SUSSURROS 3 TERROR DE PAULO FOG E IONE AZ

Dois anos se passam Celso cresce rápido, forte, brincalhão porém tem alguns movimentos não compatíveis, limitados dentre eles não consegue virar o pescoço para o lado para ver ao redor tem de virar o corpo todo, se engasga facilmente com alimentos sólidos portanto tendo uso de alimentos em sopas passadas no liquidificador.

- Ântonio temos de levar o Celso novamente ao doutor.

- Vou ver isto amanhã.

- Mais não esqueça.

- Tá tudo bem, o que fez para janta?

- Angú e frango ao molho.

- Muito bom, vou me lavar.

- Vá e não se esqueça do Dr.

- Tá ja falei que não vou me esquecer.

José e Mauro brincam na varanda com um pião, caminhando com um pouco de dificuldade Celso vai até eles, os garotos cessam a brincadeira para ouvir os grilos ali em meio as plantas, cigarras e logo formam-se um véu lá fora de vaga-lumes, Celso pega o pião do chão, Mauro o vê e tenta tira-lo mais Celso lhe joga este acertando o olho direito de Mauro com a ponta de ferro deste.

- Mãe.

Áurea larga as panelas aos gritos chamando a atenção dos filhos em repreenssão mais ao sair da cozinha se depara com Mauro com as mãos no olho e o sangue a escorrer.

- Mauro o que houve, Ântonio vem acudir.

Ântonio sai de toalha na cintura e sabão pelo corpo recolhe o filho do chão e já ordena querer saber quem fez aquilo com Mauro.

- Foi o Celso ele me jogou isso.

Ântonio vê no chão o pião manchado, mais adiante Celso olhando para eles com ar de satisfação, riso estampado.

O pai perde o controle e com a outra mão arrasta o caçula para dentro da casa, Áurea corre no canteiro com lampião na mão e pega algumas ervas e ja na cozinha as lava e massera formando uma massa que ela coloca em cima do olho do garoto que fora limpo com água, sabão mais ele em gritos, Ântonio bate em Celso que fica em choro gritante no canto da sala, logo todos vão de Jeep de um sitio vizinho para Maringá lá o dr lhes diz que por pouco Mauro não teria perdido a visão, o brinquedo

lhe atingira ao canto mais bateu na carne não no olho.

- Graças minha Virgem Maria.

- Foi um milagre mesmo D Áurea e sr Ântonio.

- Obrigado dr, e quando ele vem com a gente?

- Daqui a pouco, já estamos fazendo um curativo nele.

- Vai ficar perfeito dr?

- Sim d Áurea, quando como estava.

- Meu Deus glorioso amém meu Pai todo Poderoso.

- Sr Ântonio pode me acompanhar até minha sala?

- Sim. Na sala do dr, Ântonio é orientado a sentar.

- Aconteceu algo dr?

- Olhe sr Ântonio, como eu disse antes o menino ewsta fora de risco, normal, mais daqui uns 20 dias gostaria que sr o trouxesse para que fizessemos uns exames nele, raio x.

- Por quê dr?

- Bem seu Ântonio, pode ser que após o trauma, depois de alguns dias desenvolva algum coágulo sanguíneo no interior da órbita oricular.

- Como dr?

- Bem deixe que na hora do resultado lhe explicarei melhor, mais não fique impaciente.

- Sim dr, bem então trarei o Celso, aquele menor que esta ali fora, dr, o garoto é tão malino, mas tem alguns probleminhas, ele é forte mais tem uma lerdeza ao andar e ainda não fala direito.

- Tudo bem seu Ântonio, o traga e faremos uns exames neles.

- Obrigado dr.

- Por hora vou receitar uns medicamentos para o Mauro e uma vitamina para o Celso, fique tranquilo que temos tudo aqui na farmácia.

- Eu sei dr, mais moramos em fazenda é um tanto longe.

- Que pena, não tem alguém que pode pega-la?

- Não dr, mais fique tranquilo que sem remédio meus filhos não ficam, pode me dar a receita que eu dou um jeito.

- Tudo bem.

O dr lhe dá a receita e eles se despedem, ja na frente do hospital Ântonio relata o fato mostrando a receita ao homem que os trouxe.

- Isso não é problema Ântonio, se tem dinheiro, vamos ali na farmácia do Turco.

- Vamos. Todos entram no Jeep e logo param frente a uma farmácia de esquina na avenida, o homem toca a campainha e logo ouvem do outro lado uma voz rouca um tanto cansada.

- Podem falar.

- Seu Nassir precisamos de uns remédios.

- Ja estou indo. O farmaceutico abre uma pequena porta e todos entram, logo saem com um saco de papel dentro os remédios receitados e um sorriso turco a fechar a porta.

- Obrigado vão com Deus.

- Amém.

Ja passam da meia noite quando após 2 xicaras de café o homem que lhes levaram a cidade retorna para seu sitio, as crianças adormeceram todas na cama do casal, Ântonio procura por tudo mais nada do pião que fizera a tragédia ali, nem sinal deste.

Àurea prepara de improviso uma cama para eles no chão aos pés da cama de casal e ali adormecem, Celso se mexe um pouco na cama e logo surge debaixo dele o brinquedo que causara tanto desconforto para todos ali.

01092017 -----------------------------------------------

paulo fogaça e IONE AZ
Enviado por paulo fogaça em 02/09/2017
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