Travel of the Dead - Viagem dos Mortos [PARTE FINAL]

- Ufa. – soltou

Klaus sentou-se ao lado de Bertha, colocando sua cabeça em seu colo. Cristina caminhou até Alex.

- Está tudo bem? – perguntou a garota.

- Está sim. – disse Alex, enquanto Cristina sentava-se ao seu lado, no chão. Em seguida, apoiou a cabeça em seu peito.

O garoto, percebendo ser o único sozinho no momento, acabou por sentar-se perto de Bertha e Klaus.

- Todo mundo é casal aqui, menos eu. – disse, irritado

- Não somos casal, Leo. Somos apenas amigos.

- Chama “aquilo” de amigos? – perguntou o garoto, apontando para trás. Estranhando a pergunta de Leo, Klaus virou-se para trás. Visualizou Alex e Cristina beijando torridamente. Deixou o queixo cair.

Alex e Cristina beijaram-se demoradamente, um sentindo o calor dos lábios do outro. Ao final, ficaram ali, com os rostos próximos, enquanto os acariciavam. Após, perceberam os demais lhes fitando – principalmente Klaus, com uma cara de bobo.

- O que foi, Klaus? – perguntou Alex, rindo

- Não... acredito...

- Em quê?

- Você e Cristina ficando juntos. Debaixo do meu nariz e eu nunca desconfiei.

- Você tem um caso com a Bertha faz tempo e eu custei a descobrir.

- Você tem um caso com a Bertha? – perguntou Leo, surpreso, virando-se para Klaus

- Eu não tenho um caso com a Bertha. Eu gosto dela, e ela gosta de mim. Nunca ficamos juntos. Ao contrário de você, seu filho da mãe, que fica com a garota e a gente nem desconfia. – disse Klaus, em tom de brincadeira

Alex e Cristina riram.

- Ai, ai... – disse o rapaz – Estou aqui, imaginando, como será que está lá fora? Será que estará tudo igual a aqui?

- Esperamos que não. – disse Klaus.

Para surpresa de todos, os zumbis começaram a forçar a porta do auditório. No susto, Alex e Cristina levantaram-se e distanciaram-se do local. Klaus ficou em alerta.

Ficaram ali, momentaneamente, fitando a porta, aguardando o desenrolar da situação. Acalmaram-se, ao perceberem não ter a porta se movido nem um milímetro.

- O que faremos agora? – perguntou Klaus, enquanto Cristina e Alex caminhavam em sua direção. Estes não perceberam, mas Leo, após estranhar algo no chão, afastou-se do local.

- Olha, gente. – disse Leo, levantando-se do chão com uma folha em mãos.

- O que é isso? – perguntou Alex, enquanto este sentava-se, junto de Cristina, ao lado de Bertha. Leo sentou-se ao lado de Cristina, no último banco à direita da fileira, e começou a ler, em voz alta, o papel, escrito à mão, em uma caligrafia ruim.

“Johann,

Estamos entregando a vocês o corpo que encontrarmos no local dos fatos. Parece que houve vazamento de algum produto químico dentro da fábrica. Encontramos somente este corpo, com diversas marcas de mordida [Leo acabou por ler “maldito”, devido à péssima caligrafia. Devido ao sentido ficar prejudicado, Alex acabou por ler, onde constatou ser “mordida”]. Não sabemos ainda quem ou o quê as proporcionou. Por isso, tomem cuidado.

Astolfo Dutra

Delegado de Polícia Civil”

- Vazamento de produto químico? – perguntou Klaus

- Talvez seja ele quem trouxe a contaminação para o IML, que acabou por acordar os mortos. – disse Cristina – Afinal, mortos que não estavam mordidos também se levantaram.

- Praticamente todos os mortos.

- Estamos também infectados? – se perguntou Leo, com medo

- Talvez. – disse Cristina. – Mas provavelmente só nos transformaremos em zumbis quando formos...

