Marionete do Demônio
John fazia seu Cooper em um campo da Inglaterra, no distrito de Westworminghton.
Pensava nos lucros que seu pequeno Pub lhe proporcionaria aquele mês.
Seu braço esquerdo começou a apresentar pequenas pontadas de dor e o inglês massageou-o distraidamente.
Era estranho. Não se lembrava de ter esbarrado em lugar algum.
Sentiu um enjôo súbito e com um grito abafado caiu no chão.
Os outros atletas de fim de semana que corriam logo atrás socorreram o loiro.
Ele acabara de ter um infarto.
Três minutos depois estava em um hospital próximo.
- Não responde à massagem cardíaca! – avisa o enfermeiro.
- Vamos operar! – grita o médico.
O peito cabeludo de John depois de raspado foi aberto em segundos. O médico segura seu músculo cardíaco nas mãos massageando-o.
- “Reaja! Vamos! Reaja diabo!” – pensa o cirurgião já perdendo as esperanças.
O loiro abriu os olhos apertando o pulso do doutor com tanta força que o partiu.
O coração voltou a bater.
- Lindo... – sussurrou John entrando em coma logo em seguida.
Os assistentes continuaram a trabalhar no homem. O cirurgião-chefe saiu da sala de emergência, com o pulso partido.
Do lado de fora, a névoa parecia espreitar...
Enquanto convalescia o inglês praticou um estranho ritual que ele repetiria em algumas semanas.
Envolvia gatos, sangue e velas.
Sentou em profunda meditação e deixou sua mente correr os quatro cantos do mundo.
Procurou um rubi. Não uma pedra qualquer, mas um rubi antiqüíssimo, forjado na morte e destruição de uma raça.
Atraído por um elo inexplicável sua mente entra em um quarto. Na cama uma jovem dorme totalmente nua.
Apenas uma pedra adorna seu lindo corpo. O Rubi.
A forma astral do hospedeiro que vive agora no corpo de John, fez círculos em volta da pedra.
- “Com certeza é ela!” – pensou.
A mente do inglês gargalhou.
Em questões de segundos voltou para o próprio corpo.
Semanas depois, apesar das recomendações médicas, o inglês pega um avião para o Brasil.
Na fila de embargue, uma velha senhora de nariz empinado, explica para o marido a importância de se fazer um seguro de vida.
Intrometendo-se no assunto, John faz a seguinte observação:
- Vocês não devem se preocupar com seguro de vida... Ao contrário dos passageiros do vôo anterior!
Algo no olhar do loiro é intimidante.
A senhora engole em seco e se cala imediatamente.
Sorrindo sinistramente, o inglês deixa seus conterrâneos e vai para o check-in.
Na mesma tarde uma notícia chama a atenção do casal idoso:
“Avião cai em uma área densamente povoada, matando centenas”.
Com um aperto no coração a velha se lembra das palavras de John, mas não de seu rosto.
É um janeiro quente em São Paulo. O inglês usa um sobretudo preto.
Ele não sua. O hóspede que o loiro carrega é acostumado com temperaturas infinitamente superiores.
Usando os conhecimentos e lembranças de John, chama um táxi.
- Eu querer uma hotel! – pede com seu sotaque estrangeiro.
Acostumado com aquele tipo de clientes o taxista nordestino já emenda:
- O Hilton?
- O mais barato... – insiste o loiro.
O hospedeiro sabe que nos locais mais baratos, é abundante a presença de maus-elementos e toda a sorte de criaturas desgraçadas.
Seu alimento predileto.
O taxista pára perto da Estação da Luz. No local conhecido popularmente na cidade como “Cracolândia”.
John paga a corrida com uma nota de cinqüenta dólares.
O taxista pensa em recusar, mas sabe que é verdadeira e como o local em que estão não é muito bom para ficar estacionado, aceita o dinheiro.
- Obrigado! Se precisar é só me ligar que eu te levo para qualquer lugar da cidade!
