Sombras da Noite - Final

"Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez."

William Shakespeare

[...] No limiar da madrugada, uma luz tênue atravessava um pequeno vão da veneziana do quarto de Anthony, iluminando seus olhos e despertando-o. intrigado, ele resolveu levantar-se era 2:47.

Intrigado, ele resolveu abrir a janela do seu quarto, dando com uma lua imensa no céu, uma luz fulgurante contrastava com a brisa gelada que se precipitava [...]

Era uma imagem impressionante, Anthony contemplava a lua e as estrelas riscadas pela brisa, quando um pensamento floresceu, então ele fez uma oração em voz baixa:- Eu sei que tú estas aí Senhor Deus, e sei que não mereço muito de tí, mas por favor nos proteja do Mal, em nome de Jesus Amém, Amém.

Na Tarde de Sexta os quatro amigos conversavam num grupo fechado do Whattsapp: Marco disse:- Já esta bem evidente que vamos cair numa "cilada" hoje a noite... vocês ainda estão a fim de ir naquele Casarão?

Anderson disse: Você e essas ficções malucas, não existe Vampiros, nem Lobisomens e tampouco Fantasmas (risos)

Apesar do seu aparente ceticismo em relação a crença de Marco, Anthony estava um tanto receoso, mas decidido a ir ao casarão, logo, ele disse: - Jhonny leve os equipamentos, nos encontramos lá as 19 horas como combinado. Marco se não quiser ir, fique a vontade eu entendo, até logo. (...)

No crepúsculo daquele entardecer, um homem observava o Casarão com um binóculo no alto de uma casa abandonada na rua Norton, havia uma arma disposta sobre um armário velho, ele acendeu um cigarro e bebeu um gole de Whisky no gargalo, a noite estava caindo rapidamente (...)

Caminhando pela calçada da rua direita, os Três amigos: Anthony, Anderson e Jhonny ouviram o ressoar do sino da Igreja local, eram 19 horas. Anderson comentou com ironia: - O Covarde do Marco nem apareceu para nos dar boa noite né?

-Deixa ele - disse Anthony- cada um tem seus medos, difícil é lutar contra isso.

Passando pelo cruzamento da rua que dava para a rua Norton, a lua surgiu imponente, levemente avermelhada, uma lua cheia deslumbrante iluminando a escuridão.

Um vento gelado se propagava rapidamente, Anderson viu um velho ao lado do tambor grande de lixo mexendo na grande tampa com dificuldade, logo aproximou-se: - Mas é o Senhor de novo!, espere que vou ajuda-lo a erguer a tampa... Assim que ergueu a tampa um gato saiu desesperado de dentro, arranhando Anderson no rosto... - Sai pra lá seu capeta! - esbravejou ele

O velho disse: - Obrigado por pegar meu gato!

Anderson passou um lenço no rosto retirando um respingo de sangue.

-Tudo bem Senhor, mas tome cuidado.

-Obrigado novamente - tornou o velho - agora vou me recolher, tenha uma boa noite.

Anderson ficou reparando no rosto do velho que tinha uma barba longa e esbranquiçada, e uma marca de ranhura na testa.

-Tudo bem- disse Anderson - boa noite!

Jhonny que estava com uma mochila não parava de rir.

-Esse gato ninja foi a melhor do dia!

-Hahaha...achou engraçado neh? - tornou Anderson, o lenço pressionando o rosto- o que é seu também está guardado!...

Instantes depois, já no portão do Casarão, Johnny tirava algumas fotos do local, os flashs de luz irrompiam as trevas, um negrume que parecia absorver aquele lugar.

Antes de entrarem, ouviram uma voz ressoar:

- Sério mesmo que iriam encarar esse vampiro sem mim? - Anderson mirou a lanterna, era Marco que tinha um crucifixo na mão e um colar de alho ao redor do pescoço.

-Cara você vive no século 15!!! (...) e passou a rir desdenhosamente

Anthony aproximou-se e cumprimentou o amigo, dizendo:

-Você sabia que não poderíamos cumprir essa missão sem sua ajuda, Obrigado por ter vindo!

Marco deu um tapa nas costas de Anthony: - Tamo junto parceiro!

O local parecia estar desprovido de qualquer sinal de vida, após chamarem pela terceira vez por Filipe, resolveram entrar pela entrada do Portão, os arbustos quase isentos de folhas formavam uma figura grotesca em contraste com a escuridão.

Chegaram diante a construção baixa, um tapume de madeira cobria a entrada. Anthony afastou-o não havia ninguém.

Consultou o relógio, eram 19:21.

Uma voz conhecida se propagou os cumprimentando, era Filipe.

