O Conde Drácula
Reneguei a Deus e toda sua boa vontade,
Aos pés da cruz jurei a maldição,
Agora sou um monstro sem humanidade
Condenado a essa infinita solidão
Quando o destino acolheu minha mulher
Com a espada louvei ao diabo,
Nunca me arrependi um minuto sequer,
Ter trocado a vida pelo pecado
Agora sinto essa fome da besta desperta,
Sugo dos mortais seu sangue,
Neste canino que junto a jugular aperta,
Que no horror a face te langue
Vivo nas trevas sem ver a luz de cada dia
A manhã entorpece minha visão,
O sol queima a pele, causa-me a letargia,
Sou o refém eterno da escuridão!
Tenho repulsa ao alho e também a cruz
Qualquer símbolo do cristianismo,
Quando avistei a salvação vinda de Jesus
Tornei-me o servo do satanismo!
Minha força é algo assim descomunal,
Posso partir fácil um joelho,
Essa vitalidade provém do sobrenatural
Sem ter reflexo ao espelho!
Com meus olhos seduzo qualquer criatura
Tenho poder sobre os animais,
Sou senhor das trevas, com essa postura,
Controlo tantos outros imortais
Por séculos continuo sendo insolente,
Carrego comigo nos dentes escarlate mácula,
De matar e seviciar qualquer inocente,
Pois sou o príncipe do trono: - Conde Drácula