O carro arranca e sai.
John sorri perversamente. Amassa o cartão atirando-o em meio ao lixo da calçada.
- Você não me prestará outro serviço... E a ninguém mais também.
Mais tarde, este mesmo taxista ao admirar a nota, tira os olhos da estrada por um momento e morre em um violento acidente de trânsito na marginal.
Seu carro é prensado entre dois caminhões esmagando-o.
O inglês carrega sua mala e uma pequena mochila cheia de dólares.
No cruzamento da Avenida Rio Branco, um rapaz de péssima índole o aborda.
- Passa essa bolsa aí meu! – berra o ladrão apontando-lhe uma faca.
- Eu acredita que você não gostaria de roubar eu! – avisa o loiro.
- Calaboca senão eu te furo! – o bandido toma a mochila com agressividade.
Ele atravessa a avenida movimentada sem olhar para os lados. Um ônibus em alta velocidade esmigalha o ladrão atropelando-o.
A mochila cheia de dólares cai aos pés de John.
O Inglês estende as mãos alimentando-se do sofrimento dele.
- Lindo, lindo... – sussurra maleficamente.
Após passar por cima do rapaz, o motorista freia assustado. O loiro pôde ver as pessoas caindo dentro do ônibus.
O ladrão agonizante está vivo ainda. Estende as mãos para John, em um gesto mudo de ajuda.
Atrás do ônibus vem um caminhão em alta velocidade. Não consegue frear a tempo.
A cabeça do ladrão estoura como uma melancia sob as rodas do caminhão. Este ainda bate violentamente na traseira do ônibus.
O vidro de trás do veículo explode cortando muitos passageiros.
- Lindo! Maravilhoso! – exclama John batendo palmas.
Pega a bolsa cheia de dólares e atravessa a avenida, extasiado com o sofrimento à sua volta.
Até gostaria de ficar e saborear o sofrimento, mas tem assuntos urgentes a tratar.
Um gato preto chama a sua atenção e o inglês atrai o pequeno felino.
Compra algumas velas negras em uma casa de macumba e procura um hotel bem vagabundo.
Na portaria uma prostituta com olhar apagado tenta vender seus serviços:
- Eaê bonitão? Vamos gozar?
O inglês sorri maliciosamente e recusa polidamente:
- Desculpa senhora, mas você não ser atraente para eu...
Ela dá de ombros.
- Só podia ser viado mesmo...
Naquela noite, poucas horas depois um psicopata rasga o corpo da mulher em pedaços e manda para uma família que observa há tempos...
Após ter se acomodado no pior pulgueiro do centro velho de São Paulo, começa seu ritual.
Arranca a cabeça do gato e desenha um pentagrama com seu sangue no chão imundo.
Decepa as quatro patas do bichano morto e posiciona cada uma nas pontas do pentagrama. A cabeça do felino a frente dele.
Molha as velas no sangue fresco e acende uma em cada ponta. Desenha símbolos que já eram antigos quando o mundo ainda estava em formação.
John tira toda a roupa e arrancando nacos da carne crua do gato, espalha o sangue pelo corpo flácido.
Joga a carcaça para um canto qualquer e senta-se em profunda meditação.
Procura o rubi. Admira também as desgraças que povoam este mundo abandonado por Deus.
Aprecia os seres sombrios e os monstros que habitam este orbe.
Entra novamente no quarto da moça e toca a pedra amaldiçoada.
A garota acorda imediatamente.
Um sentimento de urgência no peito.
A respiração carregada.
Ela sabe que algo está se aproximando. Algo muito, muito ruim.
Faz três dias que John não se move, a carniça do gato fede demais e ele aspira o ar viciado profundamente.
- Maravilhoso! – sorri o loiro.
Pensa em como foi bom ter deixado três dias de aluguel pagos adiantadamente assim não foi incomodado.
Veste o sobretudo e lava o rosto sujo com o sangue seco.
