A Festa do Palhaço

Estamos em 2016, e as notícias não são diferentes. Palhaços atacando pessoas nas ruas. A pergunta que não nos faz calar, e aqueles palhaços de circos? Aqueles que animavam festas de crianças para o seu sustento? Como eles ficam? Será que devemos confiar neles?

Eram duas da tarde de segunda-feira, 31 de outubro quando a delegacia de São Paulo recebeu um chamado de que supostos homens estava mantendo crianças reféns em uma escola. Todos os policiais da região foram acionados para irem ao local.

Professores e funcionários daquela escola foram liberados para irem pra fora do prédio enquanto as crianças permaneciam trancadas nas suas salas. A escola Visconde e Pelotas, no interior de São Paulo abrigava por dia, cerca de 700 alunos em 30 turmas. Naquele dia, todos os alunos se reuniram à tarde para a festa de Halloween. Palhaços desconhecidos entraram na escola armados e com muita munição. Seu objetivo era matar todas as crianças que ali se faziam presentes.

A policia local já estava cercando o prédio quando um dos palhaços apareceu na segunda janela, da direita para a esquerda do terceiro andar com uma das crianças no colo, gritando "eu irei libertá-la do mal que ocupa este mundo."Haviam cerca de seiscentas pessoas do lado de fora da escola assistindo tudo, uma terrível cena de terror. O palhaço continuou a repetir a frase quando ergueu a criança para cima e a largou. Os policiais não puderam evitar, o palhaço misterioso jogou uma menina, aparentemente com 6 anos do terceiro andar do prédio.

Na rua se escutava gritos e mais gritos, e dentro da escola não havia nenhum barulho, um silêncio absoluto. Era incrível ver até que ponto um ser humano pode chegar. Jornais de todo lugar já se faziam presentes no local quando se escutou tiros, um depois do outro, meu Deus! Foram muitos. Os policiais tomaram uma atitude, que teriam que entrar na escola antes que eles matassem todas as crianças. Os policiais já estavam prontos para entrar, quando uma das crianças saiu pela porta em direção ao portão pedindo socorro. Em suas mãos um bilhete que certamente foi escrito pelos assassinos.

"Eu-os matei. E mataria de novo. Vocês seres humanos se acham no poder de tudo, no controle de tudo... Não pensam no próximo, nem se quer perguntam o que está se passando pela nossa cabeça. Eu era feliz, fazia crianças de diversos lugares rir, se divertir com suas famílias... Muitas crianças aqui de dentro me pergunta POR QUÊ? E eu respondo. A duas semanas atrás minha mulher e minha filha foram brutalmente assassinadas por dois palhaços na avenida paulista. Eu era um palhaço de circo, eu vivia disso. Hoje, não vivo mais. Quero me vingar de Deus e de todos aqueles que acreditam nele, matando todas essas crianças..."

Quando a carta já estava no fim, se ouve mais tiros. Muito mais do que antes. Os policiais correram para dentro do prédio, mas já era tarde demais. Subindo a escada pode-se ver corpos jogados para todos os lados, havia muito sangue.

No total, 666 crianças morreram. Os assassinos cometeram suicídio depois de atirar nas crianças. O difícil para os policiais foi entrar na sala do berçário. Cerca de 60 bebês mortos nos berços e na parede escrito com seus sangues "EU ODEIO DEUS". Conclui-se que, os assassinos eram palhaços de um circo e que para sobreviver, animavam festas para crianças, mas depois das últimas notícias, os palhaços não são mais escolhidos para animar festas e circos.

Depois, o policial pegou a carta novamente para terminar de ler.

"... eu odeio Deus. Sou Fred Gruguer, tenho 56 anos e essa é a minha festa do palhaço."

David Alex Siqueira
Enviado por David Alex Siqueira em 01/11/2016
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