Elegante, bem vestido, com um terno azul e seu inseparável gato escuro no colo. Vinha andando pelas ruas cabisbaixo e ao mesmo tempo muito feliz, radiante.


Era o dia de seu noivado. Finalmente iria se casar com a mulher amada. Os parentes já o estavam aguardando na casa dela, mas havia poréns>  possuia pouco dinheiro no bolso, não havia comprado as alianças, não tinha nenhum presente nas mãos.

Foi quando dobrou a esquina e na encruzilhada pode contemplar tudo o que precisava num despacho. Champagne francês, rosas vermelhas, duas alianças, perfume importado e charutos cubanos ( trabalho rico, parece mentira, mas estava tudo lá),

Quis até tirar uma foto para mostrar para os amigos, mas para quê?! Passaria vergonha. Ratificaria seu fracasso. Recolheu todo o material, os charutos guardou para si. 

Chegando lá, todos felizes. Tudo deu certo> entregou as rosas, fez o pedido, trocou as alianças e estourou o Champagne.

No auge da felicidade, ouviram uma voz masculina e outra feminina falarem ao mesmo tempo>

- nós somos e seremos os padrinhos!

E todos assustados, com medo, perguntaram>

- Quem disse isso? 

O primo psiquiatra logo falou>

- Deve ter sido um acusma, provocado por nossa emoção e felicidade coletiva! Isso quer dizer que estamos todos torcendo pela felicidade do casal! Viva os noivos!

- Vivaaaaaaaaaaaaa!


Um pássaro grande saiu do canto da sala, circundou o aposento e saiu pela janela.

A noiva, então chamou num canto sua prima de primeiro grau que também era sua melhor amiga e falou>

- Prima, para me casar e ser feliz no casamento, paguei um pai de santo para fazer um trabalho a dois quarteirões daqui.
Será que já é efeito?!


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Muito obrigada pelas leituras! E se puderem, escutem meus áudios musicais!
LYGIA VICTORIA
Enviado por LYGIA VICTORIA em 14/06/2015
Reeditado em 16/02/2016
Código do texto: T5277114
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