SUSSURROS 4 TERROR DE PAULO FOG E IONE AZ

Cinco anos depois, tudo em preparo, Áurea a bater as claras em neve, Laura limpa os frangos que foram mortos por Ântonio.

Mauro e José enrolam a massa de chocolate para preparo de brigadeiros, Alcione que batizara os 3 filhos de Àurea na igreja de Maringá, esta no preparo do bolo pois amanhã será o dia, logo cedo começarão a festejar o aniversário de 6 anos de Celso, tudo devido a uma promessa que Áurea se comprometeu em fazer até o 7º aniversário de Celso, pela cura da bronquite dele e de José.

Celso corre pelo quintal junto de outros garotos filhos de sitios vizinhos que brincam com ele ali de pega-pega e esconde-esconde.

Ântonio junto de Lourival marido de Alcione preparam a carne em cortes para espetarem no outro dia em assar de churrasco.

Celso sai a procura dos outros que se esconderam indo em direção ao córrego que passa na fazenda, ali ele vê Joaquina de 11 anos a colher pedrinhas a beira da água em vestido rosa com detalhes de sianinhas brancas.

O garoto vai lentamente se aproximando dela até chegar ao ponto de toca-la mais ela ali tão distraida a olhar para as águas.

Num gesto rápido em movimento ele a empurra nas águas, devido as chuvas dos ultimos 3 dias o córrego adquirira mais força em sua correnteza.

A menina tenta gritar mais engole água e não tem forças, logo começa a sumir ali, um garoto vê Celso que pressente ser descoberto e inicia gritos de socorro.

- Socorro, socorro, a menina, socorro. O outro garoto corre até os adultos em desespero, logo o lugar esta com 4 homens, Ântonio e Lourival pulam na água mais nada de encontrar Joaquina.

Alcione é avisada e corre para o local ali a beira do córrego ela grita em desespero.

- Joaquina, Joaquina, filha, minha filha, minha querida filha.

Só depois de 2 horas encontram o corpinho de Joaquina preso a uns galhos de salgueiro bem distante do local que sumira.

Rezas, cânticos e muitos choros, a menina fora enterrada em vestes brancas, como um anjo.

Celso se aproxima do caixão e ensaia um choro, Áurea o pega levando o garoto para fora da casa a comida que seria da festa fora servida a todos ali na fazenda, cerca de 80 pessoas estavam ali das áreas vizinhas.

Francisco viera da capital para acompanhar o enterro no cemitério de Maringá.

Áurea a confortar Alcione que mesmo em efeito de calmantes não aceita e insiste em momentos de choros e desespero.

Dias depois Francisco pede para Áurea arrumar suas coisas pois ele retornará para a capital, ajudar financeiramente no velório e trâmites de enterro de Joaquina.

Ali sentado com o casal na cozinha acerta alguns detalhes com Ântonio.

- Aqui esta ÂNtonio o pagamento deste mês.

- Mais sr.

- Ântonio não vou vir no próximo mês, portanto já te deixo um a mais para as despesas que ocorrerem.

- Tudo bem sr.

- Ah, vou contatar um médico de crianças na capital, muito bom, se confiar quando lhe ligar, envie sua esposa junto da irmã com Celso para que ele possa examinar teu filho.

- Agradecido sr.

- Pois bem. A conversa vai até mais alguns minutos, depois de mala na mão Francisco sai da fazenda em Jeep alugado.

- Adeus.

- Adeus sr.

Áurea recebe a noticia de ter de ir a capital de forma normal por que sabe que não deve aparentar qualquer emoção para não ser descoberto seu caso com Francisco, Laura é avisada e aceita acompanhar a irmã e o sobrinho.

04092017 ----------------------------------------------------------------------------------------------.

2009 - Após a morte trágica de Joaquina, ali no córrego da fazenda, Áurea se muda para Maringá, morando junto da irmã com os filhos, Antônio ficara a trabalhar na fazenda, ela vai para lá ficando 2 semanas com ele e 3 na cidade, Laura cuida dos sobrinhos quando a irmã esta fazenda.

