3ª.Zona Morta Uberaba - Inicio Da Contaminação - Começo da Morte
Dia 4 Setembro de 2004, 3:30 AM Domingo – Arruaceiros
Acordei com um baita barulho lá em baixo, há 5 rapazes jovens que parecem estar meio doidos, podem estar drogados, consigo vê-los da janela, porém não liguei as luzes para não chamar a atenção deles, há uma gritaria na rua também, a origem não sei, vejo eles gemendo, gritando e andando lentamente, não vou me arriscar, chamarei a BRAVO, peguei o telefone e disquei, uma mulher me atende com muita pressa e voz ansiosa, ouço muitas vozes de outras atendentes, parece que há muitas pessoas precisando deles, não entendo, mas mesmo assim pedi que viessem aqui para dar um jeito nessa bagunça da minha rua, pedi que viesse uma pessoa em um carro só para espanta-los daqui, ela disse que já estavam a caminho, quando ia desligar ouço um grito ao fundo, perguntei o que havia, mas já havia desligado, na certa era alguma atendente estressada hehe. Deitei-me e dormi estava muito cansado.
Dia 5 Setembro de 2004, 8:00 AM Segunda– Mistério e Noticias
Desperto com um barulho de motor na porta do meu sobrado, olho pela janela e vejo uma Blazer Preta, com um cachorro raivoso desenhado em cada uma das portas e escrito em cima deles BRAVO. Não entendo, eu os chamei as 2:00 AM, porque ainda estão aqui?
Desci as escadas retirei as barras de ferro, abri a porta de metal pesada por causa da blindagem, caminhei em direção a Blazer, a porta do motorista e a porta de trás desta estão abertas, há sangue pelo chão, e vai em linha até o final da rua a esquerda, olho dentro do carro não há ninguém, três coisas me intrigam, a rua está deserta, as casas e comercio todo fechado a essa hora da manhã, geralmente fecham só depois do almoço, e hoje não é feriado, não há nada em lugar algum, a Blazer esta ligada, o tanque esta na metade, deve ter ficado ligada a noite toda, e mais uma coisa, o banco de trás e o porta malas estão todos carregados com armamento pesado, armas, pistolas, fuzis, metralhadoras, nacionais e importadas, umas até ilegais, e bastante munição, e alguns suprimentos, pareciam que as pessoas desse carro fugiam de algo, não entendo eu pedi apenas um carro com uma pessoa para espantar aqueles arruaceiros. Olhei nas 4 ruas que ligam minha avenida as outras, nenhuma pessoa nem nada a vista, e o rastro de sangue segue por uma delas, vou guardar essa Blazer em minha garagem, e levarei o armamento para minha casa, quando os seguranças da BRAVO voltarem eu devolvo tudo. Levei as armas para casa, ao todo são 15 modelos de armas diferentes, e para cada modelo pelo menos 500 balas, não sei por que carregavam tudo isso, melhor ligar para BRAVO e avisar que isso esta aqui. Peguei o telefone e disquei... .... .... Nada... Chama até cair a ligação, a alguma coisa muito estranha acontecendo, são 12:00 e nada ninguém pelas ruas.
Liguei a TV, para em distrair, nesse momento entra no ar o presidente Lula:
“Povo brasileiro, como havíamos informado esses últimos dias, que Angra II explodiu, a radiação regrediu, mas outra noticia surge, uma que não queríamos que fosse verdade, todos os assassinatos ocorridos nas proximidades da usina, e agora nos estados vizinhos tem ligações com a explosão........ Essas pessoas estão morrendo em decorrência aos efeitos da radiação da explosão uma espécie de gripe........ algum elemento em meio a essa radiação está fazendo essas pessoas morrerem e voltarem a vida atacando outras pessoas inocentes, essas criaturas não ao mais humanas, elas querem carne!!! Protejam-se em suas casas!!! Salvem suas vidas!!!” nesse momento o presidente é tirado do ar por perder a sanidade em frente a população, e imagens do exercito atirando em pessoas que aparecem estar drogadas. Não é possível que isso esteja acontecendo, tudo que até hoje pensei ser ficção tornou-se realidade, os mortos... voltando a vida...