-Acabei de chegar- disse ele-estava na cantina, só um minuto e estarei pronto, vou guardar minhas coisas.

Anthony percebeu que Filipe já não exalava o cheiro ruim de antes, logo perguntou-lhe: - Você já foi ao banco para ver sua conta? você pode estar rico e ainda assim vem dormir aqui?

Filipe voltou com um sorriso dizendo:

-Ja combinei com o Anderson, e se quiserem ir estão convidados, nós iremos na segunda feira ao banco. Ja vivo muito tempo aqui e uns dias a mais ou a menos não faz diferença, a diferença quem fizeram foram vocês, meus amigos [...]

Marco estava mais afastado e tinha o crucifixo e o colar de alho guardado na bolsa que trazia, entre outros apetrechos.

Anthony chamou os amigos, era hora de bolar a estratégia, Jhonny tirou dois Walk-Talkie de boa potência e alcanse, visto que o sinal do celular alí era fraco, também algumas lanternas reservas, duas câmeras e dois binóculos de visão noturna e dois bastões com ponta de ferro.

-Formaremos duas equipes-disse Anthony- Eu e o Marco "equipe Alfa", o Jhonny e o Andersom, "equipe Beta" andem juntos, um dando cobertura ao outro, nós vamos por cima, a equipe Beta irá por baixo.

-O que exatamente iremos procurar? - disse Johnny

-Qualquer coisa suspeita, tire fotos, amanha a gente se reune para analisar, Marco você vai usar o óculos de visão noturna, vamos lá...

-Opa, e eu? - cortou Filipe- o que vou fazer?, me deixe ir com vocês!

Anthony disse: - Precisamos que alguém fique de guarda verificando a parte de fora, tudo bem pra você Filipe?

Meio constrangido Filipe aceitou, na verdade Anthony com a mente nublada de dúvidas havia pensado em uma forma de mante-lo distante.

Uma ventania assustadora começou a soprar anunciando chuva, um pedaço de janela despencou ao chão fazendo um breve estrondo. um ar gelado se propalava desde o ceu, descendo em forma de névoa fina.

A equipe Alfa subiu a escadaria de madeira, enquanto a equipe Beta entrava no porão por uma passagem que Filipe lhes mostrara.

No andar de cima Marco ligou o binóculo e Anthony ligou a câmera, o casarão ainda demonstrava certa imponência, havia um relógio redondo suiço dependurado na parede, alguns quadros, móveis de madeira estavam cobertos por panos amarelados pelo tempo, havia ainda algumas cerâmicas antigas na parede, Anthony tirou algumas fotos dos quadros enquanto Marco vigiava com o bastão na mão [...]

Entrementes a equipe Beta avançava pelo porão, Jhonny usava o óculos de visão noturna e fazia a vigia enquanto Anderson tirava algumas fotos de objetos encontrados.

Uma hora mais tarde, a equipe Alfa subiu para o segundo andar, a madeira da escada produzia um rangido peculiar, ganharam o corredor, haviam alguns quartos perfilados e desalinhados, castiçais prateados pendiam das paredes, algumas portas batiam por causa do vento [...]

Entrementes a Equipe Beta avançava por areas desconhecidas do porão, a escuridão era assombrosa, Anderson conseguia ver adiante apenas com a ajuda da câmera enquanto Johnny visualizara algo estranho...

-Cara para aí mesmo! tem alguma coisa escabrosa atrás da terceira porta, e parece grande!

-O que pode ser - tornou Anderson

-Não sei, mas está imóvel atras da porta, parece que olhando pra nós!

-Vou ligar pro Anthony, fique de olho na coisa!

Anthony recebeu uma chamada pelo Walkie-Talk:

-Equipe Beta chamando, Jonnhy viu algo estranho numa sala, atrás de uma porta, parece imenso...

-Saiam já daí! disse Anthony

-Entendido- disse Anderson

No entanto Anderson curioso que era, ligou a lanterna, firmando-a na coisa que haviam visto, era alta e robusta e imóvel...

-Venha comigo - disse ele a Jhonny que o acompanhou armado do bastão ... a medida que se aproximavam o facho de luz da lanterna parecia fraquejar, Anderson resolveu aproximar-se usando apenas a câmera, ficou a meia distância, e sacou de uma pistola 380.

-Saia já daí se for homem!

Silêncio e imobilidade, um zumbido cortou o silêncio e algo pousou no Ombro de Anderson, era uma barata que parecia gigante, Anderson esmagou-a com a mão, os olhos atentos, avançou mais um metro e deu um chute na porta, a coisa se precipitou ao chão!

