O Lobisomem
Era inicio do inverno numa cidade do interior chamada Caricé. Um boato de que tal lobisomem rondava pelas noites de lua cheia na pequena cidade. Rafael, pessoa bastante crente em relação a essas crendices, logo ficou curioso. E como era o famoso destemido de sua rodinha de amigos, logo convenceu mais quatro amigos para tentar ver o tal lobisomem que andava pela cidade. E como seus pais estavam viajando, o local escolhido foi sua própria casa. Victor, Rogério, Ana e Roberto chegaram a casa de Rafael ás 21 horas. Ficaram a espera do bicho ali mesmo, no quintal. Lugar que por si só, já dava para assustar. Grande, escuro e com varias arvores que sussurravam coisas conforme o vento acariciava suas folhas. O relógio de Ana já marcava 23h54min quando Rogério a chamou para ir embora, e como ela já estava cansada, resolveu desistir da caçada e ir para casa com ele.
-Cara, esse lobisomem não existe. –Roberto
-Claro que ele existe. você não se lembra das galinhas que sumiram da granja, e do rastro de destruição que foi deixado nas grades? –Rafael
-Eu não sei, estou cansado e quero ir dormir. –Roberto
-Meu deus, já vai amarelar de novo? –Rafael
-Se esse é o caso, vou sim, quero ir embora e não aguento mais esperar essa coisa que nem existe. –Roberto
Roberto bateu a porta e foi embora para sua casa. O relógio já marcava 01h30min quando Victor resolveu que não esperaria mais.
-Cara, desculpa, mas não posso esperar mais, deixa isso pra outro dia. –Victor
-Tudo bem, eu já estou cansado mesmo, pode ir. –Rafael
Assim que Rafael tocou a maçaneta para abrir a porta, um uivo foi escutado.
-O que foi isso? –Rafael
O lobisomem estava muito perto, e parecia poder escutar os seus batimentos cardíacos pela forma que fitavam os dois garotos pelas finas brechas da parede de barro. Os dois entram em estado de choque.
-E agora? O que vamos fazer? –Victor
-Vamos gravar, sei lá. –Rafael
E com um pulo o lobisomem estava no quintal da casa do Rafael. Observando a movimentação da casa e dando bufadas nas portas e janelas.
-Meu deus ele esta aqui. –Victor
Uma única patada foi suficiente para destruir a porta dos fundos. Como um reflexo Rafael se lembrou da arma que seu pai guardava encima do guarda roupas.
-O que você pensa que vai fazer? Os lobisomens não só morrem com balas de prata? –Victor
-Eu sei. –Rafael
Rafael abre uma capsula de uma das balas da escopeta e coloca uma corrente de prata de sua mãe no lugar das pequenas esferas.
Com um rápido disparo, Rafael acerta em cheio o peito do lobisomem, que Foge muito ferido. No dia seguinte ao acontecido, a população da cidade tem uma surpresa. Roberto é encontrado dilacerado nas estreitas ruas da cidade. Não muito distante dali, O pai de Rafael morto com um tiro no peito.