A Relação entre CÉREBRO e MENTE, suas implicações para a natureza da realidade e para as características da CONSCIÊNCIA humana.
Grande parte das consciências navegantes deste reino de realidade não se dão conta, por puro desinteresse, ou por falta mesmo de conhecimento, que cérebro e mente são conceitos bastante diferentes.
O cérebro, em suas definições mesmo, ou da forma como aparece aos seus sentidos, é um órgão característico muito singular. É, em última análise, o bulbo onde se encontram todas as terminações nervosas, e por isso, comandante em mestre dos seus sentidos. É feito de água, em sua maior parte, e é quase uma bolsa de líquido. Assim também os hormônios que ele secreta, e por isso, você está bem humorado, ou mal humorado, conforme expeli este ou aquele hormônio. Humor vem de úmido, e úmido por sua vez remete à molhado, aguado, liquefeito.
Assim, como tudo o que nasceu de seu mundo, seu cérebro concentra aquela proporção particular de água, que o identifica como filho da terra, planeta água. Ele concentra um pouco mais, é claro, pois tudo o que é úmido, inclusive a própria água, remete à espiritualidade, pois a água é fluída, massiva, abrange tudo, indivisa e pura. Assim, a era de peixes, o signo de peixes, os 12 apóstolos pescadores, o pescador de homens, o batismo, tudo remete, inconscientemente é claro, e arquetipicamente, à água.
Então como órgão "físico" ele rege o seu corpo. Mas ele é só um órgão feito de muita água. Pela lógica das regências, quem por sua vez governa o cérebro?
Seus estudiosos e filósofos chamam de mente. A mente é um conceito tão peculiar quanto o cérebro. Quem lê algumas coisas aqui sabe o que pensamos de conceitos, palavras e definições. Em geral dão nomes ao que não entendem, para entendê-los por definição. Quando você dá fim a alguma coisa, então você não se ocupa mais dela. Mas definir uma coisa por um nome é dar-lhe uma forma sem contudo entender o seu fundo. Mente para os estudiosos do tema é a parte pensante do cérebro. A personalidade, os sentimentos, os pensamentos. Isso explica alguma coisa de verdade?
Outros dizem que cérebro é a parte visível, mente a parte invisível. Talvez, para você agora, isso seja uma observação melhor. Ainda que não tenha entrado em pormenores, classificações, e essas coisas que nomeiam os fenômenos e que os seus estudiosos tanto gostam.
De uma maneira bastante intuitiva, e entenda, você é intuitivo por natureza. Você foi assim antes de ser racional. E entenda, que a palavra racional define apenas "aquele que mede". E medir nem sempre é possível quando falta o outro fator. Pois quando você coloca na balança apenas a maçã, e não o contrapeso, a balança pende toda para a maçã. Os animais são intuitivos, os pássaros voam para o norte, ou sul... quem os ensinou o que é norte ou sul? Talvez um professor de geografia... Os cães sabem quem os teme, quem os ama... quem disse isso a eles? Existem uma gama de atos feitos por seres, mamíferos, insetos e plantas, que demonstram um conhecimento interior absurdo, que vocês explicaram por uma palavra: "instinto", mas o que, por definição, essa palavra explica? Definiram apenas.
Vamos dizer, de uma forma que possam entender, que a mente permeia a realidade, de cima a baixo, por todos os lados, de um canto a outro. A mente, em última e primeira análise é a realidade que você procura. Ela é a primeira e última criadora de tudo o que existe. Você sente e existe pela mente. Você cria a sua vida, tem sensações, sentimentos, intuições, se situa no mundo e através dele, por meio de uma inter-relação e interconexão de tudo o que existe e já existiu. Quando você cria coisas que as outras pessoas não percebem, alguns dirão: "isso é coisa da sua cabeça". E sim, elas estão certas, por que uma intuição profunda dentro delas lhes diz que tudo está é na "nossa cabeça". Então, a mente é a água, os mares, o céu e o universo, nossos amigos e inimigos, o futuro e o passado, pois se ela produz tudo e está por trás de tudo então ela é só isso mesmo, tudo!
Visto isto, você entende agora que o cérebro também é a mente, e não o contrário. Não apenas o cérebro, mas em última análise, os átomos, as moléculas, as suas células, o seu corpo, a sua família, o seu país, o seu mundo, o seu universo, são artifícios criados pela mente para "especializar" a sua experiência.