Com outra lanterna Anderson viu o que era:

- Ah, mas era um Urso empalhado! que droga!

Johnny disse: - Por isso ele não saiu quando vc disse: Saia se for homem!, afinal ele era um Urso. (risos) - Desde quando você anda armado heim Chuck? (risos)

Anderson mordia os lábios de raiva, ligando novamente:

-Equipe Alfa, aqui esta resolvido era só um Urso empalhado!

-Ok entendido equipe Beta, prossigam.

As horas pareceram passar rapidamente naquele local sob a penumbra das incertezas, ao saírem do 2°Andar, após visualizarem todos os quartos, a equipe Alfa contornou o corredor, Anthony viu as horas, eram 23:19, resolveu ligar para a equipe Beta que ha uma hora e meia não davam notícias, mas eles estavam bem, e planejavam subir para se juntar a eles.

Marco, de guarda ficou estático por um instante, havia um homem que os observava do outro lado do vidro, ele usava um chapéu, mas sumiu subitamente...

Anthony vendo-o petrificado perguntou;

-Tudo certo Marco? a equipe Beta esta vindo ai...

-T-Tinha um homem nos observando, ele usava um chapéu - Cortou Marco trêmulo. - Vamos espera-los aqui mesmo- disse Anthony...

Nesse instante ouviram passos no corredor, Marco com o óculos de visão noturna visualizava um homem chegando bem próximo!

- Cuidado Anthony- ele está logo atras!

Anthony desceu dois degraus e uma voz lhes disse:

- Calma, sou eu Filipe.

Marco pegou algo na bolsa, estava trêmulo, enquanto Filipe se aproximava, a luz da lua se propagava pelo arco da janela, iluminando-o brevemente.

-O que você quer aqui Filipe? não havia falado para ficar de sobre aviso lá embaixo?

Um silêncio cortante foi cortado com a chegada da equipe Beta, os quatro estavam juntos agora.

Filipe disse:

-Tive a impressão de ver uma pessoa entrar aqui com um chapéu, por isso resolvi vir lhes avisar.

Marco visualizou algo na mão dele, era uma pedra.

- O que quer com essa pedra Sr Ádrian- disse Marco

-Eu a peguei no meio do caminho...

-Não diga...e agora, quando você vai se revelar? disse Marco

-Revelar? do que é que você está falando?- tornou Filipe- seus olhos pareciam brilhar...

Anthony resolveu entremear a conversa:

-Filipe, volte pra lá, vamos ver o último andar, precisamos que você fique de guarda.

Filipe assentiu com a cabeça descendo os degraus e saindo pela porta.

Marco falou: - Pera aí! por onde foi que ele entrou pelos fundos do corredor? Anthony disse: - Bem talvez ele conheça algum atalho, vamos logo ao ultimo andar, já são quase meia noite!

O último andar tinha mais seis quartos grandes e três banheiros e uma area aberta que dava para o corredor, e haviam alguns quadros e castiçais dependurados.

Com a ajuda do Óculos de visão noturna, Jhonny viu algo estranho perfilado na parede que ficava de frente aos quartos, Anderson filmava tudo e iluminou o lugar com sua lanterna. Anthony disse surpreso:

- São cabeças de animais empalhados!

Marco que observava um quadro deu um grito repentino:

- Os olhos deste quadro se mexeram!!!

Anderson se aproximou.

-Parece um quadro normal [...] Ouviu-se um barulho no fundo do corredor, uma das cabeças empalhadas haviam caído..

Anderson sacou a pistola e iluminando o fundo do corredor se aproximou..

Anthony havia entrado no segundo quarto, encostou na parede e uma parte dela girou lentamente, ele iluminou seu interior, onde visualisou uma peça de porcelana, ela tinha uma tampa.

Anthony retirou a tampa, o pó começou a subir, dentro dela haviam alguns documentos, em um deles havia escrito que aquele imóvel pertencia a ninguém menos que o Sr. Ladislau, (o Pai de Filipe), também foi encontrada a certidão de nascimento de Adrian...

Nesse ínterim, ouviu barulhos sequencias no corredor, correu até a porta, as cabeças empalhadas estavam caindo uma a uma...

Assustado Anderson deu um tiro em meio a escuridão do corredor, estavam todos na depêndência do corredor quando alguém surgiu saindo de uma porta falsa do primeiro quarto, uma arma apontada para Marco e Anthony.

- Jogue a arma ao chão rapazinho! -disse o homem de chapéu- bem quais são suas ultimas palavras?

Anthony fixou bem os olhos na imagem da câmera, era o Senhor idoso que mancava da perna!

