A Banshee
Essa noite estava especialmente escura e silenciosa, resolvi pegar o caminho da floresta, para chegar mais rápido em casa, era o que pensava, adentrei e tateava a lembrança das incontáveis vezes que percorri aquele caminho, mas parecia que sempre uma árvore cismava de entrar no meu caminho.
Praguejava sempre q topava com uma, mas pragueja ainda mais por não ter trazido um archote comigo, não achei que a coité cairia tão rápido e que seria tão densa como estava sendo.
Confesso que não gostava de andar naquela floresta assim com tamanha escuridão, nessas noites sem luar, sinto uma agonia, como que olhos fantasmas ficassem me observando, como se a própria Banshee ai estivesse aguardando o momento para soltar seu canto.
No caminho, o silencio era quase que absoluto, este só era quebrado pelo farfalhar das folhas por onde passava e das asas dos corvos aninhados nos galhos altos, com seu olhos rublos brilhando na escuridão, nunca soube era possível sem luz. Indagava-se se algum daqueles era os dela.
Depois de um tempo finalmente em casa, tateei na escuridão em busca de uma lamparina de óleo que avia deixado preparado para quando chegasse a noite, ao acender quase a deixo cair no chão, pois em minha frente está a Banshee, o mais lindo anjo da morte, em um movimento fluido, estica a mão para mim, sorri e simplesmente fala numa voz doce e suave.
“Vamos”.