Almas Roubadas, Episódio Finale

V

Eduardo e Richard já haviam saído da estrada e na avenida ligaram a sirene e continuavam a pisar fundo.

- Ligue de novo para o Oliveira!

Na delegacia, Oliveira estava totalmente em alerta.....

- Ela chegou – falou Diego na sala, os policias ficaram a postos.

- Quem chegou? Como? – perguntou um dos policiais – Você está louco?

As luzes apagaram.

- Que merda – disse Oliveira, apenas as luzes de emergência estavam ligadas, e o vulto passou pela sala dele – Quem é você?

Oliveira saiu da sala e estava indo ao interrogatório, estava muito preocupado, o celular tocou, e ele se assustou.

- Oliveira!

- Fala Richard, vai assustar tua mãe!

- O que está havendo aí?

- As luzes se apagaram completamente, estou indo ao interrogatório.

- Fique onde está! – ligação chiando

- Meu Deus o que é isso? – Richard escutou Oliveira falar.

- Oliveira! – tiros na delegacia.

- Eduardo eu ouvi tiros, vamos!

- Ela chegou lá.

Na delegacia a carnificina começara, os policias estavam sendo mortos um a um e Diego estava paralisado de medo. A garota aparecia e desaparecia entre eles, a cada vez que isso acontecia um policial era morto.

Oliveira tentava abrir a sala, mas não conseguia: Vagabunda! – Dava tiros pelo vidro.

Eduardo e Richard estavam chegando à delegacia.

Todos os dez homens agora estavam mortos, só restara Diego na sala. A garota apareceu.

- Que bom, vou saborear você agora!

- Meu Deus! – Diego Chorava – Me deixe em paz!

- Chegou sua hora! – Tiros e mais tiros. A garota sumiu.

- Você está bem? – perguntou Oliveira.

- Cuidado! Atrás de você.

- O que?

A garota voou em cima de Oliveira.

- Sai de cima de mim bicho feio! – lutando contra o demônio.

Eduardo e Richard Chegaram a Delegacia e entraram prontos para atirar, mas o que viram quando entraram era um festival de corpos com as tripas para fora, todos estavam mortos.

- O garoto! – gritou Richard, correram para o interrogatório.

Oliveira deu mais dois tiros em cima da garota, mas de quase nada adiantou e ela conseguiu morder o seu pescoço.

- AHHHHH! – enorme grito de dor de Oliveira.

- Chefe! – gritou Richard e Eduardo atirou, a garota sumiu.

- Oliveira, aguente firme – falou Eduardo – Richard ponha o garoto no carro! Vamos acabar com isso hoje!

- Desculpe gente, por não acreditar em vocês – Oliveira fechou os olhos e faleceu.

- Maldita!

Um grito demoníaco foi ouvido pelos três que estavam na delegacia.

-Vamos! – gritou Richard.

Pegaram o garoto e começaram a correr em direção ao carro, a garota aparecia e a cada disparo uma risada era dada por ela.

- Como vamos matá-la? – perguntava Richard

- Tive uma idéia! Vamos logo.

Conseguiram sair da delegacia e entraram no carro, pisaram fundo. O rádio ligou sozinho e tocou uma música do Capital inicial do acústico.

“eu vou estar, em baixo da cama

Nos carros passando...”

- E em cima dele também – disse a garota em cima do teto do carro.

- Atire!

Disparos foram dados e mais risadas da garota.

- Amor, pare o carro! Não me deixe morrer – dizia a garota com a voz da falecida esposa de Eduardo.

- Joana – disse Eduardo.

- Não é a Joana, pare de ser louco – gritava Richard e Diego atrás olhava somente para o vidro traseiro rezando.

- Papai! Eu não quero morrer!

- Pare com isso sua vadia! – Eduardo então também começou a atirar e mais risadas foram dadas.

- Qual é o plano? – perguntou Richard.

- Vamos voltar a cidadezinha – falou Eduardo

- Está louco? Sabe quanto tempo é daqui pra lá?

- Só temos essa opção, se foi lá que começou será lá que terminará!

- Ela já sabe disso – disse Diego no banco traseiro – Ela sabe que vocês vão pra lá e ela não vai deixar – mais estrondos no carro.

- Vocês vão morrer – dizia a garota já com a voz grossa e rouca.

- Está mostrando a verdadeira face! Sua filha da puta! – gritou Eduardo, o carro acabara de entrar na estrada.

A chuva começou de uma vez, um temporal imenso caiu sobre eles na estrada. Um dos pneus estourou o carro começou a derrapar, a garota apareceu no vidro, do lado de Richard.