-Senhor Malcoln eu prezumo! - exclamou Anthony - esteve o tempo todo nos observando, diga o que deseja, posso lhe dar o documento da casa em troca de nossas vidas!

-Ah, então você o achou! hehehe...procurei por anos e nada, mas o que eu quero mesmo é a chave com o numero da conta do filho de Ladislau, aquele mendigo!

Marco estava atônito: - Pera aí!! então o Filipe não é um Vampiro?[...]

O Velho que mancava pegou o documento da mão de Anthony dizendo:

- Onde está o mendigo?, soube que ele pegou a chave e o numero pra mim naquele Orfanato, bem agora vocês, se despeçam! minha arma tem silenciador, ninguém vai ouvir nada!!

O velho mirou para Marco, enquanto os outros ficavam a mercê daquela situação sem poder fazer nada..

Nesse ínterim, um carro encostava silencioso no portão do Casarão,

O Velho fez menção de atirar em marco quando algo cruzou a escada, atingindo a cabeça do velho que caiu [...]

Anderson tomou a arma do velho rendendo-o, Filipe surgiu por trás dizendo: - Eu sabia que essa pedra ia servir para algo!

Marco abriu um sorriso, dirigindo-se a Filipe apertou sua mão:

-Obrigado amigo, foi por um triz!

-Por nada amigo, você faria a mesma coisa por mim! vamos descer!

Ao alcançar o segundo andar, o velho parecia recobrar o sentido dizendo impropérios, mas estava amarrado com as mãos nas costas. Filipe disse a ele: - Vocês devem ter matado meus pais, eu sei, só pode ser isso! O velho riu desdenhoso dizendo:- eles estavam doentes sim, mas nós apressamos a morte deles, e eu também matei o homem que entrou aqui ha três anos atrás...todos mortos e sem nada que nos incriminasse, mas você mendigo, você me contrariou (...)

Uma voz subita, grossa e firme falou adentrando a casa: - já basta! Agora tenho provas para deixa lo mofar na cadeia!! Anthony iluminou a entrada da casa, era o Senhor Albert hipkiss e dois policiais.

O Sr Albert aproximou-se cumprimentando-os, enquanto os policiais algemaram o Sr Malcoln, levando-o para o carro de polícia.

-Parabéns rapazes! -estava investigando esse caso há alguns anos, antes de me aposentar, quando os ví entrando aqui destemidos para ajudar seu amigo, resolvi voltar a ativa mas "em off " (risos) boa noite, preciso ir.

Momentos mais tarde, Anthony revelou a Filipe que a casa era de seu Pai, e portanto ele era o dono! Filipe ficou muito feliz: -Bem, não sei porque mas eu já sentia que fazia parte deste lugar!

Antes da despedida, Ádrian revelou que estava apaixonado por Isabelle, e isso o havia mudado muito, e ele sabia que ela correspondia ao seu amor, contudo sua situação não lhe permitia pedi-la em namoro ao seu rígido avô.

Anderson riu: - Qual é? você ainda ta nessa de pedir permissão aos pais, avós etc? tú é quadrado! isso é coisa do século 18!

-Pode ser- tornou Ádrian sorrindo - mas prefiro fazer o caminho correto e não magoar o Sr Omar, avô dela que foi como um Pai pra mim. [...]

Marco sentia algo doer em seu peito e isto fustigava sua alma. O fim de semana passou rápido, o domingo encerrava com uma linda lua cheia cobrindo de prata as nuvens e o horizonte.

Segunda-feira houve um empenho de todos acompanharem Filipe ao banco.

Anderson disse: - Enfim cara, como é que devemos chama-lo, Filipe ou Ádrian? Ele disse:- Bem, penso que eu era o Filipe, e agora sou o Ádrian!

-Poxa, que brilhante dedução- disse Jhonny - gastou toda sua cota de neuronios do dia Ádrian! (risos)

Adrian sorriu também, Anthony conversava com Marco, ele tinha algo a dizer a Ádrian.

-Bom antes de entrarmos no banco gostaria de te pedir minhas sinceras desculpas, estou muito mal porque fiz um julgamento precipitado sobre você, acho que este é o erro que muitos cometem.

Adrian sorriu: - Não fique assim, apesar de tudo eu ganhei algo que sempre pedi a Deus, amigos verdadeiros, e alguém para amar.

aprendi que a vida é muito dura, e verdadeiros amigos são como flores num deserto, estou muito grato a todos vocês.

Uma lágrima escorreu dos olhos de Ádrian, Marco também chorou,

Anthony disse: -Que nunca nos falte disposição para ajudar quem precisa, sinto que isso nos tras boas realizações. [ ...]

