O LEPROSO
Nacos podres de membros inferiores,
Sem tratamento não há sua cura,
Noites em claro com as terríveis dores
Esperando ser jogado a sepultura
A pele do corpo disforme e inchada,
Não sente calor, frio somente a dormência
Seu rosto se desfaz tão avermelhada,
Castigo por essa sua vida de maledicência!
Nervos destruídos pelas bactérias,
O desespero de sentira apenas comichões,
Faz com que ampute as artérias,
Tendo pelo corpo essas muitas mutilações
A maldição será em breve terminada,
Quando teu cadáver for sepultado no fosso,
No futuro esta sua esquecida ossada
Far-se-á lembrar de ti, meu maldito leproso