Dia 5 Setembro de 2004, 3:00 PM Segunda– Socorro Por Telefone.
Não acredito que isso esteja acontecendo. Liguei no trabalho, César disse já estar a parte das noticias, fechou toda a fabrica com quem estivesse lá dentro, disse que por causa da segurança ninguém iria invadi-la, nem mesmo os mortos, disse também para ir para lá por ser seguro, recusei disse que em casa estaria bem seguro também, ele disse para mantermos contato por telefone enquanto funcionasse. Abro a porta da sacada e vejo se encontro pessoas algo, mas nada ainda, pensei em ligar para meus amigos, porém o telefone tocou primeiro, era Lia com a voz baixa, dizendo que pessoas estavam tentando entrar na casa, e que todos estavam com medo, pois poderiam ser os mortos, já estavam todos a parte das noticias também, disse que chegaria o mais rápido possível, enquanto isso aconselhei que ficassem em casa trancados, e que se tivessem armas de qualquer tipo que as usasse se eles entrassem. Desliguei o telefone rápido passei pela cozinha e peguei as armas que podia, na pressa peguei uma pistola Glock 25 e a Winchester prateada, apanhei um pente para a Glock e um punhado de balas para a Winchester.
Como havia muitos amigos de Lia em sua casa, peguei a Blazer que pelo visto não tem mais dono, e sai com ela pelo portão, quando estava saindo havia um homem no caminho parado em pé, com uma blusa azul e short, buzinei, pus a cabeça para fora da janela da Blazer e gritei para ele entrar e subir na camionete que iria ajuda-lo por imaginei que ele também soubesse o que estava acontecendo, ele se virou lentamente e o que pensei ser um homem com roupas normais pelas costas, se torna um ser sem alma com roupas rasgadas com o que pareciam ser mordidas e a boca cheia de sangue, com o rosto todo deformado, ele veio gemendo para a frente da Blazer, acelerei e ele batei de cara no capô, e caiu fora da garagem, quando pensei tê-lo parado, ele começou a se levantar, acelerei mais um pouco até chegar a ele, vi sangue voar na frente da Blazer, sai e vi o quebra mato da mesma todo sujo de sangue e o homem com um grande rachado no seu crânio. Portão fechado pelo dispositivo automático, sai acelerado, passei por varias ruas, e não vi sinal de mais nada ainda, desci pela avenida principal bem distante da minha, havia pessoas correndo e carros batidos, e um numero desses seres malditos vindos do inferno considerável, mas não prestei muita atenção estava preocupado com Lia, com medo de perdê-la. Estava chegando ao bairro dela e vi que os mortos aumentavam, acho que é por que o bairro é mais afastado e menos populoso, as pessoas quando vivas achariam mais seguro ir para um lugar assim. Cheguei na casa dela, com um muro alto e um portão branco, e 3 zumbis batendo nele no final da rua se via mais uns 6 dos dois lados, desci da Blazer engatilhei a Winchester 12 e com um tiro derrubei 2, o outro tiro derrubei o que faltava, a calçada de tripas, bati no portão e chamei por Lia, que logo o abriu e me puxou para dentro, entrei na casa, todas as pessoas que conheci estão juntas num canto com medo, Lia quando me viu em segurança perto dela me abraçou e me deu um beijo e disse que estava feliz por me ver. Agora escuto um estrondo no portão, os mortos estão batendo novamente, saiu da casa e subo no muro, quando apareço os três que havia derrubado estão olhando para cima com seus olhos brancos e gemendo, enquanto os zumbis das esquinas se aproximam, mas não entendo com tiros de 12 eles não morreram como é possível, engatilhei a 12 novamente, e apontei bem no do meio de cima para baixo, POW!!! os 3 caem no chão com as cabeças destruídas, os observo por alguns instantes, eles não se mexem mais, creio que o único jeito de para-los é a destruição de suas cabeças.