- Bu – disse a garota que quebrou o vidro e puxou Richard para fora do carro.

- Richard! – gritou Eduardo, o carro perdeu totalmente o controle e capotou.

Eduardo não desmaiou e viu Diego um pouco grogue no banco traseiro, estavam muito machucados, mas nada que impedisse Eduardo de tirar Diego de dentro do carro. Olhou e ao fundo do campo em que caíram havia uma pequena igreja abandonada.

- Venha Diego – agarrou o garoto e o levou para a igreja.

Dentro da igreja o garoto falou:

- Ela vai nos matar!

- Ninguém mais vai morrer, a não ser ela!

Risadas diabólicas foram dadas

- Vocês vão morrer – e mais risadas.

- O que você quer de nós? – gritava Eduardo.

- Suas almas!

Um dos vidros da igreja se quebrou e o corpo de Richard foi arremessado para dentro da igreja.

- Richard! – gritou Eduardo, mais risadas do demônio.- Maldita! Eu vou matar você!

As portas da igreja se abriram, ao fundo uma sombra negra no meio da chuva.

- Chegou a hora de vocês! – A garota começou a entrar na igreja.

Eduardo engatilhou a arma e começou a atirar, mas de nada adiantava. A garota chegou perto de Eduardo o segurou pelo pescoço e o arremessou no altar, olhou para Diego e disse:

- Você não pode fugir de mim!

- Vai pro inferno - gritou Diego

- Com você! – a garota pulou em cima do garoto que estava no altar também, quando foi começar a sugar a alma do rapaz, um tiro foi dado e a garota virou fumaça.

Eduardo se levantou cambaleando e viu que sua arma não tinha mais balas, largou a arma e pegou um pedaço de madeira que formava uma estaca. A garota apareceu de novo.

- Ainda está vivo? – perguntou ela – Homem persistente!

Eduardo mesmo capengando correu para cima da garota e novamente foi arremessado para o altar, a garota subiu no altar, um raio foi dado e a cruz de Jesus Cristo apareceu, a garota deu um grito. Eduardo se aproveitou e a derrubou no chão.

- Maldita! Agora você vai morrer!

A garota havia ficado meio tonta ao ver a cruz, mas Eduardo quando foi arremessado perdeu a estaca. A garota abriu os olhos.

- Vai me matar como?

Sua face mudou e uma bela dentada foi dada no pescoço de Eduardo, que gritou intensamente, mas não a soltou, estava perdendo as forças. Quando parecia tudo perdido Diego vem correndo, Eduardo não agüentou e saiu de cima do Demônio.

Diego não deu tempo e segurou o demônio.

- Eu vou pegar sua alma – disse o demônio.

- Só se for quando eu for para o inferno! – Diego ergue a estaca e finca no peito do demônio, que começa a urrar de dor! – Morre! Morre! Desgraçada!

A garota começou a se desfigurar e parou de se mexer, Diego caiu ao lado do corpo da garota.

- Eduardo? – disse o rapaz.

- Bela guri! Deixou-me orgulhoso – Eduardo cuspiu mais sangue e fechou seus olhos.

- Eduardo! – Diego foi para junto dele, as sirenes estavam soando alto, a ajuda estava a caminho.

Diego foi resgatado com vida, os corpos lá ele deixou e não soube o que houve com a menina.

Mas ela foi levada para sua cidade natal, novamente a enterraram em seu caixão.

- Espero que dessa vez seja para sempre – disse Pablo vendo o enterro.

Algum tempo depois...

- Diego, eu vou para o quarto, se me achar eu te dou uma surpresinha! – disse Lucia.

- Está bem, mas vou querer mesmo!

Lucia foi para o quarto e Diego ficou na sala, a chuva estava forte e a luz acabou. Um silêncio tomou conta da casa.

- Lucia? Você está ai? – mas nada de resposta.

Diego foi caminhando lentamente para o quarto, um vento forte batia.

- Lucia? – e nada de respostas.

Chegou ao quarto e Lucia estava deitada na cama, a janela estava escancarada , chegou próximo a cama.

- Amor você me assustou – disse Diego, deu uma escorregada e viu Sangue – mas o que é isso?

Olhou para sua namorada e ela estava com a barriga aberta.

- Meu Deus do céu!

Um trovão imenso clareou o quarto e Diego olhou para a janela e lá estava ela, Linda Gouveia.

A garota chegou perto de Diego.

- Eu disse que voltaria para te pegar!

Tato Ferrarezi
Enviado por Tato Ferrarezi em 24/12/2015
Código do texto: T5489841
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