Entrementes, momentos após já no caixa do banco a atendende identificou a chave e o numero:

-Este é um antigo sistema do banco por caixa postal, vou atualizar o sistema, e produzir um cartão automático para o Sr Ádrian, um momento.

- Marco disse: -Se você tiver pelo menos uns 20 mil já dá pra recomeçar a vida, vende aquele casarão e compra uma casinha menor...

-É uma boa idéia Marco- disse Ádrian- contudo não gostaria de ter que me desfazer da casa de meus pais, mas vamos ver.

Momentos depois a mulher voltou com um cartão dourado.

-Sr Ádrian, por favor assine esses documentos.

Adrian assinou, mas disse:

-B-bem senhora o problema é que não tenho nenhum documento só a certidão de nascimento.

-Apenas assine, seus pais já deixaram tudo certo, as cópias de seus documentos estão em nossos arquivos.

-Obrigado- disse ele

A mulher lhe entregou o cartão e disse:

-Pretende deixar suas aplicações em poupança mesmo?

Ádrian não entendia de transações bancárias.

-B-bem senhora, eu acho que vou levar o dinheiro todo pra minha casa. A Mulher fez uma expressão de surpresa, Anderson chegou proximo a ele. - Cara, não se faz mais isso, você tem o cartão pra sacar a hora que precisar de grana entendeu, eu te ensino depois.

A mulher disse: -Sr Ádrian, não temos como retirar esse dinheiro todo assim de uma hora para outra ...

-Esquece o que ele disse - disse Anderson - ele quer saber quanto ele tem ai de grana, pode falar?

A Mulher chamou um segurança que prendeu Anderson, mas Ádrian disse: -solte-o por favor ele é meu amigo!- moça faça como ele disse, me diga quanto eu tenho ai no banco.

A mulher voltou a acessar o sistema, dizendo:

-Seis milhões, quinhentos e sessenta e tres mil dólares!

Marco falou no ouvido de Ádrian, você está milionário cara!!

Ádrian sorriu: - que bom, acho que dá pra reformar minha casa!

Ádrian sacou um dinheiro e levou o amigos a uma lanchonete, onde tiveram uma conversa amistosa, ofereceu dinheiro aos amigos, mas não aceitaram, Anthony disse: Uma verdadeira amizade, não há dinheiro que compre, ou a mantenha! nosso coração é maior do que isso. [...]

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Três anos depois, os quatro rapazes que haviam viajado para o sul para estudos voltaram, pela estrada da rua Norton Anthony que dirigia o carro disse:- Estou muito feliz em voltar para casa, os estudos foram excelentes, mas nada como a Família.

Marco disse subitamente: - Para o carro! olha só o que estou vendo ao longe! Anthony olhou e eis o Casarão, lindo, todo reformado, portões de ferro alto e imponente, havia alguém no portão com uma criança no colo, Anthony aproximou-se com o carro, era Ádrian que tinha uma criança no colo. Encostaram o carro e saíram, ao longe Ádrian os viu e foi de encontro a eles com lágrimas nos olhos:- Meus amigos! quanta saudade de vocês, enfim voltaram!

-Sim, disse Anthony, vejo que as coisas melhoraram por aqui graças a Deus, quem é o bebe?

-Este é meu filho, adivinhem o nome dele?

Marco que o havia abraçado disse: não vou arriscar, (risos)

Anderson disse: - Só pode ser Filipe, Oras!

Os olhos de Ádrian brilharam: -Sim, você acertou!- e ainda tem outro, seu nome é Anthony, são gêmeos. haha.

Anthony ficou surpreso abrindo um sorriso...

A Esposa de Ádrian surgiu com outra criança no colo, cumprimentou a todos: - Olá, eu sou Isabelle, prazer imenso em conhece-los! vocês devem ser os amigos que Ádrian não se cansa de falar, vamos entrar e tomar uma xícara de café!

Entraram no casarão suntuoso, Adrian mostrou os quadros que estava fazendo, e suas obras já estavam sendo expostas na Europa!

Após a Tarde de muitas falas, abraços planos e sorrisos, tudo que ficou foi a certeza de uma amizade firme e duradoura, e que na vida, sempre devemos estar dispostos a enxergar as coisas, além de suas aparências externas.

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*Nota do final, sinto muito se não discorri o final com o terror que alguns esperavam. Este serviu apenas como esteio para mostrar a verdade que havia por trás do estigma humano do medo e de idéias pré-concebidas. Obrigado aos leitores.

Mario B Duran
Enviado por Mario B Duran em 28/02/2016
Reeditado em 28/02/2016
Código do texto: T5557874
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