Maravilhoso Encontro
Hoje eu irei encontrar com ela, não sinto nada, só quero encontrá-la nessa noite novamente. Aqueles cabelos dourados, olhos verdes e o corpo incrivelmente esculpido. Está um vento forte lá fora e junto a ele está a noite banhada pelo luar puro, que dia maravilhoso. Sou um jovem, esse é nosso segundo encontro. Passo pela porta e vejo o jardim lindo do outro lado da rua. Está molhado. Choveu.
Estou com a mesma roupa do encontro passado, mas não acho que ela se importará com isso, ela não é de escolher ou questionar. E eu também não estou nem ai. Bem direta, para dizer a verdade. Passo pelos carros e chego no restaurante, após o jardim. Espere, espere um momento. Ela está com outro cara, parece ter a mesma idade. Está com rosas e uma caixa com chocolates, marca chique. Mas clichê. Eles entram no restaurante, ela com outro, e eu ainda não continuo sentindo nada sobre isso. Um jantar exuberante, horas e horas conversando e olhando um ao outro, a luz de velas e um som leve de violão junto a janela que sopra a brisa. Eles não me perceberam até agora. O jantar acabou. São 23:20 marcadas no relógio.
Eles vão ao beco e começam a se beijar com vontade. Mas ainda não sinto nada, emoções, meu corpo, minha vida. Fico pensando se fosse eu ali, beijando aqueles lábios carnudos, recebendo seu calor corporal, sendo esfaqueado no estômago.
Esse seria um maravilhoso encontro, se eu não tivesse sido assassinado.
Lá vai ela, toda linda e bela. Fazer a vítima.