DOR NO ESTÔMAGO

   E a dor continuava lá, quero dizer, aqui dentro de mim. Só mais tarde, descobri que uma espécie de demônio me deixava assim. Ele me apareceu, quando não conseguia mais dormir. Já não tinha mais mulher, pois vivia angustiado, irritado, com aquela dor no estômago latejando, insuportável.


   Fui a vários especialistas, sem obter resultado.


   Não dizia nada a ninguém, porque iriam me tachar de louco, vendo um diabo de uns trinta centímetros na cama pulando na minha barriga, com um ar de felicidade sádica, fazendo pouco, dizendo >
- Eu nunca vou te deixar!

   Procurei a Umbanda >

- Isso daí foi demanda, você tem que se tratar!

   E nada da dor passar!

   No auge do desespero, nem banho de descarrego conseguia aliviar , orações, passes, invocações ao santo padroeiro, hóstia, água benta, alguidar. Pedi até ao meu guia para ter misericórdia e me levar.

  Foi aí que apareceu, seguro de si, com expressão de quem sabe maltratar, trajando um manto de capuz azul, nos braços um gato escuro. Falou-me ao seu jeito manso >
- Vou dar um tempo, mas volto, só vou lhe dar um descanso!


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Colegas, ouçam meus áudios musicais! Beijo
Muito obrigada pela leitura! Meu eu-lírico, às vezes é masculino.
LYGIA VICTORIA
Enviado por LYGIA VICTORIA em 28/05/2015
Reeditado em 16/02/2016
Código do texto: T5258216
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