UMA VISITA AO INFERNO.
UMA VISITA AO INFERNO.
GAMA gANTOIS
Atenção leitores. A história que vou contar é terrível e verdadeira. Aconteceu de verdade, portanto, se você não tem nervos de aços, por favor, não leia esse conto. Pegue uma revista, um livro. Ligue a televisão faça qualquer coisa, por favor, ignore essa leitura depois não digam que não foram avisados.
Essa história é verídica ocorreu com um grande amigo meu chamado Alberto que atualmente reside em Manaus. Depois de ficar por três anos internado numa Casa de Saúde Psiquiátrica. Alberto contou-me o seguinte:
Quando tinha 18 anos não acreditava em nada. Para ele tudo não passava de imaginário do populacho que na sua ignorância inventava histórias. Histórias que Alberto ridicularizava. Esse negócio de Deus, diabo, alma penada, céu purgatório, inferno era levado ao deboche. Por mais que se tentasse convencê-lo da existência desses fenômenos, os resultados eram sempre negativos.
Certa ocasião a família mudou-se para o bairro de Catumbi bem em frente ao cemitério. O passatempo preferido do nosso personagem era freqüentar os velórios que aconteciam naquele campo santo. Ia lá ficava com o sorriso debochado nos lábios, olhar zombeteiro ridicularizando o sofrimento alheio. Então, quando havia missa de corpo presente, aí mesmo era glória. Alberto achava tudo aquilo um desperdício. Dizia que o dinheiro gasto no velório era uma afronta a miséria alheia. O dinheiro gasto no sepultamento, coroas, missas cairia muito melhor se o dinheiro fosse distribuído entre a pobreza.
Os amigos diziam que um dia ele iria sofrer as conseqüências desse modo de encarar á vida. Alberto num momento de bravata gritava a pleno pulmões que se Satanás surgissem em sua frente lhe cobriria de porrada. E começava a rir sem parar.
Pois bem. Certa noite Alberto estava sozinho na casa, pois, sua família tinha ido passar uns dias em Manaus. Alberto chegou á casa, como era hábito tomou seu banho, colocou seu pijama deitou-se na sua cama, ligou a televisão e ficou esperando o sono chegar. Alberto disse quando contou a sua história, que não sabe explicar se o que aconteceu foi um pesadelo, alucinação, ou seja, lá o que for. O caso, é que quando o carrilhão da sala tocava á última badalada da meia – noite, sentiu um vento muito forte varrer o quarto. O impressionante é que todas as janelas estavam fechadas. Inexplicavelmente sentiu um arrepio percorrendo todo o seu corpo. Nesse ponto, Alberto começou a sentir um medo terrível. Quando finalmente abriu os olhos perdeu a fala. Havia um homem de cor vermelha sentado na sua cama. Seus olhos eram duas bolas de fogo. Um odor de carne queimada insuportável inundava todo o ambiente. Alberto quis gritar, mas, a voz não saia, morria na garganta. Tentou levantar-se, mas, não conseguiu sequer se mexer. O homem nada falava, mas Alberto entendia tudo o que ele queria. Nisso, o intruso fez um gesto com a mão e Alberto estava num lugar sinistro, cercado de fogo, a uma temperatura altíssima. Gritos e gemidos eram ouvidos de maneira lancinantes. Nisso um homem também vermelho portando um ferro, em brasa igual aos ferros que marcam gado, e marcou Alberto, nas nádegas com a figura de duas serpentes. A dor foi tão profunda que Alberto desmaiou.
Na manhã seguinte ao acordar se sentiu aliviado. Levou os acontecimentos da noite anterior a um terrível pesadelo, dando o caso por encerrado.Levantou-se passou a mão na toalha e foi tomar o seu banho matinal. Ao despir-se não pôde conter um grito. Viu refletido no grande espelho que ornamentava o banheiro gravado em suas nádegas duas grandes serpentes.
A pergunta que não quer calar é: - Qual seria o motivo que Alberto está marcado? Seria porque Satã queria mostrar que a sua existência é real ao incrédulo Alberto? Ou será porque Alberto já está condenado ao inferno? E você, meu caro leitor, o que acha? Dê a sua opinião.