- Ahhhh! – gritou Klaus, desesperado. Alex, que se encontrava ao seu lado, saltou, tamanho o susto. Cristina e Leo também se afastaram do rapaz.

Klaus se encontrava com as pernas abertas e as mãos levantadas. Bertha se encontrava mordendo ferozmente as genitálias do rapaz, que gritava de desespero.

- Nossa, a Bertha está ávida para fazer um boquete. Credo. – brincou Alex

Cristina desferiu uma cotovelada nas costelas do rapaz.

- Isso não é hora para brincadeiras, Alex. – censurou a garota. – O que está acontecendo, Klaus? Por que ela está te mordendo?

- Zum... zumbi! – disse o rapaz

O trio arqueou a sobrancelha, tamanho o susto.

- Merda. – gritou Alex. Começou a chutar Bertha nas costelas. Entretanto, esta nada parecia sofrer. Continuava a morder as genitálias de Klaus, que, àquela altura, tentava afastá-la com as mãos. Cristina postou-se a igualmente chutar Bertha. Leo, todavia, foi mais esperto. De posse de um pedaço de pau, quebrou-o na cabeça da garota, que desmaiou, indo ao chão.

- Klaus, Klaus, Klaus... – disse Alex, acudindo o amigo, junto de Cristina. – Você está bem? – perguntou o rapaz

- Mi...minhas bo... bolas... – disse o rapaz, com ar de dor. Alex não conteve e acabou por rir.

- Sinto muito, mas não poderá mais transar. – brincou o amigo

- Gente. – disse Leo, atrás de Alex e Cristina. O tom de voz do rapaz demonstrava tensão.

- O que foi, Leo? – perguntou Alex, virando-se para trás. Sobressaltou-se. Bertha se encontrava de pé, logo às suas costas. – Merda. – gritou. Chamou a atenção de Cristina, que se virou para trás. Sobressaltou-se, da mesma forma que Alex, porém não teve tempo de reagir, eis que Bertha partiu em sua direção, segurando-a pelos ombros. Cristina a segurou da mesma forma, impedindo-a de avançar sobre o seu corpo.

- Merda. Merda. Merda. Merda. – repetia incessantemente Alex, enquanto procurava por todos os cantos à procura de algo para utilizar como arma.

- Me ajuda, Alex. Me ajuda. – gritava constantemente Cristina

Repentinamente, eis que novamente Leo se apodera de um pedaço de madeira, quebrando-o no pescoço de Bertha. O impacto foi tão intenso que quebrou não apenas o pedaço de madeira, mas também o pescoço da garota, que ficou com a cabeça dependurada ao lado do corpo.

Cristina relaxou, sentando-se sobre uma das cadeiras.

- Obrigada. – disse, ofegante

- De nada. – disse Leo

- E lá... se foram... nossos pedaços... de pau... – disse Klaus, entre inspirações de ar

- Vamos sair daqui. – disse Alex.

- Para onde? – perguntou Cristina. – Não tem como sairmos daqui.

- Eu tenho uma ideia. – disse Klaus.

- Eu nunca farei isso! – disse Alex, furioso

- Mas pre... precisamos, Alex. Não te... tem outro jeito. – disse Klaus

- Eu não vou te abandonar aqui, Klaus.

- Ele está certo, Alex. – interveio Cristina – O Klaus já foi machucado. Morrer será uma questão de tempo.

- Eu não vou abandoná-lo, Cristina. – disse Alex. Lágrimas começaram a aparecer nos olhos do rapaz – Ele é o meu melhor amigo.

- Eu sei disso, Alex. E é exatamente por ser o seu melhor amigo que ele está lhe dando a vida para que você possa sobreviver.

Aquelas palavras doeram em Alex mais que mil facadas. Foi um verdadeiro tapa na cara. Abaixou a cabeça e deixou as lágrimas verterem violentamente de seus olhos. Cristina lhe abraçou, colocando sua cabeça em seu ombro.

