A Vendedora de Coxinhas
Ela andava pela cidade inteira.
Na mão direita tinha uma cesta.
Coxinhas era o que ela vendia.
Todo mundo comprava e depressa comia.
Mas da origem das coxinhas ninguém sabia.
Quando ela chegava meia noite em casa,
mesmo ainda cansada suas coxinhas preparava.
Pegava na geladeira vários pedaços da carne humana.
Fazia um belo receio e tudo cozinhava.
Primeiro vinha as partes do braço.
A seguir, partes de uma perna feminina.
Ajuntava um pouco das nádegas.
Depois de tudo pronto colocava dentro da massa.
Por fim como molho usava sangue humano.
Despejava tudo dentro dum grande caldeirão.
Quando sua obra macabra ficava pronta
guardava as coxinhas dentro duma outra geladeira.
Ela bebia um copo de suco de beterraba
Tirava toda roupa suja e ia banhar-se numa banheira.
Depois de limpa ia deitar e tranquilamente dormir.
Ela era uma uma idosa octogenária.
Cedo antes do sol despontar ela se levantava.
Preparava a cesta e colocava coxinhas dentro.
Ia a pé ao mercado do centro da cidade.
Exibia as coxinhas dentro da sua cesta
e cada transeunte suas coxinhas comprava.
Todo mundo elogiava a carne e o gosto.
Ninguém desconfiava do que a coxinha era feita.
A idosa guardava todo dinheiro e ficava satisfeita.
Muita gente importante comeu as coxinhas da idosa.
Um delegado provou e pra a delegacia algumas levou.
O que todo mundo ignorava era que a velha idosa
fazia coxinhas com cadáveres humanos roubados
dentro das tumbas do principal cemitério da cidade.
O tempo foi passando e hoje a velhinha
tem uma fábrica de coxinhas no mercado central.
( J C L I S )
ESCRITO AS 09:OO HORAS E TERMINEI AS 10:09 HORAS.