Sombra – Ato VI – Capítulo 5
 
Liam Frederick
 
   Os dias começavam a passar depressa e meus pensamentos estavam concentrados na batalha que nos aguardava, queria saber como era enfrentar vampiros e em poucas horas descobriria.
-Você parece tranquilo demais. – falou Doze.
-Engano o seu, estou bem preocupado. – respondi.
-Por que?
-Eles são perigosos.
-Todos são perigosos. Irei falar com Lynn e começar a levar os outros lá pra baixo.
-Está bem. – respondi.
-Olha, se não quiser fazer parte disso vou entender, mas saiba que eu vou matar cada um deles sem nem pensar duas vezes.
-Como se mata um vampiro? – perguntei.
-Exploda-o, nada de estacas de madeira ou objetos de prata, use a lança e queime-os.
   Doze estava certo, precisava parar de ficar tão preocupado com eles e me concentrar em nosso lado, nos meus amigos e em Lauren, parecíamos tão distantes.  Era meia noite e me encontrava na escadaria atrás da casa, Derek estava de pé na outra margem da floresta e Doze caminhando sobre o telhado.
-Está vendo alguma coisa? – perguntou Raymond, apoiado contra a parede leste.
-Nada ainda. – respondeu Charlie.
-Tem certeza que eles virão hoje? – perguntou Thomas.
-Absoluta. Prontos?
-Com certeza. – responderam todos.
   A lua cheia nos dava uma visão tão bela, mas não era o que acontecia aqui. Tudo escureceu tão depressa e só conseguia notar as mãos que seguravam minhas pernas, me puxando em grande velocidade para longe da casa, só consegui me soltar segundos depois, sem saber onde estava.
-Me larguem seus inúteis! Não sabem lutar limpo? – gritei.
-Cale a boca garoto, não podemos feri-lo e olha que eu gostaria muito. – falou o homem com sua voz mais aguda e cansada.
-Por que lutar por Diablo?
   Comecei a correr o mais rápido possível, mas não sabia para onde estava indo e a tanto tempo não me transformava em espírito, tinha medo de não ter força o suficiente para voltar. Fui obrigado a arriscar e comecei a flutuar sobre a grama, olhei para a lua e a tomei como guia.
   Toda aquela fumaça vermelha que Miguel usou para chamar minha atenção estava no ar, mas claro, com muito mais quantidade, mal conseguia enxergar. No centro do campo estava Doze com uma espada branca brilhante logo ela se transformou em um arco e em seguida em um machado.
-Que bela arma você tem. – falei ao cai do seu lado.
-Você ainda não aprendeu a pousar pelo visto e também continua atrasado. Aonde te levaram? – perguntou.
-Para longe, mas pelo menos sei que não querer me ferir.
-Que bom, mas todos os outros eles querem, então que tal dar uma mãozinha aqui?
   Retirei a lança de Destino e a coloquei contra o campo, pensando na velocidade, tinha que deixar a luta justa e em poucos segundos ondas invisíveis começaram a se propagar para todos os lados. Deixando todos os vampiros lentos, digo, normais.
-Boa jogada. Agora ajude-os dentro da casa, Thomas está com problemas. – falou Doze.
-Está bem. – respondi. – Você consegue dar conta deles aqui fora? – perguntei apenas para ver sua reação.
-Já estaria morto se não conseguisse.
 
 

 
Johan Henryque
Enviado por Johan Henryque em 22/09/2015
Reeditado em 22/09/2015
Código do texto: T5391167
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.