A BATALHA DAS TREVAS - PARTE II - Capítulo XII

XII - A Desgraça do Saara

Cerca de dez mil anos atrás existia uma civilização devota de uma deusa chamada Lilith, a Deusa nada mais era do que um demônio que caíra antes mesmo de Lúcifer, porém fora libertada por Fresdia um homem forasteiro e inocente que procurava algo para comer, próximo ao Saara que na época era cheio de florestas e Oasis maravilhosos. Ao libertar Lilith, Fresdia, foi contemplado como soberano de seu povo, todos possuíam um medo enorme, mas com o tempo abraçaram a causa de Lilith, os Sumérios tentavam invadir a civilização, porém nunca conseguiam.

No plano celestial a informação começa a incomodar os arcanjos que não acreditavam que os homens novamente se deixavam levar por espíritos malignos.

- Temos que destruir os humanos – Disse Miguel em uma ira enorme.

- Nada disso – exclamou Gabriel - é muito cedo, mandaremos nossos anjos querubins para a batalha contra Lilith.

- Onde está Lúcifer?

- Estou aqui Miguel, estava meditando no primeiro céu, escutei tudo o que diziam, não acabaremos com os humanos, lembre-se que nosso criador os fez e assim ele quis. Chamarei Baalberith para organizar o exercito que irá a terra.

Miguel ficava enfurecido com a paz e a calma de Lúcifer.

- Baalberith – exclamou Lúcifer – Venha até aqui

- Sim, o que posso fazer?

- Organize os exércitos, lutaremos contra Lilith e deixe avisado que nenhum humano deve ser ferido nesta guerra.

- Sim, ordenarei.

Baalberith Organiza seu exército de anjos, Lúcifer não precisava descer até a terra, mas sabia do que Lilith era capaz, afinal foi o primeiro anjo a cair e a enganar os humanos desde a época de Adão e Eva.

Lilith sabia que os anjos logo viriam e por isso criou seu exército de espectros, ao chegarem a terra os anjos imediatamente foram atacados por estes seres sem energia vital, Baalberith lutava com raiva, destruir três a quatro espectros por vez e se admirou por um anjo que estava em sua primeira batalha ele era Exarp, enquanto Lúcifer invadia o palácio de Lilith. Entrou na sala e já trajava sua armadura branca remetente a luz, e vê Lilith que era um demônio astuto e ainda por cima era linda, tinha cabelos avermelhados, gostava de usar vestidos compridos mas que deixavam boa parte dos seios à mostra, assim nenhum homem a questionaria.

- Que honra receber você em meu recinto Lúcifer, o que traz você aqui?

- Hora, não se faça de sínica, você sabe que deveria ficar aprisionada e está proibida de comandar qualquer humano, aceite seu destino demônio ou dizimarei sua áurea.

Lilith cai em gargalhada e se transforma em um ser horrendo com cabelos de cobras, uma armadura roxa e olhos vermelhos e diz:

- Venha Lúcifer, tente me destruir.

Começa então a luta entre o Anjo da Luz e um demônio, com a espada Lúcifer tentava acertar a qualquer custo Lilith que em contra partida com seus cabelos de cobra se defendia de todos os golpes. Lúcifer então em um momento de raiva invoca a luz celestial em sua espada, começa a sequência de golpes que ferem muito Lilith, Lúcifer olha para Lilith e diz:

- Aqui será seu fim!

Ao encontro da espada de Lúcifer com Lilith, escuta-se um urro de dor e o sangue jorrando, Lúcifer que havia fechado os olhos agora os abre e vê na verdade Fresdia um ser humano, que entrou na frente para Lilith não ser morta.

Lúcifer deu dois passos para trás e não acredita no que acontecera, sua espada suja com sangue humano, Lilith então cai na gargalhada e diz:

- Você matou um ser humano, um ser de criação do nosso pai.

Lúcifer recupera os sentidos e diz:

- Você não é filha do criador! Morra!

Lúcifer finca sua espada em Lilith, porém algo estranho acontece, o contato da espada suja de sangue humano com Lilith fez a criatura ao invés de destruída ser absorvida por Lúcifer que sentiu uma força imensa, sentiu tanto prazer naquela força que seus pensamentos começaram a mudar, Baalberith entra no palácio e pergunta:

- O senhor está bem?

- Sim estou muito bem

- O que faremos agora?

- Aplique um castigo nos humanos, faça com que o rio desvie de curso, faça daqui um deserto, vamos para casa.

Baalberith achou estranho, porém o fez, e assim voltaram ao céu, transformando o Saara em um enorme deserto em questão de dias.