Assassinato

Minha esposa anda estranha... Ela não é mais a mesma. De quatro dias pra cá, ela começou a me pedir coisas estranhas...

O pior de tudo, ela aparece em casa só de noite. Toda noite é a mesma coisa ela chega sem aviso, se deita do meu lado e diz com uma voz estranhamente rouca:

--Você sabe o que tem que fazer...Faça logo amor!

--Como pode pedir isso?

--Um dia terá que fazer...

Após dizer essas poucas palavras, ela se levanta vai até o berço do nosso filho e fica horas olhando para ele, o semblante dela parece alterado, é como se ela odiasse o próprio filho.

Após isso ela deita do meu lado e dorme. Quando acordo na manhã seguinte, ela não está lá, deve está no trabalho...

Hoje ocorreu algo estranho, fui ao trabalho de minha mulher para busca-lá, pensei em fazer uma surpresa, quem sabe até ir ao cinema. Porém, chegando lá, o seu chefe me diz que faz quatro dias que ela não aparece no trabalho. Ele até perguntou se ela estava com alguma doença...

Após me despedi do chefe dela, vou para o carro e volto para casa, já é quase noite.

Chegando em casa, tiro nosso filho do carro e o coloco no berço.Passado alguns minutos,

encontro minha esposa com uma faca na mão, tentava matar nosso filho. Eu corri até ela e a desarmei. Com raiva gritei:

--Está doida! Largue isso!

--Já que você não vai mata-ló como pedi, eu mesma mato!

A doida tentou avançar com as mãos contra a criança, eu em um ato repentino acertei a faca em sua costa, mas não foi sangue que jorrou, foi um liquido escuro, pegajoso e fétido, esse liquido encheu o berço de nosso filho. O bebê chorava muito, até que misteriosamente o choro parou para sempre...

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No outro dia, um homem com transtornos mentais é levado preso, ele é acusado de matar o filho de oito meses. Ele tentava se defender dizendo:

--Foi minha esposa que esfaqueou a criança! Eu ainda tentei defende-lá!

Após o homem ser retirado, um policial se aproxima do delegado e diz:

--Como tens tanta certeza que não foi a esposa que matou a criança?

--Porque o corpo da esposa foi achado no porão, pelo estado de decomposição ela estava morta há quatro dias no minimo. Ela parece ter caído e batido a cabeça contra uma quina de mesa...

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Esse foi o primeiro conto que escrevi. Eu tinha uns 15 anos na época. Eu publiquei ele em um blog pessoal que tinha, mas não teve muito acesso. Um dia desses, revirando minha pasta no computador acabei o achando e resolvi publicar. Resolvi publicar sem alterações, pra manter a obra original.

Ana Carol Machado
Enviado por Ana Carol Machado em 09/03/2015
Código do texto: T5164133
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