Vai atrás do rubi.
A cabeça em decomposição do gato abre a boca e uma voz tenebrosa sai dela:
- NÃO FALHE!
John pára ao ouvir a voz. Lentamente se vira para olhar.
- Não falharei Senhor. – responde sorridente.
Passa pelo dono do hotel vagabundo que o olha com desconfiança.
- Espero que aquele quarto esteja limpo. Senão se vai ver quando voltar!
O inglês avisa com voz melíflua:
- Não vai limpá-lo...
- É bom mermo!
Antes da meia-noite dois indivíduos encapuzados entram e fuzilam o proprietário com duas metralhadoras. Acerto de drogas, dizem depois.
O loiro desce as escadas ganhando a escuridão da rua.
John sente o rubi a alguns quilômetros de distância.
Cruza com os tipos noturnos de São Paulo, se maravilha com os espécimes doentios e perversos.
Olha um rapaz cabeludo de aparência indígena.
Seu nome é Saturno. Um feroz e involuntário servo das trevas.
O vampiro Saturno olha John com o canto do olho. Certamente percebe a presença do mal puro que habita nele.
Dá de ombros sumindo na escuridão do metrô.
Longe daquele local, Luiza toma o cuidado de guardar o rubi no cofre.
Ela mora na cobertura de um caríssimo prédio no Morumbi.
A jovem lembra das últimas palavras do pai antes de morrer:
- Este rubi é nossa vida! Está na nossa família à muitas e muitas gerações... Guarde-o com sua vida! – avisa o velho.
O pai dela morreu de câncer algumas horas depois dessas palavras, deixando para a filha única os negócios ao redor do mundo. E o rubi.
Seu progenitor sempre havia creditado à pedra todo o sucesso e sorte que o acompanharam a vida toda.
A ansiedade de Luiza só aumenta. Ela tem a sensação crescente de que algo sombrio está para acontecer.
Algo vem atrás do rubi. O verdadeiro dono da pedra...
Derrepente ela ri. Nunca fora dada a crendices ou superstições.
- “Isso é paranóia demais!”.
A jovem resolve tomar um vinho em seu ofurô para relaxar. Já passa das onze da noite.
Nua entre as pétalas de rosa do ofurô coberta com um óleo relaxante, Luiza pôs um fone de ouvido wireless e ligou seu Home Theather no modo “Sound” tocando seus clássicos preferidos.
Nem em mil anos ela poderia imaginar o que viria a acontecer.
Um homem entra sorrateiramente em seu apartamento, usando roupas escuras e com o rosto coberto com uma máscara negra.
Seus movimentos são precisos e profissionais, escondendo-se de sombra em sombra.
Seu nome é Montoya. Profissão: ladrão profissional.
Procurado em mais de trinta países só atende a encomendas de ricos colecionadores, fazendo seus contatos através da internet.
Aquele rubi vai parar na mão de um poderoso príncipe árabe.
Montoya quase ri debaixo da máscara, isso será muito fácil.
A casa não tem quase nenhum sistema de segurança, após se certificar que a jovem está distraída, o elegante ladrão avança.
Montoya estava hospedado no hotel mais caro de São Paulo havia já uma semana.
Uma microcâmera plantada três noites antes lhe forneceram a senha de que precisava para abrir o cofre.
Este é o momento de que o ladrão espanhol mais gosta: a hora de furtar o objeto que tanto espreitara. É a coroação de seu trabalho.
Com um pequeno equipamento eletrônico checa se há algum alarme.
Sim há, mas é um modelo tão antigo, tão simples que Montoya mal acredita.
O espanhol abre o cofre, após desarmar rapidamente o alarme. Pega o rubi nas mãos admirando-o por um instante.
É estranho, pois a pedra não parece ter nada de especial para a soma milionária que está recebendo para roubá-la.
De qualquer modo para Montoya isso não importa, seu serviço é apenas retirar o que foi pedido e sair sem ser notado.
