ÀS Vezes À Morte Avisa Quando Vêm
ÀS VEZES Á MORTE AVISA QUANDO VÊM
Gama Gantois
Na maioria das vezes a morte não avisa quando vem. Ela vem de mansinho, ceifa a nossa vida e parte em busca de novas vítimas. No entanto, não sabemos explicar a razão,porque algumas vezes ela nos avisa que a nossa hora chegou. Foi assim, com Armandinho.
Armando ou Armandinho era um garoto que estava desabrochando para adolescência.Como todo menino da sua geração era viciado em computador. Ficava horas a fio mexendo na máquina, para desespero dos pais, que a bem da verdade, tudo fazia para que o filho, abandonasse o vício, mas, sem nenhum resultado.
Pois bem! Certa noite os pais de Armandinho tiveram que participar de uma recepção. Era um compromisso inadiável. Assim, antes de se ausentaram fizeram mil recordações ao filho, do tipo não abra a porta para ninguém. Qualquer problema chame a policia, ligue para o 190.
Logo que se viu sozinho, Armandinho correu para o computador. Jogou quase todos os jogos a sua disposição. Depois entrou numa sala de bate-papo. Inventou um Nick chamado Eu sou o Rei do Inferno.
Aguardou alguns minutos para sentir a reação do pessoal. Não demorou muito para alguém responder a sua provocação.
Armandinho ficou eufórico em poder conversar com tão brilhante figura. Conversaram por horas a fio. Quase sempre sobre sexo e banalidade
De repente a pessoa com quem teclava se revelou por inteiro, perguntando ao seu parceiro:
-Sabe quem sou eu?
Ao que o garoto respondeu:
_Não. Quem é você?
_ Sou a morte e hoje a noite você vai morrer.Sua hora chegou. Daqui a instantes, estarei aí na sua casa. Par te levar.
- Armandinho começou a rir com a imaginação da sua parceira, e respondeu se ela era a morte, ele era o Rei do Inferno.
Daí a instantes veio à resposta.
-Quando o relógio bater a última badalada da meia – noite, estarei na sua casa pra te levar.
-Armandinho respondeu:
-Ótimo, pois, a meia – noite é a hora que nós do inferno nos transformamos em vampiros e saímos por ai, vadiando para sugar o sangue dos mortais. Pode vir quente que estarei fervendo.
A conversa foi se prolongando ficando cada mais interessante Nisso ao olhar o relógio da sala Armandinho viu que os ponteiros começavam a se unir em torno do número 12. Então, em tom zombeteiro, indagou;
_ Então, dona morte, já são meia – noite, onde está você.
- Eu? Estou entrando pela janela da sua sala. Dê uma olhada?
Armandinho olhou displicentemente para a janela indicada e levou um susto: viu um sujeito usando uma túnica ensangüentada com capuz preto e segurando com suas mãos de esqueleto uma foice suja de sangue se aproximar dele. O jovem só teve tempo de gritar enquanto era degolado pela morte.
Uma hora depois, os pais do jovem chegaram e ficaram apavorados ao ver o corpo sem cabeça do filho pendurado na escada.
Você meu caro leitor se em algum momento da sua vida ouvir alguém dizer que é morte, acredite, tente fugir dela.