Volto para dentro da casa e pergunto a Lia se havia, algum tipo de arma em sua casa, ela aponta para Pedro namorado de Mara e diz:
Lia: Ele está com um bastão de ferro usado para fechar o galpão lá dos fundos.
Pedro: Pode pegar se você quiser.
Jones: Não preciso de você pra me dar cobertura mesmo com esse bastão, lá fora deve haver mais deles que estavam nas esquinas. Alguém aqui sabe como usar uma arma.
Pedro: Eu sei usar, eu irei com você, alguém mais vai com o bastão.
Felipe: Dê-me o bastão eu irei.
Joyce: Não vá fica aqui comigo preciso de você.
Felipe: Tenho que ajudá-los.
Jones: Ok, mas há um porém, eles só morrem quando suas cabeças são destruídas, por tanto Pedro atire na cabeça, Felipe golpes altos com o bastão, não deixe que se aproximem, qualquer coisa nos grite.
Felipe: Ok
Pedro: Ok
Lia, Mara e Joyce pediram para que tomássemos cuidado
.. Abri o portão, haviam 5 em volta da Blazer e mais 6 espalhados próximos a casa, quando nos viram começaram a gemer e a vir ao nosso encontro, Engatilhei a Winchester 12 e comecei a atirar, POW POW POW!!! Derrubei 3 em volta da Blazer, Pedro derrubou os outros dois com a Glock, e Felipe havia derrubado um com uma golpe certeiro na cabeça, do que foi um dia um adolescente, mas haviam outros 2 muito próximos, ele tropeçou e caiu no portão, o mesmo se abriu jogando-o para dentro do quintal da casa de Lia, que está olhando pela janela com os outros. Voltei correndo para dentro para ajuda-lo a conter esses malditos mortos, porém era tarde, ele estava sendo mordido no pescoço e no braço,o escutei gritar de dor, Joyce quando viu aquilo abriu a porta e chamou a atenção de um deles que foi para cima dela, e cravou-lhe os dentes em seu pescoço sem que ela pudesse se defender, fui dei uma coronhada com o apoio da 12 na cabeça do zumbi que mordia Joyce que por sua vez caiu no chão, agonizante, apertei o gatilho para matá-lo de vez, agi rápido, dei meia volta e com toda minha força dei um chute na cabeça do zumbi que estava em cima de Felipe, que já estava morto, com o chute, seu pescoço quebrou e o maldito zumbi morreu.
Quando volto para a rua vejo que Pedro havia abatido os que restavam, e estava parado olhando para um deles, e talvez se perguntando o porquê disso tudo, bom isso nunca irei saber, não adivinho pensamentos, mas percebo que ele esta meio abalado. Volto para dentro e vejo que Joyce está morta, Lia abre a porta, e faço o sinal para todos saírem. Pronto, todos bem apertados, porém dentro da Blazer, seguros, e nenhum zumbi nesta rua agora. Quando de repente, nós vemos Joyce e Felipe saindo pelo portão, eu sai da Blazer e fui ajuda-los, pensei que havia me enganado em dizer que estavam mortos, apenas machucados, mas paro e olho para eles, os chamo, eles levantam os olhos na minha direção e vejo que estão brancos, começam a caminhar lentamente na minha direção, retorno a Blazer, e apanho a 12, aponto na direção dos dois, “ descansem em paz”, aperto o gatilho após essas palavras, os dois corpos caem juntos em sincronia. Puxei os corpos dos mesmos, e os coloquei juntos no quintal de da casa de Lia, os cobri com um lençol, os conheci a pouco tempo, porém gostava deles, eram pessoas legais e amigáveis, não paro de me culpar por suas mortes, mas aqui ficaram em paz longe daqueles zumbis. Voltei para a Blazer, e em silêncio todos fomos para meu sobrado, minha avenida continua tranqüila, mas creio que não por muito tempo. Entramos pela garagem e subimos. Quero um banho, e cama, mas antes vou mostrar a casa para todos.
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