo?
Ele brinca com a caneta e um porta retrato atrás dele cai, ele o pega, o vidro trincado, sua face na foto borrada.
24112017 -----------------------.