- PARE!-grita uma voz feminina.
Em vinte e cinco anos de carreira criminosa nunca ninguém surpreendeu o refinado ladrão.
E pelo “Click” da arma a jovem não está de brincadeira.
- Tire as mãos do bolso devagar e põe o rubi sobre a mesa – ordena calmamente Luiza.
Montoya obedece sem pensar duas vezes. Em seguida coloca as mãos na cabeça e se vira lentamente para encarar sua captora.
O ladrão se espanta com a beleza da garota.
- Bem, você me pegou. O quê vai fazer agora? Me prender? - pergunta o homem com um leve sotaque espanhol.
- Deveria te entregar para a polícia, mas você é só um ladrãozinho e estou preocupada com outras coisas no momento. – disse Luiza acendendo um cigarro.
Montoya faz menção de se mover, mas a garota aponta o revólver com mais firmeza.
O ladrão sente-se ultrajado. Ele, um dos maiores, tratado daquela maneira?
Se não estivesse sob a mira de um arama, com certeza ia reclamar.
Passos sossegados ecoam no cômodo ao lado. Luiza aponta para a porta.
Ela sente claramente. O mal se aproxima.
Um homem de aparência comum atravessa o espaço entre os dois ficando cara a cara com Luiza e Montoya.
- Olá mortais.
O inglês sorri sinistramente.
A jovem atira bem na testa de John que tomba como um saco de cimento molhado.
O espanhol dá um pulo.
- Ah Droga! Você é maníaca? Oh meu Deus! Agora você vai me matar e vai dizer que foi em defesa própria... – choraminga Montoya.
- Cala a boca, idiota!
A jovem dá a volta no corpo, para se certificar de que o loiro está realmente morto.
O inglês abre os olhos subitamente e reclama:
- Você sabe como é difícil conseguir um corpo em perfeito estado?
John começa a se contorcer de seu corpo começa a sair uma fumaça e o forte cheiro de carne queimada.
O ladrão estupefato observa com os olhos arregalados e a boca entreaberta.
- Corre idiota! – grita a garota.
Montoya, mesmo vendo a transformação bestial pelo que passa o inglês, não consegue forçar seu corpo a se mover.
No corpo de John algo começa a estourar de dentro para fora do corpo.
Na testa chifres curvos de quinze centímetros, saem logo abaixo de um par maior e mais pontudo.
Outras pequenas estacas de ossos saltam ao longo da coluna vertebral e as costas das mãos.
- Ah! Agora me sinto bem melhor! – sorri o demônio no corpo do inglês com sua rouca voz ancestral.
- Ah merda! – grita Montoya.
Começa a correr em seguida.
Ao lado da criatura infernal, uma armadura medieval completa enfeita o ambiente.
Ele toma a lança emprestada observando a ponta aguda.
Luiza havia pulado a mesa e passado a mão no rubi. Montoya vêm logo trás.
Um risco prateado atravessa o ar zumbindo.
Antes de o ladrão poder alcançar a jovem, foi trespassado pela lança.
Montoya sente uma queimação no peito. Engasga com seu próprio sangue.
O demônio aproxima-se lentamente, absorvendo o sofrimento de sua vítima.
O ladrão ajoelha, segurando a ponta da lança que sai de seu peito com uma mão e procura algo nos bolsos com a outra.
- Sabe mortal, para Deus vocês não são mais do que poeira... – discursa o ser infernal.
A respiração do espanhol está cada vez mais difícil, ele sente que está morrendo.
-E tem mais, para nós demônios, vocês são apenas fantoches!
O demônio ri pondo a mão no ombro de Montoya.
Tirando uma granada do bolso, o ladrão junta suas últimas forças.
Avisa ao puxar o pino do explosivo:
- A marionete... Puxou a... Cordinha...
O demônio franze a testa.
Luiza corre em direção a sacada da cobertura.