Leo, que se encontrava próximo à porta de entrada, adentra no recinto, gritando:

- Os zumbis estão quase conseguindo abrir a porta. Não demorarão a chegar.

- Chegou a... hora. – disse Klaus. Alex apenas meneou positivamente a cabeça, enquanto lágrimas vertiam como rios de seus olhos.

- Vamos. – disse Cristina. Afastou-se de Alex e caminhou, junto de Leo, à ponta esquerda do auditório. Alex caminhou até Klaus e lhe desferiu um abraço de urso.

- Até logo, amigão.

- Se cuida. – disse Klaus. Em seguida, Alex deu as costas ao amigo e caminhou em direção a Cristina e Leo. Ficaram ali, esperando infinitos segundos, até o momento em que os zumbis finalmente conseguiram abrir a porta.

Os gemidos dos mortos-vivos rapidamente tomaram conta do cenário. Cristina, Alex e Leo gelaram, ao passo que seus corações saltitavam em seus peitos.

- Ve... Venham, venham malditos. – gritou Klaus, atraindo a atenção dos zumbis para si. – Aqui tem... carne fresca. Venham.

Os zumbis atravessaram a porta principal do local e caminharam em direção a Klaus. Mais e mais zumbis adentravam a cada segundo no auditório. Pareciam uma procissão vinda do Inferno.

- Merda. Isso não vai acabar nunca? – perguntou Alex, no tom de voz mais baixo que conseguiu

- Shhh. – reprimiu Cristina. Não queria chamar a atenção dos zumbis, por mais que os gritos de Klaus suprimissem qualquer outro barulho.

Poucos segundos depois – que mais pareciam uma eternidade -, os mortos-vivos pararam de adentrar no auditório, dando chance para Alex, Cristina e Leo continuarem com o plano. Estes correram os mais silenciosos possíveis em direção à porta e a ultrapassaram. Alex, antes de evadir do local, olhou para trás.

- Adeus, amigão.

Em seguida, ultrapassou a porta.

Klaus continuava a gritar, a plenos pulmões, para chamar a atenção dos zumbis. Estes já se encontravam mui próximos a si e o seu coração saltitava violentamente no peito.

- Vem..., seus merdas. Vem devorar... a carne do papai aqui.

Este não percebeu, mas algo rastejava à sua direita, em sua direção. Apenas se deu conta de sua existência quando sentiu uma dor pungente na parte interna da sua coxa direita. Olhou. Visualizou Bertha mordendo o local.

- Você realmente quer fazer um boquete em mim... – brincou

Alex, Cristina e Leo já se encontravam do lado de fora da sala de auditórios, quando começaram a ouvir os gritos de dor e desespero de Klaus. Alex engoliu em seco. O trio atravessou o local, que se encontrava completamente vazio, e adentrou no corredor que dava à sala dos assistentes sociais, desembocando no local segundos depois.

A primeira sala do prédio do Instituto Médico-Legal estava completamente iluminada pelos raios solares. O balcão estava completamente revirado, com papéis jogados para todos os lados. Marcas de sangue sujavam os papéis e as paredes.

- Os mortos passaram por aqui. – disse Leo, fitando uma grande mancha de sangue à esquerda do balcão

Alex e Cristina, que já estavam próximos à porta, viraram-se para trás. Sobressaltaram-se. Atrás de Leo, saindo de trás do balcão, havia um zumbi, que se encontrava com as mãos esticadas em sua direção.

- Cuidado. – gritou Alex. Projetou o corpo para frente, ao mesmo tempo que Cristina. Leo ficou surpreso com a fala de Alex. Todavia, não deu tempo de reagir. O zumbi segurou-lhe pelo pescoço e rapidamente cravou no local suas presas.

- Leo. – gritou Cristina. Postou-se a correr para ajudar o amigo, entretanto, Alex segurou-lhe.

- Não podemos fazer mais nada para salvá-lo. – disse o rapaz, frio – Vamos.

