A Verdadeira e Única Fábula do Mundo.(Versão autêntica, sem interferências externas)
Nascer... é difícil definir. Existir... mais ainda. E perecer? O que são essas três palavras? Por que é tão difícil definir as coisas? Talvez porque não entendamos o que realmente as palavras queiram dizer. Definir, por exemplo, é " dar-fim" a algo. Talvez por isso definir seja tão difícil, como podemos dar fim as coisas? Como podemos terminar o que não começamos... Como podemos desfazer aquilo que não podemos consertar? Como destruir o que não podemos criar? Nada tem fim.
Três. Tudo começa com Três. Três palavras... Uma família... Uma religião... O universo...
Uma família compõem-se de pai, mãe e filho. Uma religião de Pai, Filho e Espírito. O universo compõem-se de estruturas triangulares em cada molécula e átomo. E você... Bem, você é uma composição de ego, superego e id... A estrutura mais forte que se possa conceber na natureza é um triângulo, ele distribui tão bem as forças que se torna indestrutível. Tetos e pontes tem bases triangulares... e tudo aquilo que você quiser manter firme.
No início só havia um sonho. E todas as coisas eram possíveis! Mas faltava algo. Nenhum sonho existe por si mesmo, é preciso sonhar por alguém. De que vale saltar abismos, ou atravessar as galáxias, se não se fizer isso por alguém? A mais egoísta das pessoas, é egoísta por causa de alguém. Se ela vivesse só, não haveria em quem exercer o seu egoísmo...
Então o sonho entendeu que todas as suas possibilidades eram vazias. Do Sonhador e do Sonho, nascera o percebedor. Aquele que daria significado ao sonho. E assim tem se repetido na dança eterna do Cosmos, pois um mais um são três. E a matemática finalmente mostrou a sua contradição, e que tudo é relativo, pois que tudo deve sempre mudar, nada pode ser fixo, porque a criatividade é Viva! E aquilo que está fixo, está terminado,,, e morto.
Em toda a natureza, a união de dois seres traz à tona um terceiro. Mesmo nos seres unicelulares que se partem e se reproduzem sozinhos. Eles não fazem isso de fato sozinhos, como a ciência material preconiza... Há uma segunda força ali, por trás, que não pode ser percebida, mas que agiu, e age, para a conformação de Tudo o que É.
O bem, o mal, e o neutro. Eu, tu, e ele. O céu, o mar e a terra. Nascer, morrer, renascer. Cabeça, tronco e membros. As três falanges dos dedos. O universo fala contigo e você não ouve. O três, o seis e o nove, serão sempre irmão, não importando as mudanças que ocorram entre eles!
Você quer aprender a falar inglês, francês, mandarim. Mas o idioma mais importante você ignora. As línguas morrem, passam. O idioma Universal fica... é perene.
Os desejos, a cobiça, ficam pelo caminho. A poeira cobre.
O encantamento permanece, segue cintilando pelas estrelas, na eternidade sem tempo. Você procura o ouro pelo valor monetário, mas sequer entende o que ele é. Ele é nobre, eterno, e veio dos confins do universo. Nada pode consumi-lo. O próprio ar corroí o mais duro ferro. Mas o ouro permanece.
Essa história foi contada no início. Quarenta mil anos atrás. Pegue-a agora em sua lembrança. Propague-a de boca em boca... Mas, não se esqueça de incluir em cada vez que for contá-la, um pouquinho do seu interesse... da sua interpretação dela... daquilo que acha que deve ou não omitir. E saiba, aquele que a ouvir, por sua vez fará a mesma coisa. Pois cada uma das pessoas desse mundo tem os seu próprios interesses, o seu próprio gosto, e a sua própria verdade.
E então, daqui a quarenta mil anos, conte-a para mim de novo. Talvez possa ter restado um pingo de originalidade... Assim como o ar que te dá vida e que te cerca é o que te mata. Assim também são os interesses e o de sua sociedade.