Numa gaiola
Parou o olhar no dela, com uma insana paixão de esmagar-lhe os ossos juntos aos seus, alcançar-lhe o coração, furar-lhe os olhos, amputar-lhe as pernas, arrancando-lhe a pele macia. Fez das mãos uma concha para lhe prender o rosto e observou... até que ela parasse... de reclamar.
-Numa gaiola a prenderei comigo
e não te deixarei falar. Te morderei apenas,
como cães e gatos, e isso me bastará!
Mordeu-lhe as bochechas entre os dedos ensanguentados para depois girar-lhe o crânio como um cata-vento num dia ensolarado. Assim ela esgotou... a vida.
Sem se comover, ele respirou fundo e imagino-se num filme pornográfico, erótico ou apenas numa cena de amor.