O Brasil Do Analfabeto Honoris Causa & De Sua Dilma Honoris Praga
O Brasil/Paris Do Analfabeto Honoris Causa & De Sua Dilma Honoris Praga
O carnaval bate à porta do Planalto com seu sambista oficial, Chico Malandro, descendo uma ladeira de Montmartre enquanto canta baixinho: “Ai, que vida boa, olerê/Ai, que vida boa, olará/o estandarte do sanatório mãe Dilmá/Vai passar...”. Chico Malandro, sempre em Paris, senta-se num boteco/restaurante na praça Île de la Cité (frente à Ponte Neuf) e, como todo bom esquerdopata faz, pede uma latinha de caviar, ao mesmo tempo em que sua mente divaga a enorme lata d´água na cabeça da Marieta subindo e morro e não se cansando.
Ainda nem chegou o Natal, mas, no Brasil Paris de Chico Malandro, já é hora de pensar em carnaval. Num boteco de Ipanema, um malandro recém chegado de Saquarema, comenta meio zonzo de cânhamo e cervejinhas: — “Chico não sai de Paris. Não sei como o terrorismo islâmico ainda não pegou o Malandro. — Ao que seu amigo logo respondeu: — “A ideologia é a mesma, brother. Não muda nem o samba, esses terroristas comem caviar”.
— “E o Caetano e o Gil, irmão? Estão no mesmo trenó do Michel Teló”.
— “Quem diria até onde cairia no buraco negro do Planalto a música popular brasileira”.
— “A bruaca envolveu todo mundo no mesmo rolo. Atrizes, atores. Parece até a platéia de tio Sílvio ouvindo ele clamar: Vocês querem mais dinheiro”?
— “A Petrobrás tem refinaria de não acabar mais. Propina de música popular não vai faltar”.
— “Podes crê!”.
Enquanto isso em Paris, Chico Malandro está ruminando um samba para o carnaval. Já sacou até o nome: “Puxadinho”. Pensativo, a barriga cheia de caviar e dom perignon (safra 2004) Chico Malandro rabisca os primeiros versos:
— Vai findar/O reinado de mãe Dilmá/Cada ator e cantor/Do Baixo Leblon/Essa noite está a lamentar/Ao lembrar/Regalias que hão de ficar/Por sob nossos pés/onde sambaram nossos ancestrais. Depois de cuspir caviar no guardanapo, Chico voltou a escrever:
— Dormia nossa pátria mãe tão distraída/Enquanto nossa querida Dilma/A sequestrava em tenebrosas transações/Enquanto eu investia/Na ofegante epidemia/A fazer a festa/Nesse carnaval. — Chico Malandro, sempre vil, pensou em escrever um verso mandando o Povo brasileiro à PQP, mas, outro gole da champagne o acalmou. Ele voltou à atoalha de papel: “Ai, que vida boa olerê/Ai, que vida boa olará/O sanatório de mãe Dilmá vai passar...?”. Cuspiu outro tanto de caviar no guardanapo e sorriu como um Orixá: — “Ah, ah, ah, ah!”.