Chegando lá olha para baixo e pensa em como vai descer.
Seu apartamento avaliado em meio milhão de dólares explode em uma bola de fogo. A chuva de destroços voa em todas as direções.
A garota é acertada por um pedaço da porta caindo do alto da sacada.
A sensação que Luiza tem é a de flutuar.
Sem deixar que o desespero tome conta de si, consegue agarrar o parapeito de uma sacada três andares abaixo do seu.
O tranco é forte e a jovem destronca o pulso.
Apesar da dor aguda, Luiza não pode soltar ou estará fatalmente morta.
Uma chuva de destroços flamejantes cai do céu.
Nesse momento a jovem milionária escuta o grito mais pavoroso de toda sua vida
Ela tenta subir no parapeito quando percebe um forte barulho de asas aproximando-se.
Olha para trás e vê uma figura saída de algum terrível pesadelo.
Um ser de um vermelho vivo voa em chamas indo a sua direção.
- Me entregue a pedra! – guincha a criatura.
Luiza berra assustada. Nada na vida a preparara para uma visão como aquela.
O grande demônio tem o corpo coberto de escamas e as costas coalhadas de grossos e pontiagudos espinhos.
Rindo, a criatura estende as garras.
Luiza atira o rubi para o chão.
O demônio mergulha velozmente cada vez mais próximo da pedra e finalmente a alcança.
Mal suas longas garras tocam a pedra, ouve três estampidos secos.
A moça atira com sua Glock.
Dois tiros acertam a criatura infernal na cabeça. Ele mal sente.
O outro tiro acerta o rubi despedaçando-o em centenas de fragmentos.
- Não! – urra o demônio.
Luiza descarrega o pente da arma sem feri-lo. Suas balas acabam.
O ser abissal bate as longas asas de couro fétido, suspenso no ar.
Olha por alguns instantes para as garras vazias. Completamente sem ação.
Um pensamento passa veloz como um relâmpago em sua mente.
- “Serei eternamente castigado por essa falha!”.
Em um acesso de fúria, investe na direção de Luiza.
A jovem fecha os olhos. É seu fim...
Poderosas mãos demoníacas seguram a cabeça da moça exercendo enorme pressão.
Súbito, uma voz tenebrosa explode como um trovão na noite.
- VOCÊ OUSOU FALHAR?
O demônio sofre um espasmo de dor, soltando a milionária.
Ainda estende as garras para tentar matá-la, mas foi em vão.
Logo começa a contorcer o corpo deformado. Seus membros se recolhem e em poucos instantes o demônio não passa de uma forma repelente.
O que sobra estoura com um cheiro apodrecido de enxofre e uma leve chama fica no ar por mais alguns segundos.
Luiza consegue abrir o vidro da sacada com dificuldade. Sente dores terríveis na mão machucada.
Enquanto é socorrida por vizinhos atônitos que imaginam que a explosão foi fruto de um vazamento de gás ela pensa em como o pai chamava o rubi às vezes:
“O olho do Demônio”.
Não imaginava, mas seu pai não podia estar mais certo.
Se algum ser humano pudesse descer vivo através da crosta da Terra e penetrar seu interior de magma, encontraria os verdadeiros donos deste mundo.
Se descolasse a alma de seu corpo encontraria um lugar, um lugar infernal.
Onde os espíritos dos condenados vagam em dor eterna.
É lá, que buscaremos o final desta estória...
Dois gigantescos demônios conversam em uma língua que já não se ouvia na superfície antes do aparecimento da vida sobre a crosta.
- O que houve com seu olho?
-Perdido por um servo descuidado... – urra o ser medonho.
Ondas de fogo líquido cobrem os dois que se sentem muito à vontade em seu habitat.
- Punirá o servo?
O demônio caolho sorri em um esgar maléfico.
- Sim. Será meu supositório por três eternidades!
Os dois gargalham nervosamente mergulhando no interior em ebulição de nosso planeta.
Fim