SUSSURROS 7 TERROR DE IONE AZ E PAULO FOG
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SEgunda feira, inicio da semana, os portões da escola são abertos.
- Bom dia.
- Bom dia sr Luis.
Celso entra na escola junto de Pietra e mais 4 colegas de classe, aos poucos o pátio vai ficando cheio de vida.
Logo ouve-se um grito vindo da rua, todos saem para fora, do outro lado da rua, num prédio comercial, no telhado uma mulher esta olhando para baixo.
- Professora, é a professora.
- Quem?
Em meio aquele alvoroço Celso vai a rua olhando para o alto grita.
- Professora Fernanda, o que faz ai.
A diretora e os outros professores vieram e logo o corpo de bombeiros, mais de modo trágico Fernanda dá fim em sua existência, ao se jogar cai no meio da rua, sangue salpicam alguns alunos que entram em pânico, ali bem perto dela, Celso
fica em transe olhando para o corpo querendo agarra-lo, mais os oficiais o tiram dali, ao longe dele, a garota que o chantageava lhe faz um jóia e na outra mão uma garrafa de refri.
O rapaz é levado pelos professores para dentro da escola, em estado de choque ele desmaia, quando retorna ali esta na poltrona na sala da direção sendo amparado por 2 professores e a diretora.
Os alunos foram dispensados, Glicélia a contabilizar o dano que mais este caso afetará na escola.
- Agora sim, a escola fecha.
- Vamos ter calma, amanhã saberemos.
- Gente seremos claro, agora com a morte de Fernanda o que resta é fechar.
- Diretora não é hora para isso, vamos nos solidarizar com a família da vítima.
- Alguém já ligou para eles?
- Sim ja foi ligado.
Áurea e Laura acompanham todo velório, prestando auxilio na cozinha da sala de cerimônia fúnebres, entre chás e cafés, cortes de pães com geléias e manteiga.
- Obrigado senhoras.
- Nada d Glicélia, a professora sempre fora muito querida.
Celso permanecera fora dali durante todo o tempo, sentado embaixo de uma árvore frente ao portão do cemitério.
- Oi garoto.
- Foi você, não foi?
- Esta vendo toda vez que venho ter contigo, já me acusa.
- Fale o que fez?
- Nunca ouviu falar de solidão.
- Como assim?
- O cara que matamos, Leônidas, ela o amava de verdade.
- Não pode ser.
- Vá lá e olhe por si mesmo naquele caixão.
- Como pode ser tão fria?
- Sou igual a você, porém não derramo falsas lágrimas.
- Eu a amava.
- Podemos ter tudo, menos amor.
Ele se revolta com a fala dela e investe porém ela desvia e ele cai no chão batendo a cabeça, Pietra vem ao seu encontro.
- O que foi Celso, esta ferido?
- Tudo culpa dessa sem vergonha.
- Mais de quem você esta falando?
Ele olha para os lados e nada da colega infernal, Pietra o ajuda a levantar e eles vão para a frente do salão.
O enterro acontece ao fim da tarde, cemitério cheio de estudantes e pais, uma nota fora postada na internet onde a escola se prontificara de pagar todos os custos do enterro mais deixando claro que Fernanda já não pertencia mais ao quadro de lecionadores da instituição.
Os dias seguem, a escola ainda em atmosfera pesada, os professores estão dando o seu melhor e sempre criando um jeito de amenizar e alegrar mais o ambiente.
Na sala de aula, Celso passa mau após o recreio e é dispensado das atividades fisicas.
Ali no canteiro onde após alguns anos se formará um pequeno bosque ele senta em um banco, logo Laura vem para busca-lo.
- O que foi Celso?
- Não sei tia, me senti mau.
- Vamos, já falei no postinho o dr vai te atender.
- Não quero tia.
- Vamos logo. Ele segue com a tia.
Os jornais falaram do suicidio de Fernanda por mais de 1 semana, porém diferente do esperado, sobre a escola muito pouco fora divulgado, quando assim o fizeram em vídeos de alunos agradecendo e os colegas de trabalho falando sobre a excelência em lecionar.
Glicélia fica contente ao ver que não fora tão forte o acontecido quanto ela achava que seria, quase sem respingos na escola, após 3 meses resolveram fazer uma reunião com os profissionais e pais de alunos.
Áurea e Laura foram nesta junto de Celso, já que José o mais velho se casara e se mudara para Curitiba onde fora trabalhar no escritório de uma tecelagem, Mauro esta noivo de uma filha de deputado e fora para São Paulo trabalhar em um banco por intermédio de seu futuro sogro.
