SUSSURROS TERROR 5 DE PAULO FOG E IONE AZ

Antônio e Áurea chegam na escola por volta das 9 manhã, aguardam poucos minutos na recepção e logo são encaminhados para a sala da diretoria onde Glicélia e 2 professores os aguardam.

- Bom dia diretora.

- Bom dia, sou Glicélia, me desculpem terem tirado vocês de seus afazeres e vindo para cá.

- A senhora pode nos dizer, o que há de errado com nossos filhos?

- Por favor sentem-se.

- Algum deles criou problemas aqui na escola, olhe nos sempre falamos com eles.

- fiquem tranquilos bem o caso é...

Glicélia e os professores apresentam a situação aos pais que ouvem, Áurea balança a caberça e vez ou outra procura alinhar os cabelos sem qualquer necessidade, Antônio arruma a aba do seu chapéu e atento a tudo que lhes é dito.

- Senhora diretora não faz idéia do quanto estamos envergonhados da atitude de Celso, porém a senhora deve entender que ele é homem, um garoto sempre é um pouco mais rebelde por natureza.

- Sim sr Antônio, mais também entendemos que no futuro isso pode causar alguns transtornos para ele e para vocês.

- Como assim diretora?

- Bem D. Áurea, aqui fora há concorrência, nem sempre conseguimos o melhor e quando Celso se deparar em tal situação, se ele não souber o limite próprio, pode acabar por ser no impulso, tomado por reação que cause dano maior.

- A senhora acha que ele pode fazer mau a alguém?

- Não é bem isso...

Antônio, levanta e nisso Áurea também.

- Bem nos desculpe D. Glicélia mais nós já vamos, acredite damos conselhos a eles, somos pobres, admitimos mais na nossa classe, no nosso direito damos boa instrução.

- Me desculpem.

- Bem obrigado, ja estamos indo.

Antônio e Áurea seguem para a porta quando Francisco aparece frente a eles.

- Dr Francisco.

- Antônio, D. Áurea, estive na casa de vocês, a moça Laura me disse que tinham vindo para cá.

- Sim mais já estamos de saída.

- Eu os levo.

- Agradecido.

Antônio e esposa aguarda no pátio olhando ao redor enquanto Francisco fica na sala de direção, Áurea pede licença ao marido e sai para o sanitário, entra na recepção e vê pela janela, Francisco alisando a face de Glicélia enquanto ela admira o peitoral do homem ali na sua frente.

- Canalha, vai me pagar, de agora em diante saberei como lidar contigo.

Elas retorna ao pátio e encontra o esposo a beber água no bebedouro.

- Vamos Antônio.

- O que foi Áurea?

- Quero ir agora.

- O que foi que aconteceu?

- Precisa acontecer algo, depois de tudo que ouvimos, não quero ficar nem um segundo aqui.

- Então espere vou atrás do dr e avisa-lo que vamos.

- Não, vamos embora.

Áurea leva Antônio para fora em passos rápidos vão ao ponto de ônibus, entram no primeiro que segue.

- Mais este nem é o nosso mulher.

- Não tem problema, descemos no terminal e lá fazemos a troca.

- Tudo bem.

Dois dias depois, aula de educação fisica, 3 classes fazem exercícios na quadra da escola, as meninas jogam queimada e os garotos se preparam para um futebol em estilo carangueijo.

Celso vê Fernanda sair da sala de professores e ir até a cozinha, sem que percebam ele se afasta do grupo e segue para ali, onde pela janela a vê falar com as mulheres dali, segue para outro lado, logo ela sai, joga uma pedra pequena que acerta a saia dela, a professora olha ao redor e nada, ouve um barulho ao fundo do bloco c um pouco afastado dali e e segue ao local, uma espécie de almoxarifado, um tanto escuro com livros e alguns materiais tipo construção, cadeira, mesas, quinquilharias inservíveis.

- Tem alguém ai?

Ela anda pelo lugar, ouvir barulho de gotejar, devido a vazamentos em canos, pisa numa poça de água e sente um forte impacto que a faz cair desacordada.

Ali no chão ela fica, Celso com uso de um pedaço de caibo a golpeara nas costas agora lhe dá outro no braço direito e corre jogando a madeira para fora do muro limite da escola.

Vanusa segue com vassouras e rodo para a limpeza do bloco c, algumas salas estão sem uso naquele período quando ela observa o portão do almoxarifado aberto.

- Meu Deus mais eu tenho certeza que deixei fechado.

Ela vai até o lugar entra e vê Fernanda caída, grita apavorada.

Alunos e professores todos ali naquele corredor, a ambulância a leva, os policiais fazem perguntas, mais nada.

