Matalianath, A Anja Caída do Espelho Negro
Jamais se apaixonem por uma anja caída.
Tudo começou na biblioteca da escola, aonde eu passava a maior parte do tempo. Acidentalmente tinha deixado a caneta cair... e quando olho abaixo da estante, vejo uma garrafa empoeirada, de vidro escurecido com uma fita vermelha amarrada na borda da garrafa. Retirei a tampa e senti um cheiro de mofo,. Com uma pinça, retirei cuidadosamente o pergaminho que estava ali dentro, e os seguintes dizeres estavam escritos;
' Meu nome é Matalianath
Sou de uma dimensão inferior à sua
Sei que não namora, sei que na vida está em uma rua escura
Pegue carvão amassado ou algo que escureça o espelho,
Ir para o seu lado é o que desejo,
A partir da meia-noite, acenda uma vela negra,
Garanto que a experiência será perfeita
Eu irei te por em meus braços, seu cabelo afagar
Não prometo mais nada além de te amar.'
Não dei muita atenção. ''Aquilo só podia ser alguma pegadinha ..'' Mas de qualquer forma, joguei a garrafa na mochila e sai da biblioteca, para a aula. O dia correu tudo normal e voltei para casa, estava muito cansado e deitei na cama de uniforme mesmo. Tive um sonho bastante confuso, turbulento, acordei às 11 com um cheiro muito forte de velas, mas não às comuns... pareciam velas de cemitério. Andei pelo quarto procurando a origem, e vinha de minha mochila. No mesmo instante tive uma imagem mental da garrafa escura, com o pergaminho dentro... Analisei o pergaminho e percebi como algo tão antigo e velho poderiam cair nas mãos de algum colegial engraçadinho... As letras eram avermelhadas, com traços perfeitos. Eu já tinha visto aqueles traços em algum livro de história.
Resolvi então pegar um espelho pequeno que tinha em meu quarto, mas fiquei na dúvida sobre aonde quase meia noite eu iria achar carvão. Então resolvi ousar e peguei um esmalte negro e pincelei o pequeno espelho. Então fui à cozinha e também não achei uma vela preta, mas peguei uma branca.
Voltei ao meu quarto e desliguei a televisão, os modens, o celular, o abajur e acendi a vela no chão mesmo com o pergaminho em mãos eu o li três vezes, depois fixei o olhar no espelho, sob a luz da vela. Foi quando percebi que de uma hora pra outra eu senti um frio abismal. mas não era um frio desagradável, era um frio suportável, como se aquecer em edredons gelados em uma noite de muito frio. Foi quando a chama da vela começou ora a tremular ou ora a afinar para cima. E do espelho, um rosto feminino levemente começou a se projetar, e abrindo a boca mordeu de leve meu lábio inferior.