Joana - Parte IV

Os dias foram passando e os desmaios continuavam, agora seguido enjoos e mal-estar frequentes.

A própria Joana já estava achando tudo aquilo muito estranho, mas estava sem tempo para se preocupar.

Sua vida estava uma loucura com o projeto da filial no centro sendo executado.

Numa tarde, voltando do centro, Joana sentiu uma vibração na barriga, logo o mal-estar, falta de ar... quase não deu tempo de parar o carro. Uma freada brusca no acostamento e... escuridão.

* * *

-Joana?... Joana? Como se sente?

- Oi? Onde estou?

- Sou o Dr. Horm, um motorista viu seu carro frear bruscamente e quis verificar se estava tudo bem. Você estava desmaiada, ele reportou e você foi trazida para o Hospital Geral. Se lembra do que aconteceu?

- Não muito, lembro de estar dirigindo e senti falta de ar, depois acho que desmaiei.

- Provavelmente, você não deveria dirigir nessas condições, sua mãe disse que você esta tendo desmaios freguentes.

- Sim, mas é só estresse.

- Claro, e por conta da gravidez deve estar dificil consiliar as coisas no trabalho...

- O quê? Não doutor, eu não estou grávida.

- Não é o que os exames dizem, você deve estar de aproximadamente dois meses e meio.

- Não doutor, isso é impossível. Não tem como eu estar... grávida. Um bebê? Não, isso é loucura.

- Dr. Horm, precisamos do senhor aqui. - uma enfermeira interrompeu.

- Descanse Joana, eu volto pra conversarmos.

Foi um choque, mas Joana não parava de pensar que o medico devia estar enganado, era improvável. "De fato, os sintomas e a menstruação... droga... está atrasada mesmo. Mas... é resposta hormonal ao estresse. Não pode ser um bebê."

Perdida nos pensamentos e muito cansada, acabou adormecendo.

* * *

- Joana?... Joana?

- Oi... acho que adorme.... onde estou?

Seus olhos se arregalaram quando viu alguém de capuz negro a sua frente, suas mãos amarradas acima da cabeça, os pés imóveis presos à uma mesa de marmore e uma luz fraca iluminando a sala que não dava pra saber as dimensões.

Um coral de musica sacra se elevou no ambiente e mais cinco pessoas de capuz roxo e negro se aproximaram com velas acesas.

Tochas se acenderam ao longe e foram se aproximando mais e mais tochas iluminando o que parecia ser um imenso salão.

O primeiro homem disse tirando o capuz negro:

- Exspectata Joana!

*** Continua ***