A mente, o cérebro, o ego..., ou o nome que queiram dar, pois lembrem-se, nomes não importam, é uma simulação que esta Consciência usa para existir de todas as formas infinitamente possíveis. E quando digo infinitamente, uso uma metáfora criada por vocês mesmos, para que possam entender melhor, pois a questão da infinidade abrange algo muito maior do que subpondes agora, pois na verdade não há fim, nem começo, nem passado e nem futuro e nem vácuo... e a própria palavra "existir", ainda criada por vocês, é indefinível e escapa a toda elucidação, assim como o termo vida e morte, e o pouco sentido que fazem, só o fazem para vocês, vivendo essa simulação do aqui e agora, como vocês fingem todos os dias.
O cérebro dessa forma é a especialização que a mente criou, para "brincar" com a ilusão da individualidade. Esse cérebro "gerencia" todas as outras consciências que dividem com ele a mesma experiência. Mas essa experiência não é a única que a Consciência experimenta, e como disse antes, na dificuldade verdadeira de representar a infinitude e a eternidade, a Consciência experimenta sensações de diversas formas, naquilo que você hoje chamaria de outras dimensões, outros mundos e realidades.
Agora, é difícil expor para vocês, a variedade de informações que Este Ser experimenta, e de que forma você pode ter um pequeno vislumbre disso, sem parecer questionador, rebelde, insurgente, e revolucionário.
Posso dizer apenas que a mente humana não raras vezes experimenta sensações de perda da personalidade, estranhamento da realidade, experiências fora do corpo, sensação de que é parte de um todo, e de que o mundo é uma farsa.
Tente o exercício do palco, e talvez possa "ver" um pouco do que estamos tentando lhe dizer. Imagine que você está num grande palco, a sua vida é uma encenação maravilhosa, tão surpreendente e cativante, tão cheia de dramas e emoções, que você ficou imerso naquilo. Mas agora as luzes se apagaram, a cortina desceu e tudo se escureceu. Há um silêncio absoluto ao redor de você. Então, você começa a sentir quem você verdadeiramente é, longe dos papéis impostos a você. Você agora é uma luz que irradia de dentro de você para fora, com tal força e intensidade e tamanho, que os flashes e raios que emanam de você tomam todo o palco, o mundo e o universo ao redor de ti.
Fazendo isso algumas vezes em sua vida, não tomando nada da realidade por garantido, como você foi condicionado a tomar desde cedo, vocês por certo verão coisas e sentirão coisas que os impelirão a olhar com outros olhos para a realidade do que vive. E isso os mudará, afinal, não foi sempre esta a meta da humanidade, evoluir? Estão tomando um caminho errado, a evolução técnica e material não os levarão aos confins do universo. Estamos aqui lhe dizendo, que você já está lá.
Agora, dizendo tudo isso, talvez você agora seja capaz de entender certos "fenômenos" e "limitações" que a realidade que experimentam "impõe" e manifesta a vocês. Talvez possam entender também, mais um pouco, toda a corrente de eventos que me trazem aqui.
Seus cérebros físicos têm a mesma origem. Digamos, que um dia, um cérebro físico surgiu, logo, todo os outros partiram dele. Esses cérebros são o fac-símile do cérebro original, vocês hoje podem detectar isso pelo DNA, ou mesmo na psicologia, no que diz respeito aos arquétipos. Esse cérebro primordial decidiu que veria a realidade através de um determinado espelho ou janela. Ele quis que existisse a gravidade, o sol, a lua, o frio e o calor, deu sentido a cada um deles, e os relacionou com sentimentos profundos. Pai, mãe, medo, ira, solidão... Tudo o que existe tem raiz num sentimento profundo da mente, que o cérebro traduziu em sua realidade. E é por isso, que aqui você não pode atravessar uma parede, nem voar através das nuvens. O cérebro original criou uma suposição que se enraizou profundamente nos cérebros que vieram depois. Vocês foram condicionados a acreditar no que viam, como são até hoje quando assistem a uma propaganda, ou veem um mágico de salão fazer seus truques.
Logo, para entender melhor e ver a "verdadeira natureza da realidade", você tem que se desfocar da sua atual percepção, que é totalmente centrada no cérebro. E é isso que as pessoas que meditam fazem, desviam a sua atenção dessa realidade fabricada e pré-condicionada. Seus "doentes" mentais também, embora involuntariamente, pois a atenção daquele cérebro está focada em outra estrutura de coisas que lhes fogem da compreensão atual.
Quando você está mais "focado" em sua mente do que em seu cérebro, você começa a perceber outras realidades. E ai temos as assombrações noturnas ou mesmo diurnas. As sensações de calafrios, os vultos, as precognições ( pois o tempo não existe ) entre outros fenômenos ditos sobrenaturais, mas que são as coisas mais naturais que existem, pois desde que a humanidade existe essas coisas os acompanham, e toda a sua religião, filosofia e mesmo ciência são debitárias dessas comunicações naturais, que veem em sonhos, vozes, ou mesmo intuição. Entre esses ditos fenômenos, a nossa própria presença em sua realidade.