O HOSPÍCIO FANTASMA - FINAL

Em meio a tantos gritos de Eduardo, o quadro de empregados não sabia mais o que fazer. Enfim Eduardo aquietou-se depois de doses cavalares de calmantes.

Voltemos agora ao fim que se deu a Carla e a Mara, que deram entrada no Hospício juntamente com o Eduardo, quanto a Amanda e sua mãe todos sabemos que fim levou.

Era uma tarde e fria de inverno naquele pequeno espaço do Hospício, a noite anunciava-se sorrateiramente como tantas outras naquelas paredes frias e sombrias, como que a sugar a alma dos viventes presentes; por falar em viventes, quem realmente era vivo naquele lugar? Dava medo só de pensar em tal espaço. Bom voltemos a Mara e a Carla, que fim levaram?

E como de costume mais uma noite sombria e horripilante se achegava. Fico a indagar aos meus botões: - quem realmente em sua sanidade mental teria coragem de trabalhar em um lugar daqueles? Como o corpo de apoio do Hospício continuava ali dia após dia?

Enquanto uma enfermeira percorria os corredores do Hospício naquela noite, eis que de súbito, gritos ecoam pelo ar, vinham do quarto de Eduardo. A enfermeira, negra, obesa e já com uma certa idade, se arrastava pelos corredores, tentando correr para chegar ao quarto de Eduardo o quanto antes. Com muito custo ela finalmente adentra ao quarto de Eduardo, que andava pelo teto feito lagartixa aos gritos! A velha enfermeira olhando para cima eis que vê sua colega correndo atrás de Eduardo. E como que por impulso ela começa a subir a parede ao encontro dos dois. Ao chegar perto ela vê sua colega com uma faca afiada em sua mão direita; e instintivamente a enfia na jugular de Eduardo, enquanto o sangue espirra e ambas se labuzam em um mar vermelho. Após esse horrendo ritual macabro, Eduardo abre os olhos e sai dali voando juntamente com suas enfermeiras. Finalmente quebrou-se as correntes de Eduardo, foi lhe dado a alforria.

Voltando agora a Carla e Mara, vejamos que fim lhes foi dado. Em meio a tantas desgraças naquele espaço, não podíamos esperar algo diferente as essas meninas. No meio da noite as meninas que dormiam feito anjos no mesmo quarto, em uma cama ao lado da outra, foram acordadas subitamente, como se alguém as quisessem acordá-las. Ao acordarem, ainda sonolentas pelo efeito dos calmantes, elas se entreolharam e apesar da insanidade da qual sofriam , as mesmas levantaram e saíram andando e cambaleando pelos corredores, como se uma quisesse ajudar a outra. Percorreram por um longo corredor sombrio e frio, de arrepiar os cabelos. Ao chegar em uma escada que subia para o telhado, acharam encontrar ali a solução para fugir daquele lugar. Subiram degrau após degrau, lentamente, conforme suas forças o permitiam. Ao chegar no último degrau, entraram por uma porta que levava ao terraço. Não hesitaram e lá estavam elas, achando se salvas daquele pesadelo. Entraram e trancaram a porta com um velho ferrolho enferrujado pelo tempo. Cansadas, sentaram em um parapeito buscando uma saída. Não demorou muito e elas tinham companhias, surgiram três enfermeiros adentrando com porta e tudo no recinto. Ameaçavam pegá-las, e ao pular em cima das meninas, as mesmas atiraram-se do prédio, caindo na calçada, estateladas, com suas massas cefálicas esvaindo-se.

Depois de tantas desgraças, o que pensar? Teria sido o fim de todos os que por aquele lugar passaram? E para surpresa de todos, caminhando pelo jardim do Hospício avistamos uma grande multidão de pessoas, entre médicos, enfermeiros e pacientes, ao que pareceu estavam todos alegres e felizes, participando de um grande evento.

E então, entenderam o que realmente aconteceu ali??? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Rivanda De Siqueira
Enviado por Rivanda De Siqueira em 20/11/2015
Reeditado em 20/11/2015
Código do texto: T5455062
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