O HOMEM E O LOBO
Em noites de lua cheia o lobo sempre surgia.
O homem contemplava a lua na calada da madrugada.
Em direção da lua com seu revolver ele atirava.
E lobo e homem iam aos pouco se transformando.
O homem em voz alta amaldiçoava a lua.
O lobo para a lua levantava a cabeça e uivava.
O homem e o lobo começavam a se fundir.
Diante do olhar de algumas pessoas surgia o lobisomem.
O lobo era agora outra terrível criatura.
O homem por sua vez era uma fera insana.
Lobo e homem adentraram mata densa.
Ambos agora cassavam outra vitima.
Matavam não porque tivessem fome.
Com as mãos o homem quebrava o pescoço da vitima.
O lobo com suas presas afiadas mordia a jugular dela.
O homem por sua vez a estrangulava.
Transformados em lobisomem a vitima esquartejavam.
O lobo entre uivos bebia avidamente o sangue.
O homem contemplava a vitima com olhar demente.
Lobo e homem estavam parados sob a luz da lua.
O homem cheio de ódio contemplava sua vitima.
O lobo ainda uivava para a lua.
A lua entre nuvens no céu desapareceu.
Lobo e homem voltaram a sua antiga forma.
O lobo depressa foi sumindo para dentro da floresta.
O homem calmamente voltava para sua casa.
Lobo e homem não sabiam que em lua cheia
dominava a noite o lobisomem.
Jacques Calabia Lisbôa
Enviado por Jacques Calabia Lisbôa em 28/03/2013
Reeditado em 28/03/2013
Código do texto: T4212143
Classificação de conteúdo: seguro
Jacques Calabia Lisbôa
Enviado por Jacques Calabia Lisbôa em 09/04/2016
Código do texto: T5600114
Classificação de conteúdo: seguro