SEXTA-FEIRA SANTA 13 OU SEXTA-FEIRA 13 SANTA

Quando ainda morava na fazenda, Bartzebal saiu para caçar pacas com um grupo de amigos. Era Sexta-feira Santa 13, ou Sexta-feira 13 Santa, como queiram, depende do grau de importância que se dê às datas.


Chegando lá, numa clareira de floresta, todos os cães de caça sumiram, e os caçadores ficaram desesperados procurando os bichos.


Do nada, apareceu no meio da mata um lençol gigantesco de cor azul, e todos se arrepiaram de medo. Para todos os lados que iam, o lençol se punha na frente e não tinham como passar, então, não houve outra alternativa senão começar a rezar.


De repente, surgiu uma grande quantidade de porcos do mato e várias outras espécies de animais. Ficaram felizes, pois teriam fartura de carnes suficientes para abastecer as casas por um ano. Com as armas em punho, atiraram, mas emperraram, travaram. Todos tiveram que se desvencilhar dos bichos que, apavorados, correram na sua direção, mas nenhum selvagem os atacou.


Chegaram em casa com o dia claro e perderam os cães: sumiram todos. Bartzebal contava para a gente e dizia que nunca mais sairia para caçar nesta época, pois foi um aviso que tiveram:
Sexta feria santa é poderosa mesmo, não é? Ainda mais treze.
Temos que respeitar.
Se não se come carne na sexta-feira santa, então, caçar, matar também não pode!


Ah, antes da fuga daquele lugar amaldiçoado, contemplaram uma estampa no meio do gigantesco lençol, que agora já tinha se tornado branco: Uma criatura de olhos penetrantes, trajando um capuz azul, com um gato escuro no colo.





Baseada numa história real da minha amiga narrada por Margarida Caldas de Moraes
LYGIA VICTORIA
Enviado por LYGIA VICTORIA em 06/05/2015
Reeditado em 18/05/2015
Código do texto: T5232948
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