O casal de amigos deu as costas a Leo, que já se encontrava caído no chão. Evadiram do local, sob os gritos incessantes de socorro do rapaz. Chegaram ao lado de fora. Apesar de saberem não estarem livres dos ataques de zumbis, sentiram-se aliviados, pois finalmente conseguiram sair do prédio do IML.

- Para onde iremos agora? – perguntou Cristina, a Alex

- Não sei. – disse Alex. Olhava para todos os lados. De repente, avistou a garagem do prédio do IML, à esquerda do mesmo. – O nosso ônibus. – disse, apontando em direção ao local.

- Como sairemos daqui em um ônibus? – perguntou Cristina – Você sabe dirigir um, por um acaso?

- Claro que não. Não sei dirigir nem um carro. Mas podemos nos abrigar lá dentro...

Cristina concordou com a ideia. Correu junto de Alex em direção ao ônibus azul e branco que trouxe os vinte e oito alunos e o professor de Medicina Legal ao IML da capital do Estado. Atravessaram o espaço entre ambos em poucos segundos. Tão logo ficou frontalmente à porta lateral direita do ônibus, Alex postou-se a abri-la. E, assim que o fez, adentrou no recinto.

- Toma cuidado, Alex. – disse Cristina, logo atrás dele

- Tá. – respondeu, antes, enquanto subia as escadas do ônibus. Caminhou pelo local passando por algumas poltronas. Estava completamente vazio, com a exceção de algumas mochilas deixadas pelos alunos no local.

Enquanto Alex caminhava pelo interior do ônibus, Cristina visualizava o banco do motorista. Percebeu-o, além do painel, sujo de sangue.

- A porta do ônibus estava fechada, não estava? – perguntou Cristina

- Sim, por quê? – perguntou Alex, fitando a garota

- Porque, então, o zumbi do motorista está aqui dentro.

Alex ficou surpreso. Olhou para trás, de inopino. Percebeu algo se movendo no fundo do ônibus. Paralisou, de medo.

- Alex, o que foi? – perguntou Cristina, ao perceber a reação do rapaz

Algo rastejava pelo chão logo atrás do penúltimo banco à esquerda. Pela escuridão causada pelas cortinas fechadas, não dava para enxergar exatamente o que era o “algo”, mas dava para perceber, com extrema clareza, uma forte cor vermelha neste “algo”.

- Alex, o que foi? – perguntou novamente Cristina, já ao lado deste

- Olhe. – disse o rapaz, apontando para o fundo do ônibus. A garota espremeu as vistas no intuito de enxergar. Uma expressão de surpresa e medo tomou conta do rosto de Cristina.

Não era um “algo” e sim vários deles. Vários zumbis arrastando-se pelo chão no fundo do ônibus, um amotinado sobre o rosto. Só estavam com a parte superior de seus corpos intactos – da parte inferior restava-se apenas parte das tripas jogadas para fora.

- Meu Deus. – disse a garota, levando a mão à boca

- Vamos. Não dá para ficarmos aqui. – disse Alex, puxando Cristina pelos braços.

O casal evadiu do local em poucos segundos, chegando novamente à parte externa do prédio do IML.

- O que faremos agora? – perguntou Cristina

- Salvo engano, a rodoviária é aqui perto. Talvez consigamos algum ônibus para irmos para nossa cidade por lá.

- E se tudo estiver transformado como este prédio?

- Talvez lá a gente consiga a informação de algum abrigo ou de algum lugar protegido. – Alex percebeu certa movimentação na entrada do prédio – Vamos. – puxou novamente Cristina.

O casal correu a toda velocidade a entrada do prédio do IML. Cristina virou-se momentaneamente para trás, onde visualizou Leo e o zumbi que lhe mordera caminhando vagarosamente pelas proximidades da porta do prédio.

Cristina e Alex atravessaram o portão de entrada do Instituto Médico-Legal, onde desembocaram em uma pequena rua de bairro residencial. Ao fundo, estavam os prédios do centro da cidade. Ambos correram a toda velocidade a rua de declive acentuado, chegando ao final desta e desembocando em uma larga avenida.

