O DIABO É UM VÍRUS
João viu um vulto. Na hora não deu importância porque havia lido uma matéria no jornal sobre visão periférica e foi pelo canto do olho direito que teve a impressão de tê-lo visto. Logo depois já ouvia passos ao seu lado e como criança, encolheu-se na cadeira e tapou os olhos com as mãos. Não adiantou, a entidade, vestida com um casaco longo, de mangas longas e capuz azul cobrindo parcialmente o rosto, tirou gentilmente suas mãos para que pudesse vê-lo.
João gritou, mas sentiu-se um babaca, já que o espírito sorria para ele, numa expressão de pena e deboche. Sentiu um perfume forte e maravilhoso e gaguejando arguiu:
- Q q q quem é o oooo sssssssenhonhor? O q q q q que quer de mim?
Ele apontou para o computador, e João correu para lá,
sentando-se em frente ao aparelho. Involuntariamente viu suas mãos sobre o teclado e digitou o seguinte texto:
"Depressão, ódio, ataque de fúria, preguiça, inveja, covardia, intriga, deboche maldoso, maldade de qualquer espécie, só têm um fundamento, uma única raíz: espírito mal.
Dizem que a maldade está no DNA dos humanos, que 99% de nós pessoas somos más. Pode ser, pode ser que ainda sejamos os mesmos sádicos que nos deleitávamos vendo semelhantes arderem em chamas na fogueira da inquisição, tudo em nome do bem e do poder de julgá-los inferiores para chegar ao reino dos céus, privilégio dos tementes à Deus que cometiam as mais bárbaras atrocidades, mas pagando as indulgências, iriam para os céus direto. Pode ser que ainda sejamos os mesmos que víamos gladiadores lutarem até o fim, numa batalha sangrenta e assistíamos nos estádios, cristãos serem devorados por leões.
Poder. Nossa passagem pela terra é tão curta. Somos mortais. Que poder é esse que achamos que temos, se dependemos de tudo o que Deus deixou na terra para vivermos: abrigo, água, alimento, o necessário para inventar tecnologias, mas todo material é fornecido por Deus?! Deus que nos deu o amor, o orgasmo. Tudo pode nos aniquilar, pior ainda o mundo que não vemos, quântico, infinitesimal, dos vírus, bactérias. Que poder é esse que achamos que temos?! O DEMÔNIO É UM VÍRUS QUE SE APROVEITA DAS FRAQUEZAS, SE INFILTRA NA CÉLULA E INFECTA AS OUTRAS, QUANDO SE DÁ CONTA, O CORPO E A ALMA JÁ ESTÃO TOMADOS. PORÉM, HÁ UM ANTÍDOTO.
Agora que a humanidade anda tolhida para exercer sua ruindade nos assassinatos, pois pode resultar em prisão, deu para maltratar animais, torturá-los. E muitos são "tementes à Deus", têm "Jesus" no coração.
Devemos afastar o espírito mal, ignorando sua existência, caso haja; praticando o bem. Pensando no bem. Exercendo o bem. Tudo é questão de exercício para mudar o estado mental. Meditar e querer ser feliz sempre, não deixar a tristeza nem a fúria, nem a revolta tomarem conta de nós. Desejar que entre amor no coração das pessoas que maltratam os indefesos, tomarmos banhos de purificação, frequentar templos, repetir sempre para nós mesmos: MEU CORAÇÃO ESTÁ EM DEUS."
Ao terminar, João sentiu-se exaurido e desmaiou, acordando três horas depois. A entidade não estava mais lá, só o cheiro inebriante de sua essência. Um gato escuro que o observava da janela, enquanto se levantava tonto, saltou dela para a rua.
João viu um vulto. Na hora não deu importância porque havia lido uma matéria no jornal sobre visão periférica e foi pelo canto do olho direito que teve a impressão de tê-lo visto. Logo depois já ouvia passos ao seu lado e como criança, encolheu-se na cadeira e tapou os olhos com as mãos. Não adiantou, a entidade, vestida com um casaco longo, de mangas longas e capuz azul cobrindo parcialmente o rosto, tirou gentilmente suas mãos para que pudesse vê-lo.
João gritou, mas sentiu-se um babaca, já que o espírito sorria para ele, numa expressão de pena e deboche. Sentiu um perfume forte e maravilhoso e gaguejando arguiu:
- Q q q quem é o oooo sssssssenhonhor? O q q q q que quer de mim?
Ele apontou para o computador, e João correu para lá,
sentando-se em frente ao aparelho. Involuntariamente viu suas mãos sobre o teclado e digitou o seguinte texto:
"Depressão, ódio, ataque de fúria, preguiça, inveja, covardia, intriga, deboche maldoso, maldade de qualquer espécie, só têm um fundamento, uma única raíz: espírito mal.
Dizem que a maldade está no DNA dos humanos, que 99% de nós pessoas somos más. Pode ser, pode ser que ainda sejamos os mesmos sádicos que nos deleitávamos vendo semelhantes arderem em chamas na fogueira da inquisição, tudo em nome do bem e do poder de julgá-los inferiores para chegar ao reino dos céus, privilégio dos tementes à Deus que cometiam as mais bárbaras atrocidades, mas pagando as indulgências, iriam para os céus direto. Pode ser que ainda sejamos os mesmos que víamos gladiadores lutarem até o fim, numa batalha sangrenta e assistíamos nos estádios, cristãos serem devorados por leões.
Poder. Nossa passagem pela terra é tão curta. Somos mortais. Que poder é esse que achamos que temos, se dependemos de tudo o que Deus deixou na terra para vivermos: abrigo, água, alimento, o necessário para inventar tecnologias, mas todo material é fornecido por Deus?! Deus que nos deu o amor, o orgasmo. Tudo pode nos aniquilar, pior ainda o mundo que não vemos, quântico, infinitesimal, dos vírus, bactérias. Que poder é esse que achamos que temos?! O DEMÔNIO É UM VÍRUS QUE SE APROVEITA DAS FRAQUEZAS, SE INFILTRA NA CÉLULA E INFECTA AS OUTRAS, QUANDO SE DÁ CONTA, O CORPO E A ALMA JÁ ESTÃO TOMADOS. PORÉM, HÁ UM ANTÍDOTO.
Agora que a humanidade anda tolhida para exercer sua ruindade nos assassinatos, pois pode resultar em prisão, deu para maltratar animais, torturá-los. E muitos são "tementes à Deus", têm "Jesus" no coração.
Devemos afastar o espírito mal, ignorando sua existência, caso haja; praticando o bem. Pensando no bem. Exercendo o bem. Tudo é questão de exercício para mudar o estado mental. Meditar e querer ser feliz sempre, não deixar a tristeza nem a fúria, nem a revolta tomarem conta de nós. Desejar que entre amor no coração das pessoas que maltratam os indefesos, tomarmos banhos de purificação, frequentar templos, repetir sempre para nós mesmos: MEU CORAÇÃO ESTÁ EM DEUS."
Ao terminar, João sentiu-se exaurido e desmaiou, acordando três horas depois. A entidade não estava mais lá, só o cheiro inebriante de sua essência. Um gato escuro que o observava da janela, enquanto se levantava tonto, saltou dela para a rua.