COISAS QUE ATÉ SATANÁS ESTRANHA
Satanás e o Conde Drácula se encontraram em um restaurante em São Paulo para discutir um plano de ação para salvar o seu projeto de poder, que, ao tudo indicava, estava fazendo água.
─ A Malévola, essa maluca que eu escolhi ─ disse Satanás ─ disse Satanás, com sua voz rouca ─ cagou tanto fora do pinico que se a gente não limpar isso logo, não vai ter mais jeito.
─ Sei ─ respondeu o Conde Drácula. ─ Foi por isso que ela me pediu para ajudá-la a limpar essa cagada toda que ela andou fazendo. ─ Vou fazer o possível, mas não sei se vou dar conta.
─ Você é o cara ─ disse Satanás. ─ É só empalar meia dúzia desses congressistas traidores que eles logo voltam a comer nas nossas mãos.
─ Pode ser. Mas eles estão cheios de água benta para jogar na gente. E o pessoal do crucifixo tem uma bancada grande. E eles estão putos com a gente porque a Malévola deixou o Reverendo Kane (Polstergeit 3) e o Hannibal o Canibal, que são os presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente, serem investigados por corrupção.
─ E eles queriam o que? Por acaso são santinhos? ─ Perguntou Satanás.
─ É. Mas quando se trata de reconhecer a culpa ─ disse Drácula, com uma risadinha sarcástica ─ até você faz cara de inocente.
Satanás não gostou muito da piadinha e ia responder com uma baforada de fogo e enxofre, mas desistiu ao ver o garçom se aproximando.
─ Vão beber alguma coisa? ─perguntou o garçom.
─ Eu quero uma cachacinha para abrir o apetite. Depois me traz uma brhama casco escuro ─ pediu Satanás.
─ Eu só quero um copo com água quente ─ ordenou Drácula.
─ Pensei que você fosse pedir um Campari ou um Blood Mary ─ disse Satanás, com um olhar malicioso. ─ É o que mais parece com sua bebida favorita.
─ É ─ disse Drácula. Mas eu estou de dieta.─ Por isso vou tomar só um chazinho.
Quando o garçom trouxe o copo com água quente Drácula tirou do bolso do paletó um absorvente feminino usado e começou a mergulhá-lo no copo.
─ Você sabe─ disse o Conde Drácula, olhando para Satanás com aqueles olhos injetados de sangue ─ a Malévola vai sangrar até morrer. Por isso eu aceitei o encargo que ela me deu. Quero estar por perto ─ disse ele, com o canto da boca e olhando para os lados, enquanto punha e tirava o absorvente do copo, cuja água, pouco a pouco ia adquirindo uma cor de rosa-choque.
Enquanto isso, Satanás sorvia a sua pinguinha, olhando e sacudindo a cabeça para o Conde, pensando que mesmo sendo quem era, ele ainda tinha muita coisa para ver no mundo.
Satanás e o Conde Drácula se encontraram em um restaurante em São Paulo para discutir um plano de ação para salvar o seu projeto de poder, que, ao tudo indicava, estava fazendo água.
─ A Malévola, essa maluca que eu escolhi ─ disse Satanás ─ disse Satanás, com sua voz rouca ─ cagou tanto fora do pinico que se a gente não limpar isso logo, não vai ter mais jeito.
─ Sei ─ respondeu o Conde Drácula. ─ Foi por isso que ela me pediu para ajudá-la a limpar essa cagada toda que ela andou fazendo. ─ Vou fazer o possível, mas não sei se vou dar conta.
─ Você é o cara ─ disse Satanás. ─ É só empalar meia dúzia desses congressistas traidores que eles logo voltam a comer nas nossas mãos.
─ Pode ser. Mas eles estão cheios de água benta para jogar na gente. E o pessoal do crucifixo tem uma bancada grande. E eles estão putos com a gente porque a Malévola deixou o Reverendo Kane (Polstergeit 3) e o Hannibal o Canibal, que são os presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente, serem investigados por corrupção.
─ E eles queriam o que? Por acaso são santinhos? ─ Perguntou Satanás.
─ É. Mas quando se trata de reconhecer a culpa ─ disse Drácula, com uma risadinha sarcástica ─ até você faz cara de inocente.
Satanás não gostou muito da piadinha e ia responder com uma baforada de fogo e enxofre, mas desistiu ao ver o garçom se aproximando.
─ Vão beber alguma coisa? ─perguntou o garçom.
─ Eu quero uma cachacinha para abrir o apetite. Depois me traz uma brhama casco escuro ─ pediu Satanás.
─ Eu só quero um copo com água quente ─ ordenou Drácula.
─ Pensei que você fosse pedir um Campari ou um Blood Mary ─ disse Satanás, com um olhar malicioso. ─ É o que mais parece com sua bebida favorita.
─ É ─ disse Drácula. Mas eu estou de dieta.─ Por isso vou tomar só um chazinho.
Quando o garçom trouxe o copo com água quente Drácula tirou do bolso do paletó um absorvente feminino usado e começou a mergulhá-lo no copo.
─ Você sabe─ disse o Conde Drácula, olhando para Satanás com aqueles olhos injetados de sangue ─ a Malévola vai sangrar até morrer. Por isso eu aceitei o encargo que ela me deu. Quero estar por perto ─ disse ele, com o canto da boca e olhando para os lados, enquanto punha e tirava o absorvente do copo, cuja água, pouco a pouco ia adquirindo uma cor de rosa-choque.
Enquanto isso, Satanás sorvia a sua pinguinha, olhando e sacudindo a cabeça para o Conde, pensando que mesmo sendo quem era, ele ainda tinha muita coisa para ver no mundo.