- Que bom que vieram.
- D Glicélia, ficamos felizes por ter nos convidado.
- Divirtam-se.
Não havia músicas devido as circunstâncias que se passaram, mais excelente comida preparadas pelas professoras e diretora, alguns pais tomaram conta da churrasqueira e a carne era servida deliciosamente ao ponto.
- Nossa esta realmente muito bom.
- Verdade mana.
Celso passeia pelo ginásio esportivo com Pietra, outros alunos fazem o mesmo e até brincam de bola de tanto insistirem ao professor de educação fisica, ali em determinado momento Pietra vai com as colegas para outro local e Celso aproveita para ir ao canteiro onde logo encontra sua colega de diabrices.
- Olá amigo.
- Somos amigos?
- Não sei, o que acha?
- Sim.
- As coisas ficaram calmas.
- Parece que sim.
- Aproveite pois vem ai uma tempestade daquelas.
- Mais esta sol.
- Largue de ser imbecil, seu trouxa, sua vida vai retorcer como a que um galho.
- O que sabes?
- É só esperar, esteja atento vem fatalidades, querido amigo.
Pietra retorna o chamando ao longe, Celso se vira e responde quando se vira para a amiga ali não a vê mais.
- Onde fora aquela maluca dos infernos?
Francisco chega na escola acompanhado de uma senhora de seus 70 anos.
- Oi Francisco.
- Oi Glicélia, esta é Antônia uma amiga de longa data.
- Prazer Glicélia.
- Antônia, muito prazer. Após os beijos de saudações ele pergunta a diretora sobre a família de Celso.
- Elas estão ali perto da cantina, como sempre as 2 são inseparáveis.
- Vou ve-las. Ele pede licença deixando Antônia a falar com a diretora, na mesa Áurea e Laura bebem refri e comem alguns pastéis quando ele as cumprimenta.
- Oi Francisco que prazer em ve-lo.
- Igualmente Laura.
Áurea o olha de forma distante porém o cumprimenta ele faz sinal a ela que entende o mesmo, após poucos minutos diz a irmã que vai ao banheiro e Laura por sua vez diz que vai dar um passeio por ali.
Na fazenda - Antônio termina de refazer uma cerca próximo ao córrego que fora danificada nas ultimas chuvas, toma um banho, ja de roupas sociais, pega sua maleta e tranca a casa, seu destino a cidade, quer por tudo ver a família, já combinou com Francisco que ficara mais tempo longe dali pois quer dar uma esticada até São Paulo
para ver seu filho Mauro.
Na porteira ele a tranca com cadeado e ruma pela estrada de terra indo para a rodovia onde pegará o ônibus das 15 horas, no meio do caminho sente uma forte dor no peito e cai na estrada ali.
Ali em ânsia de se levantar faz o esforço descomunal mais sua visão se turva e logo uma forte luz invade o local e ele vê seus pais já falecidos há mais de 20 anos, Antônio morre ali, horas depois um vizinho de fazenda com sua família na carroça encontra o corpo do colega ali no chão.
- Minha virgem Maria é Antônio.
Áurea fica a saber das decisões do esposo por Francisco que a abraça as escondidas, Laura ao longe vê tudo aquilo e com o sinal da cruz segue sua procura por Celso, este esta a beijar Pietra embaixo de uma árvore próximo ao bloco c, a garotas que é sua cumplice vê aquilo com certa raiva.
- Cretino imbecil. Diz em tom baixo, nisso o rapaz sente uma forte no peito e ao fechar seus olhos vê seu pai ali perde suas forças dizendo.
- Meu pai. Celso cai ao chão, Pietra grita e Laura se aproxima deles recolhendo o sobrinho do chão grita por ajuda e logo outros alunos vem em socorro, ali em fora de seu corpo por poucos instantes ele vislumbra um lugar calmo tranquilo, uma espécie de floresta e nela vê seu pai que lhe estende as mãos mais todo lugar se escurece repentinamente e ele vê passar a sua frente uma carruagem roxa desta sai a garota infernal com um lenço na mão vermelho sangue.
- Não te falei querido amigo, ja começou o seu inferno. Ela ri de forma grotesca e faz o rapaz sentir dores por dentro do corpo até lhe sair o ar ás presses da morte ele retorna com Laura e Áurea ali com ele, sua tia lhe passando um pano umedecido em álcool.
18092017 ----------------------------------------------.