A amizade das comadres ficara bem abalada após o acidente, sem falar, em seu profundo silêncio, Alcione culpa a Celso pela morte de sua filha, nisso eles se distanciaram muito.

Celso já com 12 anos frequenta escola particular paga por Francisco, os outros 2 também estudam na mesma escola mais com meia bolsas e o restante arcado pelo patrão da Antônio.

Francisco frequenta a casa de Áurea ali na cidade com mais assidualidade que na fazenda, ali sempre que ele chega ela manda a irmã buscar qualquer coisa no supermercado ha 10 quadras dali e os garotos se estão em casa são orientados para irem brincar na quadra esportiva ali perto.

Momentos após ela leva o homem para seu quarto e ali permanecem não mais que 30 minutos trancados ali, após o tempo ele sai deixando na mesa um cheque.

- Quando Antônio vem?

- Semana que vem.

- Trate-o bem.

- Fique tranquilo sei como tratar meu marido, sei de minhas obrigações.

O homem sai e ela fecha a porta, na cozinha ela coloca o cheque dentro de uma caixinha ao fundo do armário, Celso ali do seu quarto acompanha a tudo e anota em um caderno de bolso, depois coloca-o embaixo de seu colchão.

A vida assim segue, Celso sempre muito ativo na escola, bom aluno e praticante de esportes, porém chama a atenção pelo seu lado agressivo diante a competições, sempre disposto a ir ao extremo pelo seu próprio bem.

- Isto não é bom.

- Já reparei, e é em tudo que ele aje desse jeito.

- Bem diferente dos irmãos.

- Sim.

O professor de educação fisica diz ao auxiliar e segue para a sala da direção nesta bate a porta entrando, na mesa uma mulher morena de cabelos lisos artificialmente e make leve, em trajes de vestido rosa claro e sapatos salto baixo.

- Glicélia.

- Sim.

- Precisamos ter uma conversa com os pais de Celso.

- Ainda sobre a selvageria dele em momentos esporádicos?

- Sim.

- Você não é o primeiro que vem me trazer este problema, faremos o seguinte, na semana que vem teremos uma reunião com eles, o José me disse que seu pai estará aqui.

- Bom, assim será melhor para explanarmos o problema.

- Só aviso, não quero ninguém enchendo os pais deles de temores sobre o filho.

- Pelo contrário Glicélia só vamos dialogar e com certeza encontraremos um bem comum em resolução.

- Isto sim, não podemos interferir de forma drástica na criação e desenvolvimento do garoto.

- Entendo diretora.

- E não se esqueçam, dr Francisco é um bom contribuinte da causa educacional desta instituição.

- Sim diretora.

- Bem é só isso?

- Sim.

O professor sai.

Na sala de Celso, avaliação de história do Brasil, com a professora Frenanda, a que ele tem um pouco de agradabilidade já que os outros ele trata de forma seca e indiferente, tirando o de educação fisica, para os demais não demonstra amabilidade nas palavras.

Sempre leva doces caseiros feitos por sua mãe para a professora e ainda a convida para almoços e chás em sua casa mais ela os evita indo vez em quando levar costura para sua tia Laura.

Termina a aula e todos entregam suas provas ele ja dera a dele ha bom tempo mais não quisera ir embora, sendo o ultimo ali com a professora tem sua prova corrigida antes das outros e não surpresa ele tirara 10 com louvor.

- Gostaria de ter mais uns 15 alunos tão bons e aplicados como você Celso.

- Obrigado professora.

- Ah, diga a sua tia que passarei em sua casa amanhã para buscar o vestido.

- Sim eu falarei.

- Tchau Celso.

- Tchau professora.

Celso sai da sala mais no caminho sente vontade de mijar e entra no sanitário dali do pátio ao sair vê a professora saindo pelo portão principal e vai até ela mais para estático diante a rua, a professora pega um capacete de um homem e antes o beija subindo na rabeira desta moto e sendo levada por aquele homem.

- Maldita, píranha cretina. Celso diz fechando as mãos em raiva.

06092017 -----------------------------------------------------------------------

paulo fogaça e IONE AZ
Enviado por paulo fogaça em 06/09/2017
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