SUSSURROS 16 TERROR DE IONE AZ E PAULO FOG
19
Edileuza sai da cama deixando Luan dormindo, veste sua roupa e sai do quarto dele, no corredor perfeito silêncio até ela passar por outro que dá acesso a ala dos guardas e funcionários, ouve uma voz conhecida vindo das salas.
- Kaique. Ela segue o som até parar próximo a uma porta entreaberta, cuidadosamente leva a cabeça a esta e vê algo que a deixa surpresa, Kaique negociando com os 3 homens, drogas sintéticas em troca de alguns comprimidos sedativos.
- Bom, bom, finalmente conseguiram dos bons.
- Não sabe como foi dificil.
- Só espero que não tenha colocado na cueca de novo.
- E daí, garanto que as tias lá adoram.
- Deixe de ser imbecil.
- Veja bem como fala comigo, frutinha. Kaique tira do bolso um canivete.
- O que disse?
- Olhe Kaique, foi mal, mais você também tem este hábito de ficar ai me zoando.
- Pega tua grana. O homem pega 3 notas e as guarda rapidamente.
- Obrigado hein.
- Vê bem o que vai fazer com estes comprimidos.
- Já tenho comprador.
Logo ele pega os outros e os dá os sintéticos.
- Quando vai querer mais?
- Agora vamos ficar umas 3 semanas no limpo.
- Falou. Kaique sai dali, confere o corredor, normal, segue para a ala dos quartos.
- Então é este teu jogo?
- O que diz?
- Não se faz de tolo Kaique, eu vi tudo ali na sala com os 3 caras.
Kaique em gesto rápido leva a mão ao pescoço de Edileuza.
- Se viu fica piano, bem pianinho.
- Tú não é viado, cara tú é bem safado isso sim.
- Cale a boca.
- Enganando até o Luan.
- Será. Edileuza ensaia um cuspe mais é surpreendida por Kaique que levanta a mão em gesto a soco.
- Pare. Ali na frente deles, Luan, Edileuza sai da mão de Kaique e vai até o amado.
- Ele quis me matar.
- E deveria ter feito.
- O quê?
- Vamos para o quarto ou querem ir todos para a cadeia?
Em silêncio eles seguem para o quarto.
- O que, você também faz parte disso?
- Fale baixo, Edileuza, minha família é rica mais não me dão tudo que eu preciso.
- Como não, olhe você esta internado numa das melhores clinicas eles se preocupam contigo, você não faz nada.
- Por isso, eles me deixam aqui para que eu não atrapalhe os planos deles.
- Não pode ser.
- Mais é, eu sei o que já passei na mão deles, eles me odeiam, ódio velado, o pior de todos.
- Mais isso é razão é para tráfico?
- O que você sabe da vida, nada, cara a gente faz grana e muita grana aqui.
- Destruindo a vida de outros?
- Tudo termina em destruição talvez a gente só aplaine este caminho.
- Eu não acho certo.
- Quem é você para achar alguma coisa, uma dondoquinha que só sabe beber, sexo, homens, uma verdadeira puta, isso que você é.
Edileuza dá um tapa na cara de Luan e tenta outro mais ela é contida por ele.
- Eu vou contar tudo para o diretor.
Kaique leva um lenço umedecido em produto sedativo a narina de Edileuza, ela desmaia.
- E agora?
- Chame o pessoal.
- Sim.
- Ela não pode pôr tudo a perder.
- Certo.
Celso sai do banho e olha um envelope no chão do quarto, pega este, fotos dele e Pietra, senta na cama e fica a olha-las enquanto seca os cabelos com a toalha.
- A gente se dava bem. Coloca as fotos em uma gaveta, joga a toalha no cesto e cai na cama.
Edileuza ali na maca é injetada 2 doses de um preparo tipo coktel de medicamentos nela, aos poucos ela acorda meio tonta, Luan ali na frente dela.
- O que houve?
- Suas coisas, vão te levar embora.
- Sério, mas meu pai disse...
- Ele mandou te buscar.
- Nossa, cara eu sinto que preciso falar algo, mas não me lembro o quê.
- Na sua casa você diz.
- Cara eu te amo.
- Eu também. Edileuza tenta sair da maca mais seu corpo esta um tanto mole, 2 enfermeiros a ajudam colocando-a na cadeira de rodas.
- Eu conheço vocês.
- Não senhora.
- Conheço sim.
- Esta enganada. Eles a levam para a entrada da clinica, ali um carro a aguarda, ela olha e sente uma tensão.
- Peraí neste carro, este carro não é o do papai.
- Fique tranquila.
- Não é, eu sei que não é .... Logo ela vê tudo escurecer, eles a tiram da cadeira e colocam no banco traseiro, Luan entra neste ficando a amparar a cabeça dela, Kaique senta no passsageiro da frente e o motorista segue.
04112017 --------------------------------------.
20
O carro segue numa estrada de terra, em determinado ponto, para, Edileuza é posta no chão e o carro segue de volta para a rodovia.
Ali desacordada ela fica, após mais de 40 minutos uma família num carro vê ela ali e para prestando socorro.
- Moça, moça.
- Oi.
- Você esta bem?
- Acho que estou... Edileuza desmaia e eles a colocam no carro, minutos depois ela acorda em uma cama de solteiro no quarto de um garoto, pela decoração.
- Oi, você desmaiou.
- Me desculpe.
A mulher se apresenta a ela e fala de seu esposo e seus 3 filhos.
- Nossa, que lugar é este?
- Você esta em Minas Gerais próximo a Frutal.
- Frutal?
- Sim.
- Acho que meu vô mora por aqui.
- Quem é ele?
- Rodolfo Martins.
- Ah, sim, sr Rodolfo. A mulher ouve isso, deixa um garoto com Edileuza, na sala o esposo da mulher assiste tv.
- Amor.
- O que foi?
- Você não imagina de quem ela é neta?
- De quem?
- De Rodolfo Martins.
- Então é negócio grande.
- O que faremos?
- Deixe ela descansar, vou fazer uma ligação.
- Será que não dará problemas.
- Acho que não.
A mulher retorna ao quarto, Edileuza adormecera, o filho da mulher fora para outro quarto dormir.
O esposo liga para uma fazenda de onde da sede uma senhora atende.
- Alô.
- Sim.
- É da fazenda São Miguel?
- Sim, quem deseja?
- Bem eu... O homem fala com a mulher e conta sobre Edileuza, em 20 minutos, chegam 2 carros com homens da fazenda na casa do casal.
- Boa noite.
- Boa noite.
- A gente pode ver ela, onde esta?
- No quarto de um dos meus filhos.
Os homens entram na sala e uma moça com rapaz vão para o quarto e logo retornam toca o celular dele que atende confirmando ser Edileuza.
- Como foi que encontraram ela?
O casal contou para eles que ouviram atentamente logo toca novamente o celular do rapaz.
- Vamos leva-la.
- Ela pode ficar até amanhecer aqui.
- Não é necessário. O rapaz faz sinal para um dos homens que sai dali logo retornando com um talão de cheque.
O rapaz faz o cheque e entrega para o casal, que de inicio se negam mais acabam por aceitar.
- Muito obrigado.
- Não, obrigado vocês por terem trazido ela para cá.
Logo Bianca é retirada da casa no colo e eles saem dali.
- Será que fizemos o certo?
- Com certeza que sim.
Na fazenda, Edileuza é colocada na cama, a moça liga e do outro lado a mãe de Bianca atende.
- E então.
- Ja esta aqui na fazenda.
- Certo.
08112017 -------------------------------------------------------------.