Ela É A Escuridão

A noite, pela intempérie eu avisto,

Uma miragem em mísero instante sequer,

Nesta loucura pensei então ter visto

Alguma sombra enegrecida de uma mulher!

Envolta no manto da noite ela sorria,

Cantarolando um cântico triste e tão funéreo

A cabeça revolta em lágria então pendia

Diante da luz pálida no negrume do cemitério

Era essa a visão do horror, bem sabia,

Vestida na mortalha que ao luar se branqueia,

Ela frenética caminhava em sua letargia

Com os pés descalços chafurdados pela areia!

Quem seria?Pois bem eu não a conhecia,

O horror empalidecia essa fronte tão assustada,

Meu nome em sussurro no silencio ouvia,

Da morte essa imagem me parecia ressuscitada!

Dos lábios escarlates ouvia-se um sibilo,

Que entrecortava a minha rápida respiração,

Ressuscitara enfim tornara-se o vampiro,

E na madrugada fúnebre ela era a escuridão!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 19/12/2015
Código do texto: T5485367
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