Razões para participar do Desafio do Terror Rascunhos Literários

Ler e escrever sempre foram as minhas grandes paixões desde a minha infância. Eu contruí os meus primeiros personagens quando tinha apenas 6 anos de idade e um dos meus preferidos era o "Capitão TV", um super herói que ajudava as crianças a assistir televisão e desenhos animados o horário que quisessem. É impossível não cair na risada quando lembro dos meus primeiros roteiros, meus pais liam e se divertiam muito.

Na fase adolescente, tive a ideia de escrever romances e sonhava em publicar um livro, mas se passaram 5 anos e eu não conseguia terminar a obra por focar em trabalho e estudos.

Como eu queria que as pessoas lessem o que eu escrevia e não conseguia terminar o livro, abandonei a obra e tive a ideia de escrever o meu primeiro conto romanesco chamado "O anjo de porcelana" e mostrei para uns amigos que gostam de ler.

A desvantagem de um amigo ler a sua obra é que ele sempre vai apontar os elementos positivos do texto e não os buracos que acabamos fazendo no meio da trama ou os tropeços na gramática e eu queria crescer como um escritor, representar a minha região em concursos literários e publicar livros com a intenção de instigar os leitores brasileiros.

Quando eu li "O caçador de pipas" do médico afegão Khaled Hosseini, tive todas as sensações que se possa imaginar: dor, tristeza, risos, alegria, ansiedade, simpatia pelos personagens, entre outras. Diante disso, pensei "É isso que eu quero" por intermédio de uma trama você pode envolver o seu leitor e ele pode entrar no seu mundo e construí-lo da maneira que a imaginação dele estabelecer.

Depois de um tempo, o meu lado escritor foi sumindo e deu espaço apenas para um leitor amante de romances do escritor Nicholas Sparks, obras que geralmente só as mulheres leem, mas eu, como um homem romântico, me envolvia com as personagens do grande autor americano.

Os romances sempre foram atrativos para mim, mas o gênero terror/horror começou a fazer parte das minhas leituras. Um amigo me emprestou "O iluminado" de Stephen King e pasmem! Eu nunca tinha ouvido falar nesse cara, eu via quando criança "Sonâmbulos", "Cemitério Maldito" e "A hora do lobisomem" na Sessão da Tarde ou no Cinema em Casa, amava e sentia pavor, mas não sabia quem era o tal de King.

Depois de ler a brilhante obra de King, comecei a ler outros livros de contos de H.P Lovecraft e do mestre Edgar Allan Poe e assim surgiu o gosto por contos de terror.

Esse foi o caminho para eu descobrir o site Recanto das Letras por meio de pesquisas em contos de terror. O resultado: me encantei pelos textos de muitos autores e comecei a amar mais os contos de terror.

Lembro que em um certo dia, vi um movimento diferente no site, especificamente na categoria contos de terror: todo mundo colocava uma sigla ao lado do título do conto e isso me deixou curioso.

Comecei a ler os textos e percebi muitos comentários e avaliações dos leitores e logo deduzir que se tratava de um certame literário de terror. Acompanhei os textos desde a vigésima edição, mas era muito tímido e não tinha coragem de participar, até uma conterrânea, a Ana Carol Machado fazer o convite para eu integrar o DTRL 25.

A minha história no desafio é um pouco longa, mas posso afirmar que em todas aprendo alguma coisa nova, dentre elas "Não tenha medo de escrever". No conto "Jardim para borboletas mórbidas", a terceira obra vencedora da edição 28, tive bastante receio de agredir o leitor com um dos meus personagens e escrevi uma nota para esclarecer o meu objetivo, porém isso não agradou nada aos meus leitores, muito pelo contrário, alguns se sentiram até desapontados com as explicações, mas absorvi tudo o que eles falaram e pretendo aprender a cada edição com essas pessoas incríveis que não medem esforços para ajudar os sonhadores.

Agradeço de coração aos meus leitores pelas avaliações, críticas e disponibilidade de ler um texto de alguém que sonha em ser um grande escritor brasileiro. Juntos podemos compartilhar a paixão pela literatura e construirmos cenários na mente das pessoas.

Alguns dias atrás, Iolandinha Pinheiro disse para mim "É incrível como você evoluiu como escritor" e eu respondi para ela "É que eu tenho uma mãe na literatura como você". E o DTRL é isso, somos uma família de pais, mães, irmãos e amigos repartindo os sonhos e o amor pelas letras.

Juntos somos mais fortes!

Muito obrigado, DTRL!

Ed Saraiva Jr
Enviado por Ed Saraiva Jr em 16/08/2016
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