417 - A PUNIÇÃO.

Indira era uma bela mulher, pelos padrões exigidos por uma sociedade Siliconal, ela mexia bem o bumbum siliconado, e os seios turbinados, porém tinha um dom especial: Escrever.

Indira escrevia contos, gostava de narrar e dissertar terror, suspense, e nunca havia ainda participado de um Concurso literário (ZRLDFR4) Um dia resolveu se inscrever em um destes, e pronto. Ela bolou uma história, ou estória incrível! e deixou lá seu conto em participação. Ficou visualizando durante dias que o número de leituras crescia, e o número de comentário ácidos também.

Muitos perguntavam através de emails para a moça, como ela conseguia suportar tamanha agressão: Verbal e punitiva.

Ela se manteve firme, participativa, em comentários de contos de seus concorrentes, esse quesito constituía-se em regra para permanência no Concurso, e então foi percebendo que o que seus colegas literatos que sempre escreveram no site em que ela permanece vinculada há mais de dez anos: E que enviaram emails a alertando de que este tal Concurso era apenas uma sociedade (panelal) onde os mesmos tramitavam...tinha realmente embasamento.

A escritora, que tinha recebido vários prêmios, tinha livros publicados, e milhares de leituras no site em questão, escutava o tilintar das palavras de uma amiga escritora que dizia: VOCÊ NÃO PRECISA DISTO!, Indira chegou a pensar, será uma concorrente!

Aí lembrou de seu parente GREGÓRIO DE MATOS GUERRA, e ficou mais aliviada, pois sua criatividade, fora exaltada pelos excelsos competidores, em meio ao binômio criticidade/acidez

Infelizmente com quatrocentas e dezessete leituras, a mulher que ,escrevia, encenava, lecionava...foi dependurada num madeiro, convidada a se retirar do Concurso, de forma totalitarista, absolutamente autocrática. De forma ditatorial recebeu uma ordem: Retire nossa insígnia do lado do título de seu conto, senão...

NUNCA MAIS NINGUÉM OUVIU FALAR DE Indira...

... E OS CONTISTAS, CONCORRENTES, A ADMINISTRAÇÃO E OUTROS ...VIVERÃO FELIZES PARA SEMPRE!

QUALQUER SEMELHANÇA, NÃO É MERA COINCIDÊNCIA; claro que com a ressalva do uso de silicone, e o rebolado vulgar.

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 07/12/2015
Reeditado em 09/12/2015
Código do texto: T5472674
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