Alex olhou para os dois lados. Não visualizou ninguém, apenas alguns automóveis abandonados abaixo. Não havia uma viva alma. Nem viva, nem morta-viva.

- Vamos. – disse o rapaz, a Cristina. Ambos passaram a correr em direção a um dos sentidos da avenida. Atravessaram-na a passos largos, correndo o mais rápido que podiam.

Ambos chegaram aos automóveis abandonados em questão de poucos minutos. Alex parou no local, caminhando em direção a um Fiat Mille abandonado.

- O que está fazendo, Alex? – perguntou Cristina

- Talvez a chave esteja na ignição. Podemos usá-lo para sair daqui mais rápido.

- Esse veículo tem um dono. Isso é crime.

- Ele provavelmente está morto. E a Polícia, se ainda existir, estará mais preocupada em matar zumbis do que prender a gente por furtar um veículo de um morto.

Cristina continuava relutante. Alex abriu a porta do enferrujado Fiat Mille e postou-se a olhar no interior do automóvel, à procura de algo.

Do lado de fora, Cristina continuava relutante. Batia o pé continuadamente e se encontrava de braços cruzados. Olhava incessantemente de um lado para o outro, como se sentisse algum perigo perto.

Após procurar, sem sucesso, a chave na ignição, Alex abriu o porta-luvas do veículo, à procura da dita chave, onde igualmente não a encontrou. Com isto, deitou-se no banco do motorista e postou-se a tentar ligar o veículo fazendo ligação direta.

- Anda, Alex, não demora. – disse a ainda impaciente Cristina

- Já vou. Não vou demorar. – disse o rapaz. Continuou a tentar a ligação direta no veículo. Repentinamente, escuta algo logo atrás de si. Tenta virar o corpo para conseguir olhar para trás, mas, antes disso, sente uma dor pungente nas costas, entre as omoplatas.

Alex sente um urro de dor. Cristina ouve o grito e sobressalta. Visualiza a cena e percebe um zumbi queimado mordendo as costas do rapaz. Sente o desespero tomar conta de seu corpo. Começa a ajudar Alex a sair do veículo, enquanto chutava a cabeça do zumbi para desgrudá-la do corpo do rapaz. Consegue ambas as proezas. Em seguida, fecha a porta do veículo.

Alex vai ao chão, ofegante. Sentia uma terrível dor nas costas. Sangue vertia em abundância pelo local.

- Alex, Alex, Alex. – disse Cristina, preocupada – Você está bem? – começou a sentir lágrimas em seus olhos

Bastante ofegante, Alex apenas meneia positivamente a cabeça.

- F...

- Shhhh. – ela disse, tampando a boca do rapaz com o dedo. – Não fala mais nada. Eu vou te ajudar. Vamos conseguir sair dessa juntos, não vamos?

- Fu...ja! – disse o rapaz, fazendo o maior esforço que conseguia

- Não, não vou te abandonar aqui.

- P... Por f...fav...vor!

- Não, jamais te abandonarei aqui. – Cristina abraça Alex. – Acalme-se. Vamos sair juntos dessa, não vamos? – lágrimas começaram a verter como um rio – Por favor, não morre. Não morre.

- D...dor! – disse o rapaz. Cristina desvencilha-se de Alex. Deita o mesmo no chão, de lado. Em seguida, deita-se junto deste, colocando a cabeça do rapaz em seu ombro direito. Por fim, passou a acariciar os seus cabelos, fazendo-lhe um cafuné.

- Olha o céu, que lindo. Que tarde inteira esta, não é? – disse uma aparentemente despreocupada e feliz Cristina. Alex apenas meneou positivamente a cabeça. Não possuía força alguma, para fazer mais nada.

E ambos ficaram ali, curtindo aquele momento, aproveitando o abraço e o contato corporal um do outro. Até o instante em que a vida de Alex saíra de seu corpo.