Chamada Sangrenta
Adam e Tânia formavam um belo casal. Eles tinham se casado há duas semanas e estavam procurando uma casa para comprar, já que os pais de Adam cederam uma de suas casas para o casal morar até eles acharem uma outra.
Um certo dia, Tânia viu um anúncio publicado sobre uma casa que estava à venda e resolveu falar com seu marido.
O valor da casa era estranhamente baixo. Mesmo assim, eles decidiram falar com o proprietário e verem a casa.
Chegando até a residência grande e bonita, avistaram um senhor pálido se aproximando.
- Pois não...
- Olá, viemos ver a casa que está à venda. Vimos o anúncio. - Disse Adam.
O homem idoso mostrou-lhes a casa por completo.
- Por que o valor é tão baixo sendo uma casa grande e bonita? - Perguntou Tânia meio desconfiada.
O homem não sabia o que responder na hora e ficou desviando o assunto.
O casal desconfiou de tudo aquilo, achando uma atitude suspeita, como se aquele senhor estivesse escondendo algo.
Depois de pouca conversa, o casal fechou negócio com aquele proprietário.
Assim, eles se mudaram.
Passado 1 mês que estavam lá, Adam encontra um aparelho telefone abandonado, enterrado atrás da casa.
- Tânia, olha só o que encontrei... Vamos limpá-lo e testá-lo. Se funcionar, usaremos ele.
Fizeram o necessário, e o aparelho deu sinal.
No outro dia, Tânia tinha ido comprar algumas coisas e Adam ficou em casa.
Adam foi fazer uma ligação e quando colocou o telefone no ouvido, ouviu um sussurro baixo do outro lado da linha, que, aos poucos, foi aumentando, e ele podia entender o que a voz estava dizendo.
- Sangue... Sangue... Sangue...
- Alô... Quem está aí? Responde! - Disse Adam com um tom de voz alto.
De repente a voz parou e logo em seguida Adam começou a ouvir gritos muito alto do outro lado da linha. Gritos que o deixou surdo e com uma tontura que o fez cair.
Quando ele tenta se levantar, percebe que seu nariz, sua boca e seu ouvido direito (Do lado que estava o telefone) estão sangrando. Adam fica assustado e desesperado, e tenta sair de sua casa para buscar ajuda, mas não conseguia andar, pois estava perdendo muito sangue, e já se sentia fraco. Foi desfalecendo até que não resistiu mais e morreu ali mesmo no chão da sala.
Quando Tânia chegou, o encontrou naquele estado. O chão coberto de sangue e sobre seu marido.
Tânia deu um grito apavorada e saiu para pedir ajuda.
Passado 3 dias, foi o enterro de Adam, a qual sua mulher não conseguiu ir, pois estava ainda em choque pela cena que presenteou.
Tânia passou dias tentando descobrir o motivo da morte de seu falecido marido, mas não achara nenhuma pista.
Após um mês do ocorrido, Tânia estava se recuperando aos poucos do trauma vivido.
Se sentindo sozinha e solitária, resolveu ligar para uma amiga, para passar alguns dias longe daquela solidão.
Quando Tânia pegou o telefone e ia discar o número, sentiu um calafrio em sua espinha e um frio incontrolável.
De repente, ouviu o mesmo sussurro que Adam tinha ouvido, e logo após, os gritos. Nesse instante, Tânia ficou paralisada e dura, seus olhos ficaram todo vermelho de sangue, e seu rosto se contorceu todo, deixando-a em uma aparência toda transfigurada.
Tânia caiu morta como se estivesse petrificada.
O aparelho telefone desapareceu lentamente no meio dos cadáveres.