Procuram por pistas, sem sucesso, Celso ali com os outros alunos todos assombrados, ele vê a professora tão querida por ele passar na maca, se emociona, saindo lágrimas de seu olhos, os colegas vem ao seu conforto.

- Fique tranquilo Celso, não será nada grave, logo ela estará bem.

- Será, eu gosto tanto dela.

- Sim.

Ali sendo confortado, ele olha para outro lado e abre um singelo sorriso demoníaco e logo retorna as lágrimas.

Nisso quando sai daquela comoção ele se depara com uma aluna que olha para ele fixo.

Celso netra no sanitário fica ali poucos minutos e sai, perto do lavatório a garota o aguarda.

- Oi Celso.

- Te conheço?

- Eu vi.

- O quê?

- Você sair do almoxarifado, eu vi, minha classe é perto dali.

- Não sei o que diz.

- Olhe, a mim pouco me interessa sobre aquela mulher, desde que me traga dinheiro amanhã.

- Como assim?

- Dinheiro seu imbecil, dinheiro é que quero.

- Vá para o inferno.

- Para que se aqui esta melhor, já que o filho do chefe estuda na mesma escola que eu.

- Louca.

- Amanhã, minha grana.

A menina sai dali e Celso fecha as mãos.

- Maldita, não vai ficar assim se arrependerá, isso posso te garantir vadia louca. Um riso diabólico surge em seu lábio.

07092017 -------------------------------------------------------------------------------.

7

Celso não consegue dormir, ao fechar os olhos vê a garota a sua frente lhe extorquindo.

- Maldita, sacana maldita.

Amanhece ele toma seu banho, café e segue para a escola.

As aulas são normais, no intervalo ele entra no sanitário ao sair se depara com a garota.

- Trouxe minha grana?

- Sim, vamos lá para trás.

- Tudo bem.

Atrás da cantina, Celso entrega para ela 50 reais e sai dali.

- Ei aonde você pensa que vai?

- Não te devo mais nada, foda-se ai.

- Não é bem assim.

- O que quer?

- Por hoje mais nada, só que amanhã...

- Olhe vá se lascar não te devo mais nada.

A menina vai até ele lhe segurando por trás na camiseta.

- Eu te digo quando vai acabar.

Celso se vira para ela de seus olhos se veem um fogo infernal.

- Não sei teu nome, nem pretendo saber o que sei é que se você continuar me pertubando sei lá o que te pode acontecer.

- Esta me ameaçando criança.

- Não sei, sei lá.

Celso se desvencilha dela e sai dali a deixando com um riso tão diabólico quanto o dele.

Após 2 semanas, Fernanda retorna as aulas com uma tipóia no braço, tendo cautela possível para não ofender este.

O garoto como sempre o numero 1 da aula, porém sente um certo distanciamento por parte da professora, ao terminar a aula ele testa indo á mesa da professora ao se aproximar dela sente um certo medo dela.

- O que houve professora?

- Oi Celso, não tinha te visto vindo.

- Queria lhe perguntar algo.

- O que foi Celso?

- Sobre a matéria.

Celso faz a pergunta lhe mostrando o caderno, depois de sanada a dúvida ele se despede e sai.

No pátio ele Vê o namorado de Fernanda chegar de moto, deixando-a ao canto próximo ao portão, o garoto vai até perto da cantina e pega uma vassoura indo em direção a moto olha pelo redor e investe nesta logo saindo dali.

No ponto de ônibus ele sobe no seu estando no ultimo banco olha para a escola, Fernanda recebe com alegria seu amor, Leônidas a beija com um gesto simples e a ajuda com seus papéis e eles saem da sala andando pelo pátio, ela entra na sala dos professores junto dele onde guardas algumas pastas no armário e segue com ele, logo ele fica chocado ao ver sua moto no chão caída, espelhos quebrados, farol danificado.

- Meu Deus como foi cair. Fernanda fica assustada ao ver o estado da moto de seu noivo, ajuda ele a levantar a moto que a testa e esta funcionando.

- Vamos.

- Esta tudo bem?

- Sim, amanhã ela estará nova.

- Me desculpe.

- Pelo quê?

- Ter vindo me buscar, não foi uma boa idéia.

- A partir de amanhã venho de carro.

- Te amo.

- Te amo.

Celso entra em casa sendo recebido pela mãe e tia, as beija e segue para o banheiro de onde sai indo para o quarto guarda sua mochila e de mãos lavadas almoça.

José e Mauro já estão trabalhando, José trabalha de office boy em um escritório de contabilidade e Mauro ajuda em uma banca de revistas.

08092017 --------------------------------------------------------

paulo fogaça e IONE AZ
Enviado por paulo fogaça em 10/09/2017
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