O SEGREDO DE GANGA ZUMBA

PARTE II --

Rodrigo Lobato já estava de partida para a sua "missão secreta" como ele mesmo a denominava para si. Não queria que pessoas estranhas ao empreendimento soubessem, nem de longe, do objetivo de sua partida brusca dessa região do Quênia, local reservado entre um bosque bem denso, onde só iam os nativos que faziam seu trabalho diário de manutenção da casa, onde se hospedara
com um seu guarda-costas, pois a região inhóspita tinha lá seus perigos, além das tribos, algumas não-amigáveis que ainda viviam
em constantes lutas entre as etnias locais...
Ao sair da Agência do Correio, fretou um veículo, tipo de jipe antigo, que se usa ainda nessas regiões, cujas estradas interioranas ainda são de terra, tal como aqui no Brasil...e seria muito útil, para se embrenhar nas matas distantes do centro.
Rodrigo comprou todo o material necessário para a viagem que, naturalmente, iria levar dias, quem sabe, até meses para descobrir o local onde teria se escondido Ganga Zumba junto com seu tesouro
misterioso, que ninguém ainda conseguiu descobrir... Entrou num bar, onde havia muitos mercadores, vendedores de várias espécies de frutas, peixes, ovos, verduras e outros eram mascates que negociavam com mercadorias de outros países da África, algumas vinham da China e eram negociadas através do Egito, talheres de prata, sedas e linhos, entre os quais, alguns amuletos. Os amuletos, segundo diziam, dava sorte e protegia quem os usasse no peito ou pendurado no pescoço. Rodrigo não era supersticioso, mas resolveu compar o amuleto como lembrança da viagem.. Era uma espécie de camafeu verde-jade com uma efígie talvez, de um faraó e tinha uns símbolos em hieroglifos, que um dos vendedores traduziu vagamente, como: "Com este símbolo, estás protegido contra o Mal, Seja esta a tua Fé ". Rodrigo não acreditava em nada sobrenatural, nem em mágicas ou advinhos, mas achou bonitoo amuleto e o pedurou no pescoço. Um leve arrepio percorreu-lhe todo o corpo, mas logo em seguida, sentiu-se melhor, mais descansado. Resolveu então encetar a viagem ... Mas muitas surpresas aguardavam meu amigo Rodrigo Lobato... Na última carta que me escreveu, transparecia uma espécie de júbilo sobre algumas descobertas que o manteve muito tempo metido no interior da selva africana. Havia, dizia ele, encontrado umas estacas em fileiras, acopladas com crânios humanos, talvez por caçadores-de-cabeças que ainda resistiam ao tempo. Era um local lúgubre de se ver, pois as imagens davam um sentido terrorífico ao redor do acampamento que levantaram no centro da clareira para repousar durante a noite.
"As tochas iluminavam o estranho cortejo de caveiras, dando-nos a impressão que estavamos numa festa de dança macabra " -assim dizia na carta...
No dia seguinte, caminharam mais um quilômetro pelo meio das matas, onde havia muitas plantas selvagens, árvores de grandes alturas, muitas ervas estranhas que o nativo ia colhendo e metendo dentro de uma espécie de embornal, onde havia também rolos de fumo para o caso de mordida de algum inseto indesejável. Paravam um pouco para beber água do cantil que cada um carregava consito,preso à cintura. Foi então que algo os fez parar, repentinamente. Rodrigo puxou o braço do seu guarda-costas e ambos recuaram, diante de um um grupo de nativos que, pelas suas caras pintadas, pareciam estar em guerra com outra tribo... O rapazote que o acompanhava, seu intérprete, fez sinal para que o deixasse ir à frente, mas um dos nativos o empurrou, falando algo incompreensível numa língua estranha para ele também.E agora, o que fariam? O remédio foi esperar o chefe do grupo se manisfestar... (segue) VicMag. 31-07-07

Victoria Magna
Enviado por Victoria Magna em 06/06/2007
Reeditado em 08/08/2007
Código do texto: T516619