Willian, o estranho
Editado: este é meu primeiro texto publicado aqui, podem comentar e deixar criticas quanto ao meu português se quiserem, acredito que eu tenha algumas falhas de pontuação e concordância, quero melhorar minha escrita. Espero que gostem :)
Em uma floresta não tão distante vivia Willian, uma estranha criatura, ele não tinha família e não fazia ideia da sua origem, o nome foi ele mesmo que se deu, pois não tinha ninguém pra chama-lo pelo nome, foi fadada a uma vida solitária, a única coisa que podia fazer era observar a pacata vida dos humanos das pequenas cidades próximas. Ele queria saber como era ter uma vida em sociedade, mas não podia se aproximar, pois sua aparência assustava, tentou algumas vezes se socializar, disfarçava suas orelhas pontiagudas e seus longos dedos, se não sorrisse e não falasse muito ninguém notaria como seus dentes eram afiados, apenas não dava para disfarçar sua pele extremamente pálida e seu nariz grande e inclinado, semelhante a um bico de um pinguim, mas logo alguém percebia suas estranhas características, logo estranhavam sua fome insaciável, logo era descoberto, logo era caçado.
Mas Willian era uma criatura sobrenatural e possuía alguns poderes mágicos, apesar de que dependendo do mau uso poderia deixar sequelas, e não sabia por quanto tempo os seus poderes durariam. Uma das suas habilidades era invocada em noite de lua cheia e ele poderia possuir o corpo de um humano, então ele possuiu o corpo de Jorge, o temido caçador da região, por um tempo viveu muito bem com sua esposa Lisa e suas duas filhas, por um tempo viveu muito bem na sua rotina de mirar, atirar e capturar, muito bem mesmo, sua mira estava melhor, ele estava mais ágil e seus sentidos mais aguçados, mas com o passar do tempo as coisas ficaram estranhas. Uma lua cheia depois sua aparência mudou, sua pele estava mais pálida, seu nariz maior, sua estatura mais baixa além da sua fome que não se saciava. Na segunda lua cheia seus sentidos estavam tão aguçados que instintivamente caçava qualquer coisa que se movia. Mirou, atirou e capturou sua esposa Lisa. Mirou, atirou e capturou suas duas filhas. Mirou, atirou e capturou seus companheiros de caça. A população descobriu, se revoltou e quase capturou Jorge, que na verdade era Willian, e mais uma vez Willian se isolou. Na terceira lua cheia não tinha sobrado mais nada do Jorge, agora era totalmente Willian, o que foi um alivio, pois de livrou dos instintos assassinos de mirar, atirar e capturar.
Willian não desistiu e decidiu possuir Edson, o sanguinário açougueiro. Por um tempo viveu bem na sua rotina de abater, dissecar e empilhar carne, muito bem por sinal, estava mais forte, não precisava mais de ajudantes, podia fazer tudo sozinho. Passou uma lua cheia e sua aparência não mudou, o que era um ótimo sinal, talvez tivesse conseguido aprender a permanecer na forma humana, mas o que ele não percebeu é que só a aparência não tinha mudado, os costumes sim. Mais um dia em sua rotina, abateu, dissecou e empilhou, notou algo estranho, o porco que era pra ter sido abatido ainda estava vivo, em seguida ouviu os gritos desesperados de sua esposa, seu bebe recém-nascido tinha sumido, e só aí que ele se deu conta que abateu, dissecou e empilhou o pobre bebezinho, se isolou novamente, para evitar abater, dissecar e empilhar o que não devia, pra evitar ser caçado mais uma vez. Na segunda lua cheia voltou a sua forma original, e já não abatia, dissecava e empilhava mais nada.
Decidiu tentar mais uma vez, resolveu tentar com alguém menos sanguinário, possuiu Maria, a cozinheira. Por um tempo viveu bem assim, era só assar, cozinhar e temperar, por um tempo viveu muito bem assim, amava cozinhar, até que depois de um tempo passou a cozinhar mais do que devia, mas não tinha problema, era uma ótima maneira de saciar sua fome. Passou um tempo e seus clientes começaram a estranhar sua comida, o gosto da carne tinha mudado, acharam coisas mais estranhas ainda na sua comida, constataram que era uma dentadura. Mais uma vez a atrapalhada criatura foi caçada, mas dessa vez foi capturada, julgada como bruxa, foi pra fogueira, não conseguiu usar nenhum dos seus poderes pra escapar, dessa vez era o fim, se viu sendo consumida pela fogueira lentamente, até que tudo apagou.
Acordou, não tinha acabado ainda, parecia que estava desmaiado, sua visão estava embaçada, mas viu que estava em lugar escuro, parecia ser um túnel, estavam em sua forma original, ouviu alguém vindo, sua visão melhorou e olhou pra quem vinha, era uma outra estranha criatura, não parecia com ele mas também não parecia humano, andou mais adiante e viu outras diversas criaturas, viu humanos, olhou ao redor e entre diversas criaturas estranhas e humanos viu também criatura parecidas com ele, parecia que era da sua própria espécie, se alegrou ao constatar, agora ele esta em um outro mundo, o lugar que ele realmente pertencia.