O VELHO CARVALHO
Vê adiante, além das ruínas?
Depois da antiga ponte, aquele atalho?
Ouvem-se vozes de meninas,
Ao lado do velho e antigo carvalho!
Neste lugar ocorriam julgamentos,
Dos hereges em tempo nem tão distantes
Na arvore todos os enforcamentos,
Eram feitos entre os gritos horripilantes!
Ouço uma voz que me encanta
Um odor pútrido com enxofre e asco,
Algo me sufocando a garganta
Diz-me: - Enforque-se com o carrasco!
Espíritos antigos estão errando,
Sobre essa terra cheia de misticismo,
O medo enfim me controlando,
Diante de todo esse meu ceticismo!
Já fiz um nó bem apertado,
Agora subo nesta árvore para o alto
Vejo se está tudo amarrado,
E para o fim mortal dou meu salto!